sábado, 20 de fevereiro de 2016

A GRANDE TRIBULAÇÃO - Reflexões sobre a lição 8 de 21 Fevereiro 2016.

A GRANDE TRIBULAÇÃO - Reflexões sobre a lição 8 de 21 Fevereiro 2016.

Por Pastor Themmy Lima

            As escolas de estudos escatológicos analisam este evento de forma diferente, alguns dizem que a tribulação já é uma realidade, outros dizem que Igreja passará pela tribulação outros dizem que a igreja não passa pela tribulação, seja como for, uma coisa não se pode negar.
            Existem motivos de sobra para aceitarmos que a Igreja de Cristo não passa pela Grande Tribulação.
 A Leitura Bíblica em classe – deve ser seguida de advertência o texto proposto em (Ap 7.14), por um erro de grafia trás: “e vieram de” quando deveria ser “e vieram da” isso é fundamental por que “de” propõem algum tipo de dificuldade, mas “da” estabelece a existência da Grande Tribulação de onde realmente virão os que se não dobrarem ao anticristo.
No tópico: “SUBSIDIO ESCATOLÓGICO” – discordo da posição do autor ao pontuar o seguinte pensamento “Todavia, com a operação do espírito Santo por meio dos 144.000 evangelistas e das duas testemunhas em Jerusalém muitos virão a Cristo durante a Grande Tribulação”
                Sobre esta afirmação em meu livro Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia volume 1 trago exaustivamente pontos que corroboram para que o espírito Santo esteja aqui apenas por SEU atributo da onipresença, contudo, não agira estando o homem por sua livre consciência, este será o preço por haverem rejeitado a pregação do evangelho durante a permanência da Igreja.  
Segue o texto:
Com a retirada da igreja o espírito santo
fica ou sai junto?
1 Coríntios 3.16
Não sabeis vós que sois o templo de Deus
e que o Espírito de Deus
habita em vós?

            Se o Espírito Santo, segundo a narrativa habita em nós, quero indagar o publico leitor com a seguinte pergunta.
            Com a saída da Igreja o Espírito Santo fica ou sai junto?
            Em oportuno momento, apresento um trabalho de alguns anos atrás quando me debrucei nos estudo, em virtude da abordagem que sofri por um aluno da Escola Bíblica Dominical. (a este respeito)
            Era um domingo de 2006 que ficou marcado, porque após fornecer ao aluno a resposta que a meu ver sanaria todo problema, tamanha foi minha surpresa ao ser interpelado por outros alunos que discordavam da resposta.
            Mas, maior ainda foi à indignação que sofri por constatar que pessoas tidas por/como estudantes da Bíblia estavam extremamente equivocadas a este respeito.
            A pergunta do aluno foi. – Professor!
            Com a saída da Igreja o Espírito Santo fica ou sai junto?
            Para alcançar o maior numero possível de satisfação dos leitores em relação à resposta que forneci ao aluno, proponho um quadro ilustrativo, das dispensações.
            Claro que apenas os dispensacionalistas aceitarão este ponto de vista, mas se não conseguirem me refutar, terão que aceitar, sobretudo sabendo que não se deve tomar o dispensacionalismo por base doutrinária, mas, tê-lo por ajuda visando à melhor compreensão possível do propósito divino.
            Precisamos ter em mente a revelação progressiva de Deus aos homens é mister identificar com clareza a verdade bíblica da salvação, fornecida gratuitamente pela graça, por meio da fé no Redentor (Jesus o Filho de Deus), que nos foi prometido pelo próprio Deus em Gênesis 3.15, isto nunca mudou!

