Livre agência uma ponte mal construída
Livre-arbítrio o decreto de Deus.
Por Pastor Themmy Lima.
Uma vez que o teólogo queira, na medida do possível
ser altamente eficaz em suas postulações teológicas exige-se ou espera-se que, suas
postulações a respeito do assunto que venha explorar, sejam excelentes e
clarividentes nas suas abordagens e definições.
Uma frase interessante para esta posição que inicio
em mais este trabalho parte de um amigo que como eu gastas suas horas de vida a
meditação e pesquisa; como tal cabe agradavelmente citá-lo neste inicio de
reflexão. “[1]Temos
o privilégio de tê-la (Bíblia), em nossas mãos de modo compilado e organizado,
é só abrirmos e assim teremos acesso aos lábios de Deus”. (Pastor Antônio José de
Souza Cantarelli)
Determinada linha teológica insiste que o termo “livre-agência”
seja um termo bíblico, estando para tanto, atrelado aos decretos de Divinos;
seria interessante que então tal linha teológica explique com clareza o que
seja esse termo em suas definições.
Os calvinistas ou “monergistas” – dizem que não existe
o “Livre-Arbítrio” doutrina defendida biblicamente pelos arminianos ou
“sinergistas” – mas insistem dizer existir a doutrina da “Livre-Agência”;
portanto, o que nos resta é tentar receber por parte dos monergistas a correta
explicação sobre esta doutrina.
Algumas posições dos teólogos monergistas a respeito
da livre agência:
A [2]declaração
de Fé de New Hampshire, largamente aceita entre os batistas, declara que a
eleição é “perfeitamente coerente com a livre agência do homem”.
O falecido George W. McDaniel,
quando presidente da Convenção Batista do Sul, disse numa carta pessoal ao
autor deste livro: “A posição batista tanto reconhece a soberania divina como a
livre agência moral”.
Spurgeon diz: “A predestinação de Deus não destrói a
livre agência do homem nem alivia a responsabilidade do Pecador” (Sermons, Vol.
13, pág. 30).
D. F. Estes (Seminário Teológico de Hamilton e
Universidade de Colgate) diz: “A liberdade moral do homem foi claramente
sustentada por Paulo e não menos positiva e tenazmente por causa de certas
outras ideias que ele sustentou e que a alguns parecem estar inconsistentes
entre si (New Testament Theology, pág. 104)”.
Diz W. W. Hamilton: “Deus
uniu certos grandes fatos na salvação e nós devemos segurissimamente,
angustiar-nos se deixarmos de reconhecer. Soberania e livre arbítrio veem-se
intimamente relacionados quando Pedro disse no grande revivamento do
Pentecostes: ‘Sendo Ele entregue pelo determinado conselho e presciência de
Deus, pelas mãos ímpias de injustos vós O matastes'” (Bible Evangelism, pág.
90).
J. M. Pendleton diz: “Não há verdades mais claramente
reveladas na Bíblia do que a que Deus é soberano e o homem é livre” (Christian
Doctrines, pág. 103). (Aqui meu sensor
arminiano me inclina pensar que Pendleton parece defender o livre arbítrio)
E. Y. Mullins diz: “O livre arbítrio no homem é uma verdade
tão fundamental como qualquer outra Evangelho e não deve ser jamais cancelada
em nossas disposições doutrinárias; sem ela o homem não seria homem e Deus
jamais nos rouba de nossa verdadeira virilidade moral em salvar-nos” (Baptist
Beliefs, pág. 26). (Aqui idem ao ler
Mullins)
J. P. Boyce diz: “O livre agência pertence à natureza
de uma criatura moral inteligente. Deve ter ela liberdade de escolha, ou não
seria responsável por sua ação. A própria essência da responsabilidade consiste
no poder de ação contrária, assim quisera alguém.” (Abstract of Systematic
Theology, pág. 224).
A. H. Strong diz: “Livre agência… tem-se mostrado ser
consistente com os decretos (de Deus)” (Systematic Theology, pág. 177).
