terça-feira, 15 de setembro de 2015

O que é Hânukká? - THemmy Lima








O que é Hânukká?
João 10.22- 
E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno.

            A expressão “hânukkâ”, literalmente aponta para a palavra “inauguração”, mas a completude em volta desta palavra é tão grande e fantástica que cabe esclarecer ao leitor o inicio do seu surgimento. O melhor sentido aplicado a ela é “dedicação” (Hb) ou “Festa das Luzes”.
            Mas porque este nome é voltado a mais um mistério na cultura judaica?
            Procurarei apresentar abaixo sua história e simbologia.
A inauguração
            No ano 168 a.C. quando houve a inauguração do Templo em Jerusalém, segundo a tradição o azeite usado para iluminar as lâmpadas do candeeiro havia acabado, mas um vasilhame
lacrado foi achado seu recipiente continha o suficiente para iluminar um dia, ao usá-lo estabeleceu-se o inacreditável ele manteve-se aceso por longos oito dias.
            Esta ação sobrenatural atribuída a Deus, fez com que os judeus passem a comemorar o Hamucá durante oito dias, a começar de 25 Kislev.
            Esta comemoração se dá neste período em decorrência da rebelião da Judéia contra o domínio  dos Macabeus. A comunidade judaica nutre o sentimento de admiração e ao mesmo tempo uma espécie de impregnação de esperança, como se Deus sempre estivesse intervindo pela nação.
            O hamucá é considerado a festa menor entre as festas judaicas, durante oito dias, acende-se diariamente uma vela, num candelabro especial (Hamukiá), e celebras-se alegremente esta festa nos lares.


Derivação
            Para uma melhor e mais detalhada explicação sobre o “Menorah” é indicado o Livro “Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia”, onde faço uma abordagem elástica sobre o tema, mas o Hamukiá é uma derivação do Menorah que dá origem ao “hânukkâ”.
            Este deriva do menorá que nada mais é que (um candelabro), possui sete braços.
            Estes braços assim como o centro que seria a base representam os sete dias da criação.
            A história vai apontar em direção da vitória do povo judeu, contra os “selêucidas”; Mas afinal quem eram estes tais?


Sobre os selêucidas
            Quando Alexandre o Grande havia conquistado o Império Aquemênida, não muito tempo depois morreu e jovem, não deixando herdeiros para um vasto império de cultura parcialmente helênica.
            Mas seu forte senso de lideranças prevaleceu mesmo após sua morte, fazendo com que seus generais (os diádocos) interviessem em luta na tentativa de obter supremacia sobre o império deixado. Um desses generais se destacou entre os diádocos, seu nome era Seleuco, que se estabeleceu na Babilônia em 312 a.C. – este é o ano que geralmente é usado para definir a data da fundação do Império Selêucida.
            Suas ações tomaram campo imenso chegando ate a Grécia, fato que tomará corpo na história no século 2 a.C., quando os selêucidas uma dinastia de origem grega que dominava parte da Ásia na época tomaram e pilharam um templo sagrado para os judeus em Jerusalém durante três anos. No ano 165 a.C., os judeus finalmente conseguiram expulsar os selêucidas.

A reconquista
            Quando o templo sagrado foi reconquistado, encontraram um único cântaro (vaso) de óleo puro inviolado, que seria suficiente para manter aceso o menorá durante apenas um dia.  Milagrosamente, o óleo durou oito dias", afirma o rabino Henry Sobel.
            Para comemorar esse milagre, os judeus criaram um feriado chamado Chanuká, ou "Festa das Luzes", que acontece no fim de novembro ou durante o mês de dezembro. Oito dos nove braços do candelabro usado durante esse período de celebração correspondem aos oito dias do feriado.
Teologia histórica
            O termo ocorre oito vezes no hebraico e duas em cada uma das porções aramaicas de Esdras e Daniel.

            O substantivo é muito conhecido por causa do seu uso no período intertestamentário, quando designa o reestabelecimento da adoração no templo após a profanação por Antíoco Epifânio. Esta festa de “hãmukkâ” é mencionado em João 10.22.    

Bibliografia:
Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia Volume 2  - LIMA, Themmy  - Editora Mundo Teológico – Paginas 141 – 148.
Pequeno Vocabulário do Judaísmo - schlesinger, Hugo – Edições Paulinas – Pagina 102.
Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento – HARRIS, R. Laird e outros – Editora Vida Nova – Paginas493/493.

Um comentário:

  1. Já esta disponível no Blog a resposta feita por meu filho Mattheus.
    Só acessar e curtir. http://www.themmy-lima.blogspot.com.br/#!http://themmy-lima.blogspot.com/2015/09/o-que-e-hanukka-themmy-lima.html

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