Dispensação
 (governos)
O que Deus pede/quer
O que o homem fez e
faz para o fracasso
O Resultado
1ª Inocência
Que não se comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal: Gn 2:16-17
Comeu: Gn 3:6
Dor e Maldição: Gn 3:16-18
Morte:
Gn 3:19
2ª Consciência
Sacrifícios das primícias, obediência: Gn 4:4
Corrompeu-se: Gn 6:12
O dilúvio: Gn 6:7
3ª Humano
Povoar abundantemente a terra e se multiplicar: Gn 8:17
Desobedeceu: Gn 11:4
Confusão de línguas: Gn 11:7-9
4ª Patriarcal
Prova a capacidade de o homem manter-se fiel, pertencendo a uma nação separada: Gn 12:1-3
Não confiou na promessa: Gn 16:2-3
Mentiu:
Gn 20:9
Enganou:
Gn 37:18-22
Escravidão no Egito: Êx 1:13-14
5ª Da Lei
Guardar a Lei: Êx 19:8
Ser povo sacerdotal:
Êx 19:6
Aguardar o Messias:
Is 5:19
Desobedeceu a Lei, serviu a outros deuses, desprezou o Messias...
Vários períodos de cativeiro, terminando pela destruição do templo e pela dispersão mundial.
Dt 28:63-66
6ª Da Graça
Que recebam a Cristo como Senhor e Salvador, pela fé: Jo 1:12 / Jo 3:16-18 / Ef 2:8-9
Rejeita a Cristo:
Jo 1:11 /
Jo 5:40 / II Tm 3:1-5
A Grande Tribulação:
Mt 24:21 / Ap 6:17
7ª Do Divino
Adorar e obedecer a Cristo: Zc 14:16-17
Rebelião Final: Ap 20:7-9
O Julgamento do Grande Trono Branco / Inferno: Ap 20:11-15
Tendo o quadro acima em mente, vamos fazer então uma análise das profecias bíblicas, com especial ênfase aos destinos da Igreja de Cristo na Terra.                       


Concernente a segunda vinda de Cristo
Minha proposta, não é exaustar o assunto a respeito da escatologia doutrina que trata das ultimas coisas, no entanto, é necessário falar algo a este respeito.
Todo estudante da Bíblia sabe existir três visões concernentes a volta de Cristo, no tocante a isto procurarei opinar pela doutrina que melhor me agrada a este respeito, todavia, manterei o cuidado necessário para não exercer papel de indutor.
Apenas expressar livremente fatos que me fazem acreditar pela ótica divina que ao ocorrer à segunda vinda de Jesus, e nesta ocorrência o propósito é buscar sua Igreja, o Espírito Santo sairá junto com a ela.

                        Acredito categoricamente que ELE até poderá ter uma atuação discreta, mas não como em sua dispensação a sexta dispensação conhecida como a “DISPENSAÇÃO DA GRAÇA OU DO ESPÍRITO SANTO”, vale observar que no Antigo Testamento Satanás não operou diretamente contra a Igreja, ainda que tenha sido definida na eternidade. (Gn 3.15)
            Mas, em o Novo Testamento, o anticristo só poderá agir quando o Espírito Santo deixar de operar. Porque quem detém a ação do anticristo é o Espírito santo. (2Ts 2.6-8) – este processo só acontecerá quando a Igreja for retirada da terra.
            Um dos maiores escatólogos de nossa era o Dr. Tim Lahaye em sua enciclopédia Popular de Profecia Bíblica afirma categoricamente na pagina 220. (Quando a Igreja for removida da terra no arrebatamento, a presença do espírito santo também será afastada).

A Igreja não passará pela Grande Tribulação.
            Um grande número de pessoas acredita que a Igreja passará pela tribulação, mas existem alguns textos Bíblicos que nos credenciam atestar que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. (1Ts 4.13-18; Ap 3.10) dentre outros.
            Antes de apresentarmos versículos que atestam esta minha posição, quero apresentar um texto que tão somente uma única letra faz e sempre fará a diferença quanto a Igreja de Jesus.

