A primeira grande verdade a sabermos quanto à escatologia, é que ela nos
apresenta uma restauração, aliás, seu propósito final é este, restaurar todas
as coisas.
Se há a necessidade de restaurar é porque de alguma forma “tornou-se”,
caótica.
A pergunta é porque como se tornou caótica? Se originalmente a terra era
perfeita.
A resposta esta na caída de LÚCIFER.
Ele estava na criação original e sua relação com os seres criados por
Deus era intensa a ponto de conquistar uma terça parte dos anjos a o acompanhar
em sua rebelião.
HEBRAÍSMO
Para entendermos o estado em que se encontra a terra necessitamos
entender o que ocorreu com sua queda.
Apocalipse 12. 1-4
Hebraísmos – 1º cauda = trabalho mal feito
(no Brasil chama-se relaxado, espírito de porco, etc.).
(Mas no hebraísmo chama-se “trabalho feito com a cauda)”
O que é um trabalho mal feito para um judeu?
É a recugem.
O que é uma recugem?
Recugem é um comércio ou tráfico de influencia.
2º estrela = anjos
V4 - E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do
céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de
dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.
Onde ocorreu este tráfico de influencia?
Ocorreu aqui na terra e não no céu como ensina muitos, por que no céu
ninguém divide nada ele está sobre o controle soberano do DEUS criador dos céus
e da terra.
POLÍTICO CORRUPTO
O político corrupto é aquele que promete e não faz ou não cumpre.
Hora por não ter condições de cumprir o prometido.
Hora por não querer cumprir o que prometeu.
No caso do nosso “político” sua ação foi corromper os que com ele
estavam prometendo o que jamais poderia cumprir.
Isaías 14.12-17
V12 - Como caíste desde o céu, ó
estrela da manhã, filha da alva!
Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
13 E tu
dizias no teu coração:
Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
14 Subirei sobre as
alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
15 E,
contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
16 Os que te
virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão:
É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
17 Que punha
o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades?
Que não abria a casa de seus cativos?
Que não abria a casa de seus cativos?
A QUESTÃO TEMPO
Do jardim do Éden até a
cruz de Cristo existem 4.170 anos
Dos 4.170 morrer para a humanidade era descer as profundezes da terra,
era ir para o “paraíso” que estava dentro do Hades ou Sheol.
Havia um temor por parte daqueles que estavam prestes a morrer e daqueles
viam a morte de outras pessoas.
Mas para todos os salvos que desceram ao paraíso que se localizava nas
profundezes da terra, havia uma promessa da parte de Deus.
O NACIMENTO DO SALVADOR – O NOME
Esta promessa baseava-se na fé de que um dia nasceria um SALVADOR, e
este Salvador os tiraria daquele lugar.
A PROMESSA DE DEUS
Esta promessa foi feita em Gênesis 3.15 promessa esta que passou por
todos estes (4.170) anos.
Foi por este motivo, que Simeão guiado pelo Espírito Santo ao chegar ao
templo e quando lhe trouxeram Jesus, ele disse: “29 Ó Soberano, como
prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo. 30 Pois os meus olhos já
viram a tua salvação, 31 que preparaste à vista de todos os povos:”.
Lucas 2.29-35
33 O pai e a mãe do menino estavam
admirados com o que fora dito a respeito dele. 34 E Simeão os abençoou e disse
a Maria, mãe de Jesus: Este menino está destinado a causar a queda e o
surgimento de muitos em Israel, e a ser um sinal de contradição, 35 de modo
que o pensamento de muitos corações será revelado. Quanto a você, uma espada
atravessará a sua alma.
O que na verdade Simeão dizia com as palavras dos versículos 30-31 é que
ele agora poderia morrer tranquilo, pois tinha certeza de sua SALVAÇÃO e também
os que estavam lá embaixo no Hades ou Sheol estariam salvos.
A PROMESSA DE JESUS
Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
O que Jesus estava dizem era mui sublime, pois ELE dizia a minha noiva
(a Igreja), não descerá lá embaixo onde estão os salvos do AT.
Exemplo: Abrão, Davi, Sara, Jacó, José.