Está manifesto pelas citações supra que a
livre agência, segundo o seu uso entre autores batistas, deve ter significado
diferente daquele que muita gente entende ser. Spurgeon, Estes, Pendleton,
Mullins, Boyce e Strong são todos claros no seu ensino da eleição
incondicional.
Podemos afirmar que esta doutrina chamada de (livre-agência)
é explicada pelos “monergistas”, como uma doutrina atrelada aos decretos de
Deus.
Seria,
portanto, mais ou menos o que procuro explanar a seguir.
Deus concedeu o “livre-arbítrio”
ao homem antes da queda, mas após a queda na visão calvinista (monergista) Deus
agora concede apenas a “livre-agência”; dentro do ponto de vista sinergistas é
Deus quem pré ordena todas as ocorrências existentes, mas de modo muito pessoal,
finaliza todas essas ocorrências, assim o homem, não pode em qualquer momento,
tentar alterar o propósito do que Deus já pré-estabeleceu.
Ainda que o homem não tenha conhecimento
das finalizações dos eventos, os sinergistas de uma maneira estranha as escrituras
compreende que este homem é “livre” pelo fato de não saber o final futuro tanto
das ações como das ocorrências pré-estabelecidas por Deus.
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A falácia do pensamento monergista
Mediante a falácia
do pensamento monergista, portanto, calvinista vejo necessário e preciso expor
com clareza o que seja “livre arbítrio” e o que é “livre agência”.
O grande
problema que assola os séculos é harmonizar o livre-arbítrio dos arminianos com
a predestinação dos calvinistas. Os primeiros não negam a predestinação, pois,
aceitam ser uma doutrina bíblica, contudo, creem que predestinar nada tem haver
com ocorrências na trajetória humana. Um Deus que predestina, não pode ser o
Deus que interfere, senão deixará de ser predestinação.
A aceitação
desta verdade por parte dos calvinistas é difícil demais para eles p. ex., em Gênesis
Abraão entrega sua mulher duas vezes a outro homem. (Gn 12.13; 20.2)
A pergunta é:
Deus predestinou
que Abraão entregasse sua mulher a outro homem?
Certamente
não.
Deus não
pode ter predestinado esta ação insana de Abraão, dentre muitos fatores, mas
talvez o mais importante seja pelo simples fato de Abraão ter mentido e Deus não
pactua com mentira, este artificio é atribuído ao diabo. (Jo 8.44)
Resta-nos
aceitar que Abraão tinha livre-arbítrio.
A prova existencial
do livre-arbítrio é a intervenção divina para dar continuidade ao chamado e a
promessa feita a Abraão.
Na visão calvinista – aceitam a visão da livre
agência, contudo, teriam problemas para explicar esta ocorrência em virtude de
a livre agência estar atrelada com a predestinação Divina.
FALTA DE PROVAS
Não se
encontra em nenhum livro bíblico a expressão definitiva e explicativa para
livre-agência, mas a encontraremos em alguns dicionários tendenciosos que não
visam o ensino bíblico, mas os ensinos calvinistas é o caso p.ex., de T. P.
Simmons que ao explicar o sentido da “livre-agência” debruça-se em dicionários
não bíblicos, mas dicionários voltados à linha de estudo monergistas, esta ação
enfraquece a real exposição do termo.
Defesa da LIVRE AGÊNCIA
– por dicionários tendenciosos calvinistas.
1. PELOS [3]DICIONÁRIOS.
Funk e Wagnalls Desk Standard
Dictionary define a livre agência
como “a faculdade ou capacidade de agir livremente, isto é, sem constrangimento
da vontade”.
Websters New International
Dictionary, ao definir o termo
“livre”, na sua aplicação aos atos de um ser moral, diz: “Não determinado por
algo além de sua própria natureza ou ser; não necessitado por uma causa ou
agência externa; escolhendo ou capaz de escolher por si mesmo; como um livre
agente”.
