O Propósito do Fruto do Espírito
Lição 2
08 janeiros 2017
Texto Áureo: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento.
” (Mt 3.8)
Verdade Prática: Somente através de uma vida espiritual
frutífera o crente poderá glorificar a Deus.
Leitura
Bíblica em classe
Mateus
7.13-20
13Entrai pela porta estreita, porque
larga é a porta, e espaçoso, o
caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que
leva à vida, e poucos há que a encontrem.
15Acautelai-vos, porém, dos falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores.
16Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos
espinheiros ou figos dos abrolhos?
17Assim, toda árvore boa produz bons
frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18Não pode a árvore boa dar maus
frutos, nem a árvore má dar frutos bons.
19Toda árvore que não dá bom fruto
corta-se e lança-se no fogo.
20Portanto, pelos seus frutos os
conhecereis.
Comentário:
O versículo proposto nos traz informações importante e ensinamentos ricos de permanência
no evangelho. O importante é descortinar os mistérios embutidos nos versículos
e entender o que o Senhor Jesus nos ensina.
V13
– A afirmação: “Entrai pela porta estreita” – observe que no versículo 14
encontramos o motivo pelo qual devemos entrar pela porta estreita diz-nos o
vers. “Porque estreita é a porta, e
apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. ” – Certamente
além de uma afirmação trata-se de um conselho, não é de se admirar uma vez que
Jesus é o conselheiro por excelência. (Is 9.6)
V13
– O motivo pelo qual houve a afirmação de Jesus: “porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição”
– nome que é um paralelo entre os v.13 e v.14.
Porque
larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição (v13)
Porque
estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida. (v14)
V13
– O resultado da não aceitação do conselho: “muitos são os que entram por ela” chamamos de desobediência tal
ação, veja que no mundo os que não entram pela porta estreita estão em desobediência.
V14
– o foco continua na porta, mas a firmação que surge é triste e preocupante: “e poucos há que a encontrem” novo
contraste com o v13 onde diz: “e muitos
são os que entram por ela” – poucos e muitos são os extremos de quem “encontra”
e de quem “entram” o sentido final é sempre a “porta”.
Sobre isso olhe o que Jesus disse: “7Tornou, pois, Jesus a
dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.8Todos quantos vieram antes
de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.9Eu sou a porta; se alguém
entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. ” (Jo
10.7-9)
V15
– acautelai-nos – expressão que sign; “Pôr-se em segurança; garantir-se,
proteger-se, resguardar-se: ”
O principal foco na regra dos vers.
13-20 é os “falsos profetas”, nas Escrituras encontraremos inúmeras passagens
sobre eles o que nos permite afirmar tratar-se de uma classe de opositores do
evangelho.
V15
– o importante é a maneira como se apresentam a descrição de Jesus é
fundamental: “que vêm até vós vestidos
como ovelhas” a questão aqui divide-se em duas partes (1) “vestidos” e (2) “ovelhas”; – que isso significa?
O
significado é voltar a pergunta para: Que tipo de vestimenta usa a ovelha para
ser comparado. “como”.
A
vestimenta da ovelha é a LÃ – a lá é um material, fino, leve e acolhedor: o
dicionário Larousse diz que: “são os parâmetros sacerdotais, para aquilo que
veste”. Portanto, que referência nos dá o sentido de pessoas (falsos profetas),
que se achegam de maneira sorrateira, branda, calma, branda, pura de forma
acolhedora para conquistar o alvo. Não é assim que agem as seitas até
nossos dias?
Estes
fazem o oposto do que ensina a Bíblia: que diz: “Revesti-vos” (Ef 6.11) – revestimento é aquilo que cobre e protege,
não é o caso dos falsos mestres que chegam disfarçados “como ovelhas. ” Já o
cristão precisa estar revestido da Armadura de Deus que é o evangelho.
A
QUESTÃO DO FRUTO
V16 – Identificação, é o que é
discutido neste tópico do v16. “Por seus
frutos os conhecereis. ” - Jesus nos
dá a identificação necessária para que consigamos detectar um “falso profeta”,
os frutos, interessante que a arma usada por eles é um mais de exterior (roupagem)
com o interior (ações), mas o Senhor nos esclarece apenas pelo lado interior (frutos),
é a forma irrefutável de descobrirmos se estes que se aproximam como ovelhas
estão ligados NELE ou não.