Em outras palavras, Jesus está nos garantindo, aos que estiverem
alicerçados na sua Igreja, não irão para o Hades ou Sheol.
Esta é a maior benção que Jesus nos concedeu, (para os salvos).
Eis o motivo pelo qual temos que pregar o evangelho, para livrar do
cativeiro eterno os que estão destinados ao Hades ou ao Sheol.
Assim como ELE o fez por aqueles salvos do Antigo Testamento, assim nós
devemos fazer pelos cativos do Novo Testamento, por isto, somos suas
testemunhas.
SENTIDO ESCATOLÓGICO DA MORTE DE JESUS
Jesus ao morrer na cruz, desce ao Hades ou Sheol e vai pregar aos
espíritos em prisões.
Uma paráfrase de Jesus: “vocês deram ouvidos a voz de
Satanás, não acreditaram que Eu consumaria a obra da redenção, preferiram
segui-lo a se manterem fiéis a mim; Além de ter morrido na cruz vim pregar para
vocês”.
Importante lembrar que Jesus não foi levar salvação para aqueles
espíritos, senão mais juízo sobre eles.
Porque Jesus teve que fazer isto?
Necessitou fazer isto, pois:
Os céus (eternidade) ficaram sabendo da sua morte,
O céu físico ficou sabendo de sua more,
A terra ficou sabendo de sua morte,
Mas o inferno também necessitava saber de sua morte.
Quando dizemos que Jesus tem a chave do inferno é uma ilustração para
dizer que ele tomou das mãos de Satanás o direito da morte que estava a seu
poder, por isto, ELE diz em: Apocalipse 1.18 “Sou Aquele
que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as
chaves da morte e do [4]Hades.”
OS DOIS LADOS
Segundo a Bíblia nos assegura o INFERNO possui dois lados distintos um
lado agrega os espíritos em cadeias ou prisões e do outro lado onde estão os
salvos do Antigo testamento.
Jesus agora entra na parte dos que estavam salvos a espera de sua
salvação.
Vejamos a entrada de Jesus neste lado do Hades. – Mateus 4. 16 “o
povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra
da morte raiou uma luz”.
Este texto se divide em duas partes:
A primeira parte diz respeito ao mundo visível, onde a palavra “vivia”
simboliza toda a humanidade. ”o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz”.
A segunda parte diz respeito a todos que estavam nas trevas.
“sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou
uma luz”
Por isto Jesus disse:
João 11.25 “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (RC- melhor
tradução).
Isto nos mostra que aqueles que creram em Jesus viveram.
Estavam na “sombra da morte”, ou seja, o Hades ou Sheol, mas creu na
pessoa que é a vida isto apenas para os salvos. João 1.4-5 “
A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A
luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”.
Além de garantir salvação para aqueles que ali estavam do AT, notemos
que o poder de Jesus não permite as trevas (Hades ou Sheol), prevalecerem
contra ELE.
Porque, em João 8.12 diz: “
De novo, lhes fala-va Jesus, dizendo:
Eu sou a luz do mundo;
Quem me segue não andará nas trevas;
Pelo contrário, terá a luz da vida.”
Aos que estavam na terra com ELE lhes aconselhou antes mesmo de descer
ao abismo. João 12.35-36 “Respondeu-lhes Jesus:
Ainda por [5]um pouco a luz está
convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e
quem anda nas trevas não sabe para onde vai. 36 Enquanto tendes a luz, crede na
luz, para que vos torneis filhos da luz. Jesus disse estas coisas e,
retirando-se, ocultou-se deles”.
O TRANSPORTE
Jesus após se identificar aos espíritos cativos e aos salvos que
aguardavam pela salvação, ELE os retira daquele local os levando para um local
muito melhor, a saber, um local abaixo de seu trono.
Para melhor entendimento é de bom tom ler invertidos os versículos 9 e
8.
Efésios “9 Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até
às regiões inferiores da terra? 8 Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou
cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens”.
Entender o termo “levou cativo o cativeiro” após Jesus libertar
os salvos ele os leva com tudo o que estava com eles.