Nos principais dicionários seculares ou bíblicos não
se encontra a definição para o que seja a expressão “Livre-Agência”, por outro
lado até o [4]dicionário
Aurélio que leva o nome de um dos maiores linguistas do século fornece
satisfatoriamente a definição para o termo “Livre-Arbítrio”. Conclui-se satisfatoriamente
que a livre agência na melhor interpretação possível e coerente, seja o meio
estabelecido pelos calvinistas para se esconder atrás do livre-arbítrio
doutrina amplamente defendida pelos arminianos e pentecostais.
Deduzimos
com certo grau de confiabilidade de esta ação seja tão somente um disfarce,
para a roupagem calvinista para atestar suas interpretações falidas. Igualmente,
esclareço que tal postura arminiana não se trata de uma divisão teológica, mas
de uma separação coerente sobre a má utilização de determinado termo doutrinário.
definição do Livre-arbítrio
dentro da teologia
As ideias de livre-arbítrio humano dividem-se em três
categorias: determinismo, indeterminismo e auto determinismo, basicamente cada
um se distingue pelos seguintes fatores.
O determinismo – levam em conta as ações causadas por outro.
O indeterminismo – as ações não causadas.
O auto determinismo – as ações são autocausadas.
*** para uma maior ampliação
sobre o assunto e suas divisões sugiro Geisler
“Enciclopédia de Apologética”. Pg. 501
Livre-arbítrio dentro da
teologia calvinista
Os calvinistas de certa forma acreditam no livre-arbítrio,
mas procuram mascará-lo; entendem que o livre-arbítrio humano está compatível com
as “determinações” divina, a este processo ou maneira de enxergar a liberdade
humana chamam de “livre-arbítrio compatibilista” ou a tal de livre agência.
Interessante que RIDDLEBARGER – um dos maiores teólogos
calvinistas diz: “O compromisso incompatibilista com a liberdade da vontade
como o maior valor e o primeiro princípio da construção doutrinária move o
arminianismo a defender que as escolhas e ações humanas são possuem significados
caso Deus as dirija por seu poder decretivo”.[5]
O que interessa É A VERDADE
Num debate que participei no programa Vejam Só de
televisão em determinado momento do debate perguntei ao meu opositor.
O irmão está dizendo que Deus determina tudo;
correto?
Responde ele. – Sim.
Pergunto.
Foi Deus quem determinou o adultério de Bate-Seba com
Davi?
Ele responde. – Sim foi.
O interpelei dizendo.
Então temos um enorme problema, porque no decálogo
Deus manda não adulterar. (Êx 20.14)
Ele travou, sem resposta teve que se recolher.
Passado algum tempo alguns calvinistas se levantaram
para tentar me travar sobre esta questão, um deles lançou recentemente um áudio
em que afirma que na verdade Deus sabia do adultério de Davi, mas não o
determinou, estando Davi livre para agir, porém, tal ato estava debaixo da
livre-agência.
Portanto,
sob o controle de Deus.
Pergunto que salada é essa?
Um dos maiores problemas do calvinismo é entender que
porque Deus prevê tudo antecipadamente ELE intervenha naquilo que anteviu isto
é um ensino raquítico que partiu de João Calvino. (Institutas)
Calvino vai
além dizendo não haver presciência pura, porém se eu aceitar essa posição chula
e fraca terá que se aceitar ser Deus o autor do pecado.
Acho que
não pensaram nisso.
No áudio esse irmão diz existir duas doutrinas que
são odiadas e rechaçadas pelos arminianos, a saber, os “decretos de Deus” e a “predestinação”
hora, como pode um homem que se diz “teólogo” afirmar isso?
Qualquer teólogo por mais fraco que seja, sabe bem
que ambas são doutrinas bíblicas; o problema está em como se interpretar cada
uma delas nas passagens em que são mencionadas e não entrelaça-las a esmo sem
respeitar as devidas regras de interpretação bíblica.
Ainda no áudio este irmão diz: “não encontraremos a
palavra “livre-arbítrio” na Bíblia”, referindo-se a ser esta uma invenção
arminiana, pois bem, o que ele não informa é que a tal da “livre-agência” que
eles tanto defendem também não; contudo, o livre arbítrio pode ser amplamente
detectado através da Bíblia, mas o ato da livre agência em momento algum se
detecta.
