sábado, 7 de janeiro de 2017

O Propósito do Fruto do Espírito - Por Prof. Pr. Themmy Lima


O Propósito do Fruto do Espírito
Lição 2
08 janeiros 2017

Texto Áureo: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento. ” (Mt 3.8)
Verdade Prática: Somente através de uma vida espiritual frutífera o crente poderá glorificar a Deus.

Leitura Bíblica em classe
Mateus 7.13-20

13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
15Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
16Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.
19Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
20Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Comentário: O versículo proposto nos traz informações importante e ensinamentos ricos de permanência no evangelho. O importante é descortinar os mistérios embutidos nos versículos e entender o que o Senhor Jesus nos ensina.

V13 – A afirmação: “Entrai pela porta estreita” – observe que no versículo 14 encontramos o motivo pelo qual devemos entrar pela porta estreita diz-nos o vers. “Porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. ” – Certamente além de uma afirmação trata-se de um conselho, não é de se admirar uma vez que Jesus é o conselheiro por excelência. (Is 9.6)

V13 – O motivo pelo qual houve a afirmação de Jesus: “porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição” – nome que é um paralelo entre os v.13 e v.14.

Porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição (v13)
Porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida. (v14)

V13 – O resultado da não aceitação do conselho: “muitos são os que entram por ela” chamamos de desobediência tal ação, veja que no mundo os que não entram pela porta estreita estão em desobediência.

V14 – o foco continua na porta, mas a firmação que surge é triste e preocupante: “e poucos há que a encontrem” novo contraste com o v13 onde diz: “e muitos são os que entram por ela” – poucos e muitos são os extremos de quem “encontra” e de quem “entram” o sentido final é sempre a “porta”.
Sobre isso olhe o que Jesus disse: “7Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.8Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.9Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. ” (Jo 10.7-9)
V15 – acautelai-nos – expressão que sign; “Pôr-se em segurança; garantir-se, proteger-se, resguardar-se: ”
            O principal foco na regra dos vers. 13-20 é os “falsos profetas”, nas Escrituras encontraremos inúmeras passagens sobre eles o que nos permite afirmar tratar-se de uma classe de opositores do evangelho.
V15 – o importante é a maneira como se apresentam a descrição de Jesus é fundamental: “que vêm até vós vestidos como ovelhas” a questão aqui divide-se em duas partes (1) “vestidos” e (2) “ovelhas”; – que isso significa?
O significado é voltar a pergunta para: Que tipo de vestimenta usa a ovelha para ser comparado. “como”.
A vestimenta da ovelha é a LÃ – a lá é um material, fino, leve e acolhedor: o dicionário Larousse diz que: “são os parâmetros sacerdotais, para aquilo que veste”. Portanto, que referência nos dá o sentido de pessoas (falsos profetas), que se achegam de maneira sorrateira, branda, calma, branda, pura de forma acolhedora para conquistar o alvo. Não é assim que agem as seitas até nossos dias?
Estes fazem o oposto do que ensina a Bíblia: que diz: “Revesti-vos” (Ef 6.11) – revestimento é aquilo que cobre e protege, não é o caso dos falsos mestres que chegam disfarçados “como ovelhas. ” Já o cristão precisa estar revestido da Armadura de Deus que é o evangelho.

A QUESTÃO DO FRUTO
V16 – Identificação, é o que é discutido neste tópico do v16. “Por seus frutos os conhecereis. ” -  Jesus nos dá a identificação necessária para que consigamos detectar um “falso profeta”, os frutos, interessante que a arma usada por eles é um mais de exterior (roupagem) com o interior (ações), mas o Senhor nos esclarece apenas pelo lado interior (frutos), é a forma irrefutável de descobrirmos se estes que se aproximam como ovelhas estão ligados NELE ou não.
KITTEL – Informa algo importante a palavra fruto em suas várias definições nesta passagem surge como “karpós” em Mateus 7.16 – uma expressão da natureza interior; (Mt 21.43) Frutos são aqui um padrão decisivo para julgamento. O poder que os produz é tanto o poder do pecado, no caso de fruto ruins (Rm 6.20-21), ou a comunhão com Cristo (Jo 15.2ss) ou com o Espírito Santo (Gl 5.22), no caso de frutos bons (Rm 6.22)
O fruto então aparece como:
1 – Assistência – de Paulo trará fruto para os filipenses. (Fl 4.17)
2 – Justiça – que aparece como fruto da disciplina de Deus. (Hb 12.11)
3 – Sabedoria – bondade de Deus para aqueles que a buscam. (Tg 3.18)

            É na morte de Cristo que encontramos a precondição para uma rica colheita. (Jo 12.24)
            Karpós, tem algo mais profundo que COENEN nos assegura o fruto é algo que é pré-determinado desde o princípio pela semente. (1Co 15.35), podendo raciocinar a partir do fruto para a planta. (Mt 12.33) se aplicando não somente a espécie, mas também a qualidade.
V16 – o contraponto é: UVA             x          FIGO
                                      ESPINHO    x          ABROLHOS
Nem a uva pode ser colhida na figueira nem o figo pode ser colhido na vinha.
Espinhos e abrolhos são danosos a diferença é que os espinhos estão na superfície podemos identificar com maior facilidade ao passo que os abrolhos são formações rochosas situadas à superfície da água, com maior dificuldade em detectar.
O ensinamento aqui é que tanto, nas ações visíveis quanto nas invisíveis os falsos profetas são reprovados, porque o objetivo final é a colheita.

V17-18 – por excelência encontramos do MESTRE tanto a diferenciação quanto a qualificação dos quatro elementos por ELE utilizados, uva, figo, espinhos e abrolhos todos são comparados com a símile “árvore” que em muitas passagens bíblicas refere-se ao “homem” e neste sentido não é diferente.
            “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus” – substitua árvore pela palavra homem. “Assim, todo homem bom produz bons frutos, e todo homem mal produz frutos maus”.

V19 – A questão a limpeza é clara Jesus diz: “Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
” – surge u juízo identificado pelo “fogo” dentre as várias características existentes para o fogo, nesta passagem ela aponta para “o juízo” em decorrência das palavras “cortar e lançar” entendemos ser separar dos homens (árvores) não dar oportunidade para danificar a árvore.

V20 – por fim a identificação dos falsos profetas embutidos na sentença do versículo pelo artigo “os” que se refere aos falsos profetas do v.15.

Com este escopo, toda a lição pode ser explicada em seus tópicos.


Bibliografia

Joias do Novo Testamento Grego – WUEST, Kenneth S. -  Ed. Batista Regular.
Obras da Carne e o Fruto do Espírito – BARCLAY, William Volume 2 – Vida Nova – 1º ed. 1985.
Palavras Chaves do Novo Testamento – BARCLAY, William Volume 1 – Vida Nova – 1º ed. 1985.
As Obras da Carne e o Fruto do Espírito – GOMES, Osiel – CPAD – 2ª impressão 2016.  
Dicionário Larousse Ilustrado da Língua Portuguesa – LECOMTE, Louis – Larousse 1ª ed. 2004.
DITNT – Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento – COENEN, Lothar & BROWN, Colin – Vida Nova – 2ª Ed. 2000.
Dicionário Teológico do Novo Testamento Volume 1 – KITTEL, Gerhard e FRIEDRICH, Gerhard – Cultura Cristã – 1ª Ed. 2013.
Bíblia de Estudo Pentecostal (RC) – STAMPS, Donald – CPAD – 1995.
Bíblia Sagrada com Reflexões de Lutero (RA) – LUTERO, Martinho – SBB – 1ª Ed. 2012. 

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