Em uma linguagem alegórica é equivalente dizer que:
Estando alguém limpando seu automóvel em sua garagem num dia de domingo,
por exemplo; Jesus ao vir buscar sua Igreja ELE o levará com garagem, carro e
homem.
Isto é o equivalente dizer que ele levou para si quem estava cativo no
cativeiro.
2 Coríntios 12.1-4 (RA)
1
|
Se é necessário que me glorie, ainda que não
convém, passarei às visões e revelações do Senhor.
|
2
|
Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos,
foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei,
Deus o sabe)
|
3
|
e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do
corpo, não sei, Deus o sabe)
|
4
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foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras
inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.
|
Este texto nos mostra algumas verdades escatológicas que necessitam ser
analisado textualmente para entendermos o arrebatamento que o apostolo Paulo
sofre.
Quatorze anos antes, em sua conversão ele é arrebatado ao [6]terceiro céu e lá ele vê palavras inefáveis a qual ao
homem não é lícito falar, no entanto o apostolo-nos deixa escapar uma realidade
escatológica fundamental.
A prova de que o paraíso que estava no hades ou no Sheol agora está no
terceiro céu, ou seja, na eternidade abaixo do seu altar.
Isto nos aponta para algumas verdades.
a) O crente não precisa ter medo da morte como no AT.
b) Ele ao morrer não vai para o hades, mas para o paraíso.
c) A salvação é uma realidade incontestável.
d) Quem está cativo no sheol é quem está sem Jesus.
e) Quem morre sem Jesus vai para o hades ou sheol.
f) Há consciência no inferno assim como no paraíso. (porque Cristo pregou
lá)
g) Neste lugar ficará eternamente quem não aceitou o Filho de Deus como
Salvador do mundo.
A prova final de que não mais morremos e vamos para o hades, mas para o
paraíso com Jesus.
1 Tessalonicenses 4.14; 16
“Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim
também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.”
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e
com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus, e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro” (RC)
A chave deste versículo é a fé “cremos” a fé condicionará os cristãos e
aceitarem a realidade Bíblica de que Jesus voltará e trará “os que dormem”, ou
seja, “os salvos” no SENHOR que sua fé lhes garantiu estar com ELE no paraíso.
CORRIGINDO ERROS ESCATOLÓGICOS
Muitos por ignorância ou falta de conhecimento como assim preferir dizem
em suas mensagens que a Igreja necessita ouvir esta trombeta, que quem não
ouvir não estará como Senhor.
Isto é uma tremenda besteira e erro escatológico gravíssimo.
O toque desta trombeta, não é para a Igreja, a trombeta é para os mortos
“e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts 4.16).”
e não para os vivos que compõem a IGREJA do Senhor.
Porque Jesus terá um enlace matrimonial com uma NOIVA viva e não morta.
A trombeta é uma ordem para os que dormem se levantarem e virem buscar
seus corpos este toque não será ouvido na terra senão apenas nos céus.
Para finalizar esta questão Na vinda de Jesus não haverá toque de
trombeta e nem anjos, os anjos é para a sua segunda vinda após os 7 anos da
GRANDE TRIBULAÇÃO. (Mt 24.31)
Parte B - A parábola das dez virgens. (Mateus
- 25)
V1 – Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando
as suas lâmpadas saíram ao encontro do esposo.
V2 – E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
V3 – As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
V4 – Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas
lâmpadas.
V5 – E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
V6 – Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao
encontro.
V7 – Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas
lâmpadas.
V8 – E as loucas disseram às prudentes:
Dai-nos do vosso azeite,
porque as nossas lâmpadas se apagam.
V9 – Mas as prudentes responderam, dizendo:
Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes
aos que o vendem, e comprai-o para vós.
V10 – E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam
preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
V11 – E depois chegaram também às outras virgens, dizendo: SENHOR,
Senhor, abre-nos.
V12 – E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não
conheço.
V13 – Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
homem há de vir.
Esclarecimento teológico
A primeira questão teológica que se aplica a esta parábola é fazer uma
das perguntas mestras da hermenêutica.
Uma vez que a regra da hermenêutica foi corretamente aplicada ter a
ardente expectativa de conseguir descobrir do texto, o que Jesus realmente nos
quer transmitir através da parábola.