O áudio continua e este irmão diz que Deus sabia do
adultério de Bate-Seba e que Davi fez o que deveria ter sido feito, e que nada
pegou Deus de surpresa, que não foi Deus quem estabeleceu o adultério de Davi,
mas que através dos seus “decretos” ELE sabia que Davi iria pecar que os
decretos de Deus são a sua vontade. Deus não queria que Davi pecasse, mas Deus
aceitou o pecado de Davi perdoando-o.
Observe cuidadosamente a fala do irmão calvinista.
“Deus não queria que Davi pecasse, mas Deus
aceitou o pecado de Davi perdoando-o”.
Deus aceitou o pecado de Davi!
Perdoando-o!
Desde quando Deus aceita pecado?
Minha Bíblia diz outra coisa.
Vamos então desmembrar o que seja decreto e a seguir
desmontar esta ridícula afirmação.
O
DECRETO É: – Segundo o [6]dicionário
Aurélio de língua portuguesa é determinar, estabelecer, ordenar, decisão.
O
PODER DE DECISÃO É: – inerente a quem decide.
O
DECRETO É VERDADE EM SI MESMO
O
LIVRE ARBÍTRIO É DECRETO DIVINO
Decreto – Segundo VINE “decretar”
– Um dos maiores linguistas em antigo Testamento e novo Testamento o doutor W.
E. [7]Vine
no dicionário exegético e expositivo das palavras do antigo e do novo
testamento discorre sobre a palavra tratando-a como segue a seguir:
Substantivo e verbo
Dogma (δόγμα), transliterado em português, denotava primeiramente “opinião” ou “julgamento” (derivado de dokeõ, “ser de opinião”), por conseguinte, “opinião expressa com autoridade, uma doutrina, ordenança, decreto” (Lc 2.1; At 16.4; 17.7); no sentido de ordenança (Ef 2.15; Cl 2.14).
Nota: O verbo krinõ, “determinar”, é traduzido em 1Co 7.37 por “resolveu”.
Uma análise
rápida nas referidas passagens em que a palavra “decreto” aparece mostrará que
todas apontam para uma ação de liberdade
humana e não uma posição autoritária
de Deus, ainda que o pudesse fazer, não o faz, pela ética com que trata os
seres que criou.
DE VOLTA AO PASSADO
Digo sempre que Teologia é um retrocesso, do ponto
onde se está discutindo para trás, é entender o que a Bíblia diz, por isto, o Gênesis
(livro dos começos), encontraremos as respostas necessárias para as postulações
presentes e futuras.
Sobre esta verdade debruça-se uma fala que pode ser
encarado como um decreto Divino.
“E o Senhor cheirou o suave
cheiro e disse o Senhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra
por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua
meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz. Enquanto
a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e
dia e noite não cessarão.” (Gn 8.21-22)
ANÁLISE TEXTUAL
Não tornarei mais a amaldiçoar a
terra – isto é ou não um decreto? Certamente o é. Voltado a quem? O
texto vai dizer que é ao homem.
Nem tornarei mais a ferir todo
vivente – isto é ou não um decreto? Certamente o é. Por quê? – O texto vai dizer-nos porque ELE já o havia feito uma
vez. (como fiz)
Quando um texto é bem
analisado torna-se até mesmo para um calvinista conseguir ludibriar o texto, a
Bíblia de Estudo Genebra em sua nota de estudo trás a seguinte informação “A
graça de Deus para com Noé é estendida à humanidade em geral (6.8; 9.12)”; como
pode ser observado não pode Deus conceder a “graça” de forma universal e depois
alterar o processo para alguns apenas.
Enquanto a terra durar – isto
é um decreto? Certamente o é. Qual a base desse decreto? – o próprio versículo
nos irá mostrar com claridade “sementeira e sega, e frio e calor, e verão e
inverno, e dia e noite”. (plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno,
dia e noite) NVI.