KITTEL – Informa algo importante a
palavra fruto em suas várias definições nesta passagem surge como “karpós” em Mateus 7.16 – uma expressão
da natureza interior; (Mt 21.43) Frutos são aqui um padrão decisivo para julgamento.
O poder que os produz é tanto o poder do pecado, no caso de fruto ruins (Rm
6.20-21), ou a comunhão com Cristo (Jo 15.2ss) ou com o Espírito Santo (Gl 5.22),
no caso de frutos bons (Rm 6.22)
O
fruto então aparece como:
1 – Assistência – de Paulo trará
fruto para os filipenses. (Fl 4.17)
2 – Justiça – que aparece como fruto
da disciplina de Deus. (Hb 12.11)
3 – Sabedoria – bondade de Deus
para aqueles que a buscam. (Tg 3.18)
É
na morte de Cristo que encontramos a precondição para uma rica colheita. (Jo
12.24)
Karpós,
tem algo mais profundo que COENEN nos assegura o fruto é algo que é pré-determinado
desde o princípio pela semente. (1Co 15.35), podendo raciocinar a partir do
fruto para a planta. (Mt 12.33) se aplicando não somente a espécie, mas também
a qualidade.
V16 – o contraponto é: UVA x FIGO
ESPINHO x ABROLHOS
Nem
a uva pode ser colhida na figueira nem o figo pode ser colhido na vinha.
Espinhos e abrolhos são danosos a
diferença é que os espinhos estão na superfície podemos identificar com maior
facilidade ao passo que os abrolhos são formações rochosas situadas à
superfície da água, com maior dificuldade em detectar.
O ensinamento aqui é que tanto, nas
ações visíveis quanto nas invisíveis os falsos profetas são reprovados, porque
o objetivo final é a colheita.
V17-18
– por excelência encontramos do MESTRE tanto a diferenciação quanto a
qualificação dos quatro elementos por ELE utilizados, uva, figo, espinhos e
abrolhos todos são comparados com a símile “árvore”
que em muitas passagens bíblicas refere-se ao “homem” e neste sentido não é diferente.
“Assim, toda árvore boa produz bons
frutos, e toda árvore má produz frutos maus” – substitua árvore pela palavra
homem. “Assim, todo homem bom produz bons frutos, e todo homem mal produz
frutos maus”.
V19 – A questão a limpeza é clara
Jesus diz: “Toda árvore que não dá bom
fruto corta-se e lança-se no fogo.
”
– surge u juízo identificado pelo “fogo”
dentre as várias características existentes para o fogo, nesta passagem ela
aponta para “o juízo” em decorrência das palavras “cortar e lançar” entendemos
ser separar dos homens (árvores) não dar oportunidade para danificar a árvore.
V20
– por fim a identificação dos falsos profetas embutidos na sentença do
versículo pelo artigo “os” que se
refere aos falsos profetas do v.15.
Com
este escopo, toda a lição pode ser explicada em seus tópicos.
Bibliografia
Joias do Novo Testamento Grego – WUEST, Kenneth S.
- Ed. Batista Regular.
Obras da Carne e o Fruto do Espírito – BARCLAY,
William Volume 2 – Vida Nova – 1º ed. 1985.
Palavras Chaves do Novo Testamento – BARCLAY, William
Volume 1 – Vida Nova – 1º ed. 1985.
As Obras da Carne e o Fruto do Espírito – GOMES, Osiel
– CPAD – 2ª impressão 2016.
Dicionário Larousse Ilustrado da Língua Portuguesa –
LECOMTE, Louis – Larousse 1ª ed. 2004.
DITNT – Dicionário Internacional de Teologia do Novo
Testamento – COENEN, Lothar & BROWN, Colin – Vida Nova – 2ª Ed. 2000.
Dicionário Teológico do Novo Testamento Volume 1 –
KITTEL, Gerhard e FRIEDRICH, Gerhard – Cultura Cristã – 1ª Ed. 2013.
Bíblia de Estudo Pentecostal (RC) – STAMPS, Donald –
CPAD – 1995.
Bíblia Sagrada com Reflexões de Lutero (RA) – LUTERO,
Martinho – SBB – 1ª Ed. 2012.
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