A pergunta em questão é:
Quem são as virgens do capítulo vinte e cinco de Mateus?
Aparentemente o personagem central da parábola são as virgens.
Todavia, esta intrigante questão vem perturbando milhares de estudiosos
durante séculos, e nenhum deles consegue prontamente apresentar uma resposta
satisfatória a esta questão.
Eis o motivo pelo qual a polemica é instaurada.
Sem dúvida é a falta de uma exegese séria e correta.
Pensando poder compartilhar com os adeptos do bom estudo bíblico meus
anos de pesquisas Bíblicas, então, proponho uma reanálise das entrelinhas que
compõem a estrutura textual.
Apresentação básica do contexto histórico dos elementos que a compõem a
parábola.
Virgens – A palavra virgem pode ser vista com quatro visões distintas
dentro da parábola:
1- Visão estritamente messiânica
(para estes é apenas uma previsão a respeito do Messias)
2- Visão compenetração
(alguns elementos apontam para o Messias outros apontam para uma criança
nascida na época do profeta)
3- Visão tipicamente messiânica
(a profecia refere-se inicialmente a uma criança do século VIII a. C.
que serve como tipo perfeito para uma libertação messiânica)
4- Visão majestosa
(esta visão em definitivo distingue seriamente a palavra dentro do
texto, uma vez que as palavras “virgens” estão no plural e não no singular
“virgem”, portanto jamais poderá ser atribuída ou relacionada á Igreja do
Senhor ).
Reino dos céus – para se entender o sentido desta expressão dentro da parábola,
carecemos de nos remeter aos costumes judaicos da época de Jesus.
Por reverência e temor a Deus, não pronunciavam o SANTO NOME DE DEUS,
quando se referiam a ele usavam a expressão ETERNA ou D’us.
Quando queria referir à eternidade, local da habitação de Deus (D’us)
eles diziam “reino dos céus”.
Lâmpada – biblicamente expressa a PALAVRA de Deus (Sl
119.105)
Azeite – Símbolo comunmente atribuído ao Espírito Santo, mas na parábola
simboliza “combustível” ou “provisão”.
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
V 25:1 - ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez
virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
A
palavra “então” aponta para um período passado, o que nos remete
imaginar que esta parábola é a sequencia de outra parábola iniciada no sermão
proferido por Jesus no Monte das Oliveiras.
Para entendermos o pronunciamento da parábola no Monte das Oliveiras é
necessário entendermos qual a representação da Oliveira no contexto histórico
de Israel.
A Oliveira representava o Espírito Santo e Jesus fala sobre ele durante a
Grande Tribulação.
Se por um lado Jesus se refere ao povo judeu a partir do capítulo 24 onde
aponta os sinais iniciais que darão o ponto de partida para o período da Grande
Tribulação (Mt 24.1) em Mateus 25.1-13 mostra-nos a ocorrência a nação de
Israel durante a pós a Grande Tribulação.
“será
semelhante” – Sentido comparativo que aponta para duas notas importantes
necessárias para entender o período da parábola.
(A
1ª) a palavra “será” que aponta para o futuro
(A
2ª) as palavras “virgens” apontam para a separação pureza de Israel.
V 25:2 – E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
Este versículo claramente nos mostra uma divisão para duas classes de pessoas.
Uma classe é chamada de “prudente” (esta palavra é traduzida por “sábio”)
Outra classe é tratada por “loucas”
V 25:3 – As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite
consigo.
Neste contexto “lâmpadas” significam “tochas ou lamparinas”.
Ainda que o azeite seja um dos símbolos do Espírito Santo esta parábola ele
representa combustível para acender fogo.
V 25:4 - Mas
as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
Se por um lado às loucas não levaram o azeite as prudentes assim o fizeram.
Isto aponta para o estado de preparação para o futuro, preocupação com o que
pode vir ocorrer.
V 25:5 – E,
tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
Dois fatores são de fundamental importância neste versículo o primeiro fator é
o tempo “tardando” e o segundo fator é o fator quantidade “todas”, não
houve distinção entre as ações das virgens porque o sono é uma necessidade de
todo ser humano.