Não cessarão – isto é um
decreto? Certamente o é.
Se Deus estabeleceu este decreto para os homens e
isto é evidente pela forma universal a que se propõe.
Como
poderia ELE alterar SEU DECRETO no decorrer da história humana?
Por que o
alteraria este decreto a fim de agradar um grupo de homens específicos, a
saber, os calvinistas?
São
respostas que precisa ser respondidas pelos calvinistas.
Outro detalhe não menos importante esta registrado em
nova fala oriunda do próprio Deus.
“Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não
estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.”
(Gn 3.22)
A expressão
“como
um de nós, sabendo o bem e o mal” não estaria colocando o homem em
condição de discernir entre o bem e o mal? Creio que o pior dos teólogos diria
que sim. O que mostra que é através das escolhas humanas que ele estabelecerá
seu destino eterno. Em meu livro “[8]Suas
Escolhas” eu registro que Deus não manda ninguém para o inferno, é o homem que
em vida decidirá onde quer passar a eternidade. Deus somente o irá enviá-lo par
onde ele decidir ir.
Se todas estas provas fornecidas pela bíblia que o
homem tem sobre si o livre-arbítrio não forem suficientes que convencer
qualquer seguidor de Jesus, então é melhor, que aceitem Jesus novamente.
Posição sobre livre-arbítrio e
livre-agência por Pr. Antônio José
O livre arbítrio foi eivado. Sabe o
que é isso? O livre arbítrio foi aviltado.
O livre arbítrio foi estilhaçado. – Mas,
não dissipado.
Se não houvesse livre arbítrio não
haveria necessidade de leis e Decálogo, pois, os mesmos pressupõe que haja um
livre arbítrio para escolher. Deus pode a qualquer momento intervir na escolha
de alguém, desde que haja fins específicos para isso.
P. ex., “Deus endureceu o coração do
faraó”.
Ele tinha um fim especifico.
No demais, vejamos:
Quando Jesus esteve com o jovem rico
pregou e o jovem fez uma escolha. (Mateus 19.16-22)
Quando Jesus se dirigiu ao aleijado
perguntou o que queria. (João 5.1-11 e 44)
Está implícita uma vontade de querer,
ou seja, pressupõe o livre arbítrio.
Quando Jesus chegou ao cego Bartimeu
perguntou o que ele queria. (Marcos 10. 46-52)
Pressupõe uma escolha.
Quando Jesus diz se tua mão, pé e
olhos te escandalizam arranque-os, pressupõe uma escolha. (Mt 5.29)
Quando Jesus chorou sobre Jerusalém
ali está explicito que os judeus fizeram uma escolha. (Lucas 13.34)
Quando Jesus foi à casa de Nicodemos
ele teceu sobre o livre arbítrio, ou seja, Deus deu o seu filho para salvar; e
será salvo aquele que decidir por sê-lo. (João 3.15)
Todas as sete cartas
do Apocalipse dirigidas aos anjos da igreja perseverar até o fim pressupõe escolha.
(Ap 2 e 3)
Como explicar se não há livre arbítrio
se em todas essas cartas, o Senhor apela para uma escolha.
O maior inimigo de Deus não é o diabo,
mas, o livre arbítrio do homem.
Deus quer salvar o homem.
Quando o Criador de modo lúdico fala
do vaso e do oleiro, os filhos de Israel disseram não haver esperança, ou seja,
fizeram uma escolha. (Jeremias 18.12)
Essa livre agência não tem fundamento
de acordo com os enunciados aqui elencados.
Se essa agência tivesse fundamento não
haveria sentido textos claros e óbvios que apelam para a escolha.
A inclinação para o mal e para o bem
está na natureza humana.
Vencer essa polarização é o maior
desafio de todo o crente.
Combati o bom combate terminei a
carreira e guardei a fé. (II Timóteo 4.7)
Sabem quem falou isso?
Um homem que tinha consciência de
perder o seu maior patrimônio sua fé, assim como tinha o dever de mantê-la.