A demora de Jesus nesta parábola representa o período entre os dois adventos o
Arrebatamento da Igreja e o período da Grande Tribulação.
V 25:6 – Mas à
meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Mais uma vez o fator tempo aparece; “a meia-noite”, isto nos remete para um
período de tempo especifico a metade do dia, se em algumas partes do globo
terrestre é meia-noite, em outra parte será meio-dia.
O que nos condiciona pensar que a qualquer momento, podemos ouvir a voz
poderosa nos alertando “Aí vem o esposo”.
A estratégia do versículo está na condição de estarmos em condição para
acordados sairmos para encontrá-lo.
V 25:7 – Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas
lâmpadas.
Os fatores se invertem, agora o principal fator é a “quantidade”, (todas aquelas
virgens), duas ações ocorrem para as virgens:
Ambas
– levantam…… sentido de ação.
Ambas
– prepararam…… sentido de ação.
O
fato de se levantarem e terem se preparado significa que tenham tido provisão.
V 25:8 – E as
loucas disseram às prudentes:
Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas
lâmpadas se apagam.
Há momentos em nossa vida que podemos pedir, mas não temos certeza que
poderemos ser atendidos, foi o caso das cinco virgens loucas.
Tinham suas lâmpadas acesas, mas não com combustível suficiente para mantê-las
iluminando o ambiente.
As lâmpadas eram pequenas e necessitavam continuamente de azeite para serem
reabastecidas.
Por
este motivo cada pessoa era responsável em levar consigo a provisão necessária
para reabastecer sua lamparina.
Eram
responsáveis por suas ações sabiam e deveriam ter previsto que em algum momento o
azeite acabaria.
V 25:9 – Mas
as prudentes responderam, dizendo:
Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e
comprai-o para vós.
Quando pedimos alguma coisa a alguém nem sempre obtemos a resposta que
queremos, foi o caso das virgens loucas, ouviram.
Sua expectativa era receber parte da provisão alheia para garantir sua
subsistência.
Mas não contavam com a visão das virgens prudentes que visualizando ao longo
previram que o seu azeite (provisão), não daria para todas.
Surge o conselho:
Vá “aos que vendem” a intriga aqui é o seguinte:
Será que a distancia em que se encontram aqueles que vendiam o azeite, era
pertinente ao tempo da volta do noivo?
Uma escolha deveria rapidamente ser feita!
Ficar no local correndo o risco do azeite acabar, mas encontrar o noivo.
Ou
sair para comprar suprimento e correr o risco de desencontrar o noivo.
Parece-nos que a primeira opção foi a escolhida, ocasionando o desespero.
V 25.10 – E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
V 25.10 – E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
No versículo ocorre novamente o fator tempo.
Para
as virgens prudentes o tempo lhes fora favorável, pois encontraram o noivo.
O
lhes garantiu entrada nas bodas.
A
segunda posição quanto ao tempo é a garantia de que a volta do noivo dar-se-á
num momento (tempo) em que ninguém espera, ainda que seja a meia-noite ou ao
meio-dia.
Novamente o tempo define quem entra e quem fica fora, pois, “fechou-se a
porta”.
O SENHOR em algum momento voltará das bodas com sua noiva, a saber, a IGREJA
(1Ts 3.13), as bodas estará ocorrendo no céu. (Ef 5.27)
V 25.11 –E depois chegaram também as outras virgens, dizendo:
SENHOR, Senhor, abre-nos.
Nesta parábola deveria ser intitulada como a parábola do tempo, por que mais
uma vez o tempo é determinante.
“Depois” sinônimo de tempo, chegaram às outras virgens as “loucas”.
Interessante que o termo noivo desaparece para dar lugar ao termo Senhor.
O
que nos remete para duas grandes verdades.
Se
como noivo ele é longanimo, paciente e piedoso.
Como
SENHOR ele é executor e JUIZ.
Eis
aí a maior prova disto, a porta que ELE abre ninguém fecha, mas a porta que ELE
fecha ninguém abre.
V 25.12 – E ele,
respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
O noivo não é estranho de ninguém e a ninguém pode ser estranho, por isto ELE
mesmo define a condição de quem não o acompanhou para a entrada nas bodas.
“Não vos conheço”, está é uma tristeza eterna saber que como NOIVO ou como JUIZ
ouvir que ele não nos conheça.
Esta
expressão é usada por Jesus em Mateus 7.23; 10.32-33 e 2Tm 2.11-13
Ninguém entra na casa de ninguém sem ser anunciado ou convidado, por isto não
fique abismado ou preocupado por que aquelas virgens ficaram do lado de fora,
pois a prudência é um [8]conselho do Senhor e ela é
um dos fatores importantes para chegarmos à presença do REI.
V 25.13 – Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o
Filho do homem há de vir.
Finalizando a parábola mais uma vez o tempo se faz presente como fator
predominante para a humanidade.
O conselho do NOIVO “vigie” esteja atento, observe tudo prudentemente por que “não
sabeis o dia nem a hora” isto, Jesus não nos informou.
Cabe-nos tão somente aguardar a sua volta com prudência e perseverança.
Teologia no Evangelho de Mateus
Teologia em Mateus e o futuro do reino
O evangelho de Mateus
registra os dizeres de Jesus a respeito da condição do mundo após sua morte e
ascensão ao Pai, até sua volta em glória.
Jesus pronuncia estas
palavras quando estava no Monte das Oliveiras, este fator é registrado a partir
do capítulo 24 de Mateus, mas ganha força total a partir do capítulo 25 quando
Jesus dirige seu discurso aos seus irmãos judeus.
A preparação na visão de Jesus é fundamental para os judeus tanto que
ELE na parábola do servo fiel, parábola das dez virgens e parábola dos
talentos exorta á esta condição.
Durante vários anos se
preocupou em saber para quem cada evangelho foi escrito.
Após incessantes estudos sistematizados baseado nos escritos e estilos
de escrita detectou-se que cada evangelho fora direcionado a um público
distinto.
A seguir apresento suas destinações.
Mateus
– Este livro foi escrito para os
judeus.
Marcos –
Este livro foi escrito para os romanos.
Lucas
– Este livro foi escrito para os
gregos.
João
– Este livro foi escrito para o
mundo.
Teologicamente estas
informações são de fundamental importância, por que quando Mateus escreveu o
evangelho, tinha em mente apresentar Jesus aos judeus como REI, o Messias
prometido.
Durante os escritos do livro identificaremos várias vezes, os termos
“reino” e “reino dos céus”, estas duas expressões no evangelho comprovam que
Jesus ao se dirigir aos judeus em específica nos capítulos 24 e 25 referiu-se
ao período da Grande Tribulação.
Só em Mateus vamos
encontrar a parábola das Dez Virgens em nenhum outro evangelho se fala algo
similar, portanto, o evangelho de Mateus foi escrito para todo mundo, mas em
específico aos judeus.
Logo se o evangelho é
escrito aos judeus, a parábola das dez virgens não pode ser direcionada a
Igreja.
Cultura judaica
Casamento Judeu
Nos tempo de Jesus havia três tipos de casamento, a saber:
O casamento liberal
O casamento tradicional e
O casamento conservador
As bodas de casamento a que Jesus se refere no capítulo 25 de Mateus é o
casamento “conservador”, ELE usa a imagem dos costumes matrimoniais da
época para descrever as ações futuras concernentes ao período da Grande
Tribulação.
Este casamento constituía-se em duas festas distintas:
a) A festa das famílias -
Naquele tempo o casamento era realizado em duas etapas.
Primeiro o noivo e seus amigos iam até a casa da noiva buscá-la. Em
seguida, noiva e noivo voltavam para casa do PAI do noivo onde era realizada a
festa de casamento.
Reunida ás duas famílias comemoravam o casamento com privacidade e
alegria durante sete dias ou mais ininterruptamente podendo chegar a até três
semanas festivas.
b) A
festa publica – a festa publica era realizada para toda a cidade
que ficava envolvida num clima de festividade.
Todos ficavam sabendo do grande casamento, o diferencial desta festa é
que o noivo, já com sua noiva dentro de sua casa sai pelas ruas da cidade
durante a noite a fim de encontrar um cortejo para continuar a alegrar a
cerimônia.