Por isso a possibilidade de
recalcitrar é uma constante.
O rei Asa serviu ao Senhor durante 35
anos no 36º recalcitrou. (II Crônicas 16)
Jesus disse eis que estou à porta e
bato, o livre arbítrio vai decidir se abre ou não. (Ap 3.20)
Deus não muda o coração de ninguém ao
menos se a pessoa queira.
A parábola do filho pródigo é
absolutamente plausível sobre a quão essa agência não tem fundamento.
O filho jovem optou
por ir embora, ou seja, usou seu poder de decisão, ou seja, o livre arbítrio.
(Lucas 15.11-32)
Se Deus preferir uns e preterir outros
ele vai de encontro ao seu projeto salvífico quando diz que ele não tem prazer
na morte do pecador, antes quer que converta e viva. (Ezequiel 18.32)
Observem isso não depende de Deus, mas
do homem.
Essa livre agência é o absurdo do
paradoxo, ou seja, um sofisma.
Não se [9]enganem.
Será que Deus luta contra o mal ou
contra o diabo?
Claro que não ele é Deus.
Ele pode acabar com o diabo a hora que
quiser.
Agora ele “luta” contra o livre arbítrio
do homem que no Jardim no Éden fez uma trágica escolha.
Pr. Antônio José de Souza Cantarelli
CONCLUSÃO DOS Absurdos calvinistas
Um dos teólogos mais respeitados e admirados pelos
calvinistas o senhor Charles Hodge em sua teologia sistemática assombrou-me ao
relatar a seguinte frase: “[10]Portanto, é além de toda e qualquer dúvida
que a doutrina da Bíblia consiste em que o pecado está preordenado.” – meu
Deus meu coração doeu, se corroeu e lagrimou ao ver tal frase partindo de um
teólogo experiente como ele.
Refutação – ao assegurar tal assertiva Hodge confirma que “o pecado está preordenado”, a saber, por
Deus, se referindo à traição e crucificação de Jesus. Para tanto, utilizam-se da passagem em que
Jesus se refere ao homem que o trairia.
As passagens que se referem à
ação em questão estarão citadas abaixo, todas em rápida análise se concluem
que:
Mateus
26.24 (ARC95) – Em verdade o Filho do Homem vai
como acerca dele está escrito, as ai daquele homem por
quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para
esse homem se não houvera nascido.
Marcos
14.21 (ARC95) – Na verdade o Filho do Homem vai
como dele está escrito, mas ai daquele homem por
quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para o tal homem não
haver nascido.
Lucas 22.22
(ARC95) – E, na verdade, o Filho do Homem vai segundo
o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!
Os três evangelistas de maneira muito similar
registram a mesma fala a respeito da traição, mas observe que o “decreto” de
ocorrência já está posto por Deus, ou seja, sua presciência anteviu o
acontecimento sobre o FILHO, contudo, em nenhuma das passagens encontra-se o
estabelecimento do “agente” pelo qual o decreto será realizado.
Conclui-se
com exatidão que a expressão “ai daquele homem”, deixa
claro poder ser qualquer homem, tanto Judas como outra pessoa. Para corroborar
com minha afirmação existe um texto muito similar.
Em Mateus 18.7
– Ai do mundo, por causa
dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por
quem o escândalo vem! – ao referir-se ao escândalo a Bíblia deixa claro que Deus
sabia dos acontecimentos, mas também não determinou quem seria o agente do ato.
(escândalo)
Tanto na ação do escândalo como na traição a liberdade humana é mantida,
porém calvinistas irão dizer que se trata de uma ação da livre-agência; tire
você agora suas conclusões.
Hodge agora continua com outra frase pior que a
primeira diz: “A Bíblia declara de maneira especial que as ações livres dos
homens estão predeterminadas”.
Refutação: – Pergunto. Desde quando uma ação predeterminada pode
ser considerada como um ato livre? Ou um ato “livre” pode ser determinado ou
preordenado? R- Pode, contudo deixará de ser um ato “livre”.