Curiosidade
Naquela época não
existia luz elétrica e a cidade ficava as escuras dependendo de tochas acesas
pelas ruas para iluminar a cidade, no entanto quando se tratava de cortejo às
pessoas saiam em grupos com pequenas lamparinas em mãos que facilitavam a
visualização do cortejo.
Provavelmente as dez jovens descritas na parábola eram amigas da
noiva e esperavam na casa do pai da noiva como era costume.
Os ensinos de Jesus em alguns momentos tornavam-se complexos, para não
tornar nítido o que ele realmente queria dizer, devido o povo estar de coração
endurecido para entender seus ensinos.
Assim surge à parábola das DEZ VIRGENS.
Exortação a prudência
O período da Grande Tribulação e as ações do anticristo
O período da Grande Tribulação será marcado pelas ações do anticristo é
neste sentido que Jesus utilizou-se da parábola das dez virgens para descrever
o cenário em que Israel se encontraria.
Notemos o seguinte.
Durante o casamento havia um período de sete dias de festividade entre
as famílias, Jesus utiliza-se deste período para descrever os sete anos da
Grande Tribulação.
Durante este período metade de Israel se entregará ao anticristo e
metade tornar-se-ão fiéis a Jesus, crendo que ELE realmente é o Messias
prometido.
È neste contexto que surge às cinco virgens prudentes e as cinco nécias.
Ao final dos sete dias quando o noivo (Jesus)sai a buscar um cortejo
para sua amada (a Igreja), que já esta gozando da paz matrimonial.
Jesus ilustra esta ação para mostrar que ele retornará para buscar os
judeus que acreditaram nele para também se juntar a festa nupcial.
É quando ele descobre que metade de Israel (as virgens nécias) acreditou
no falso cristo descrito em Apocalipse 6.2 “Vi, então, e
eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e
ele saiu vencendo e para vencer”. Parafraseando esta passagem imagino
Cristo lhes dizendo por que vocês deram ouvidos a este falso profeta, por que
não me esperarão como as demais virgens (as prudentes).
Define em definitivo sua pessoa bentita Apocalipse 19.11 “Vi o céu
aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e
julga e peleja com justiça”.
Os céus se abrirão e o mundo verá a glória eterna, vale lembrar que três
tipos de glória serão vista pelo mundo.
a) A Glória de Deus
b) A glória dos anjos
c) A glória da Igreja
Neste momento as
pessoas pedirão a morte, mas a morte fugirá deles.
Porque as Dez Virgens não pode simbolizar a Igreja.
Jesus não é polígamo, a parábola é clara, em
qualquer língua.
As palavras “virgens” estão no plural e não
“virgem” no singular.
Portanto as virgens mencionadas na parábola aludem
a Israel e não a Igreja.
[1] Lugar dos mortos At. 2.7 é também traduzida por INFERNO (MT 11.23
– 16.18 – LC 10.15 – LC 16.23 – AP. 1.18,- 6.8 – 20.13,14)
[2] Esta palavra em hb. É traduzida por o mundo dos mortos, como se
fosse um retiro subterrâneo, com seus acessórios e moradores, é também
traduzida por SEPULTURA (GN 37.35 – 1 SM 2.6 – SL 6.5), COVA ( IS 14.11) e
INFERNO. Pequena Enciclopédia Orlando Boyer pg. 494
[5] O período em durou seu ministério na terra que foi de 3 anos.
[6] TERCEIRO CÉU
O termo terceiro céu é aplicado para
distinguir os três tipos de céu relatados na Bíblia.
1º) CÉU – o céu
atmosférico que circunda a terra. (Os 2.18; cf. Dn 7.13)
2º) CÉU – O céu das
estrelas. (Gn 1.14-18)
3º) CÉU – O céu que
também é chamado de paraíso (Lc 23.43 cf. Ap 2.7).
Uma nota interessante surge na Bíblia
de Estudo Pentecostal que diz: “É a habitação de Deus e o lar de todos os
salvos que já daqui partiram(veja 2Co 5.8), Fl 1.23”.
Por fim sua localização exata não está
revelada nas Escrituras.
[7] Dicionário Wicliff pg. 2023
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