Conclui-se que tudo o que é
ordenado previamente estabelecendo-se um agente deixa de ser um ato livre.
O assunto é interminável, mas ao que propus creio ser
plausível para esta ocasião alertar e até mesmo ajudar companheiros arminianos
em separar tópicos calvinistas que muitas vezes de forma sorrateira chegam as
nossas mesas e nem percebemos.
Que o Espírito Santo possa falar melhor a mente dos
amados irmãos.
Pastor Themmy Lima – Teólogo e professor.
Bibliografia
A fé e a Liberdade do Homem – MCCULLOH, Gerald O. – Reflexão – pg. 24-25
Bíblia de Estudo Genebra – WHITLOCK, Luder – Cultura Cristã – págs.
Diversas.
Bíblia de Estudo Pentecostal – STAMPS, Donald – CPAD – págs. Diversas.
Coletânea da Teologia de João Wesley – CHILES, Burtner – Imprensa
Metodista – págs. Diversas.
Comentário do Antigo Testamento Gênesis – WALTKE, Bruce K. – Cultura
Cristã – pg. 172.
Dicionário VINE – VINE, W. E. ; UNGER, Merril F.; WHITE JR, William –
Vida – pg. 538.
Enciclopédia de Apologética – GEISLER, Norman – Vida – pg. 501.
Esboço de Teologia – HODGE, A. A. – PES – págs. Diversas.
I Am Not Na Arminian. Downers Grouve, III – PETERSON, Robeert A.;
WILLIAMS, Michael D. Why – InterVarsity
Press, 2004. P.
Nisto Cremos uma maneira diferente de expor a Teologia Dogmática –
PINTO, Antônio José de Souza – Reino – pg. 167.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa 2ª Edição revista e
ampliada – FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – N. Fronteira – pg. 526.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa 2ª Edição revista e
ampliada – FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – N. Fronteira – pg. 1041.
Suas Escolhas – LIMA, Themmy – Mundo Teológico – pg. 87.
T. P. Simmons Teologia Sistemática – SIMMONS, T. P. – PALAVRA PRUDENTE –
pg. 223/224.
T. P. Simmons Teologia Sistemática – SIMMONS, T. P. – PALAVRA PRUDENTE –
pg. 225.
Teologia Arminiana – OLSON, Roger E. – Reflexão – Pg. 125-127.
Teologia Sistemática de Charles Hodge – HODGE, Charles – Hagnos – pg.
405-409.
Com alegria registramos a saudável contribuição do doutor Pastor Antônio
José de Souza Cantarelli no tópico “Posição
sobre livre-arbítrio e livre-agência por Pr. Antônio José” que Deus
abençoe este servo.
[1]
Nisto Cremos uma
maneira diferente de expor a Teologia Dogmática – PINTO, Antônio José de Souza
– Reino – pg. 167.
[2]
T. P. Simmons Teologia Sistemática – SIMMONS, T. P. – PALAVRA PRUDENTE – pg.
223/224.
[3] T.
P. Simmons Teologia Sistemática – SIMMONS, T. P. – PALAVRA PRUDENTE – pg.
225.
[4] Novo Dicionário Aurélio da
Língua Portuguesa 2ª Edição revista e ampliada – FERREIRA, Aurélio Buarque de
Holanda – Nova Fronteira – pg. 1041.
[5] PETERSON,
Robeert A.; WILLIAMS, Michael D. Why I Am Not Na Arminian. Downers Grouve,
III.: InterVarsity Press, 2004. P. 157. (Citação feita por OLSON, Roger E. –
Teologia Arminiana, Reflexão 2013.)
[6] Novo Dicionário Aurélio da
Língua Portuguesa 2ª Edição revista e ampliada – FERREIRA, Aurélio Buarque de
Holanda – Nova Fronteira – pg. 526.
[8]
Suas Escolhas – LIMA, Themmy – Mundo Teológico – pg. 87.
[9] De acordo com os textos dos autores os quais defendem
não haver livre arbítrio, eles mesmos se contradizem. Não são claros.
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