“Como guardaste a palavra da minha paciência,
Também eu te guardarei [1]da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.”
(Ap. 3.10)
            Observemos que o versículo é claríssimo ao dizer que “da” e não “na” isto faz uma diferença total, pois mostra que “na” indica a presença de Deus junto aos acontecimentos ocorrentes e decorrentes.
            Esta mesma ocorrência se deu nos tempos de Noé – o tempo todo esteve com ele, livrando-o do dilúvio.
            Ao passo que “da” propõe a isenção da Igreja no momento da tentação. (tribulação)
            A base para isto é a diferenciação apresentada no próprio versículo.
Para os santos – “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei
Para os ímpios – “tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”.

            Uma segunda análise mostra que Deus guardará os que guardaram sua Palavra.
            Aonde?
            Na terra!
            Certamente não.
            Porque na terra estará ocorrendo a “tentação” (tribulação), neste tempo a Igreja já estará com Senhor.
            Posto que todas as coisas sejam planejadas nos céus e Deus as tem em controle, surge uma nova pergunta para os que acreditam que a Igreja passará pela tribulação.
            Por qual finalidade Deus salvaria a Igreja, da tribulação se ela deve sofrer?
            Hora!
            Não me parece muito lógico da parte de Deus uma ação desta natureza, portanto, Deus recolherá para si sua Igreja antes da tribulação. (Ap 4.1)
            Depois destas coisas.
            Quais coisas?
            Só pode ser as ocorrências da Grande Tribulação. ”as coisas que depois destas devem acontecer”.

Visões: Pós-milenismo – Amilenismo - Pré-milenismo

Pós-milenismo - Nesta visão após uma crescente pregação do Evangelho e da conseqüente aquisição das bênçãos e melhora moral, social e espiritual da raça humana decorrentes desta pregação seriam estabelecidos o milênio, a partir do exato momento que a cristandade fosse maioria na Terra.
Deste ponto após mil anos viria Jesus. – Este movimento foi uma reação ao amilenismo da era posterior à reforma, e atualmente está "fora de moda", devido especialmente ao que ocorreu na I e na II Guerras Mundiais.
Amilenismo - Nesta visão não haverá nenhum milênio. “Se houver” um reino ele está acontecendo agora, através do reinado de Cristo sobre a Sua Igreja. As condições de vida nesta era irão se deteriorando progressivamente até a volta de Jesus ao término da era da Igreja. E o retorno do Senhor será imediatamente seguido de uma ressurreição geral, de um julgamento e do início da eternidade; Esta visão foi introduzida por Agostinho no século IV ou V. “Dizia ele que a Igreja é o Reino”, que não há participação de Israel no Reino e que a dispensação da graça (a era atual) é o milênio. Esta é a posição sustentada até hoje pela igreja católica romana.
Pré-milenismo - Nesta visão a segunda vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio e Cristo, e não a igreja (como no pós-milenismo) irá estabelecer o Reino. Cristo irá literalmente reinar sobre a Terra, e durante o milênio haverá o cumprimento das promessas feitas a Abraão e a Davi.
A atual dispensação (graça) irá vivenciar uma crescente apostasia e degeneração que culminará com a Grande Tribulação, imediatamente antes da segunda vinda do Senhor.
Quando Ele (Jesus), retornar estabelecerá Seu Reino por 1000 anos, após os quais acontecerá a ressurreição e julgamento dos não salvos e o início da eternidade.
            Esta visão deriva de uma leitura direta, simples e literal das escrituras sagradas, não demandando qualquer alegorização ou espiritualização do texto, e é a única visão que contempla todas as profecias e promessas da Palavra de Deus.
            Esta deve ser então a forma de ver a época e os acontecimentos que ainda estão por vir, por ser a única forma bíblica de ver estes fatos.


Doutrina – Eclesiologia
Texto e referências - A dispensação da igreja iniciou-se no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado, (AT 2.2-4) cf. Jo 14.16 iniciou-se então a dispensação do Espírito Santo a qual é chamada “ministério do Espírito” (cf. 2CO 3.5-8).
Isso evidencia claramente que o pleno funcionamento dos acontecimentos na Igreja esta inteiramente ligada ao Espírito Santo e da maneira que age nela.
Por exemplo, o Espírito Santo:
Faz da igreja a sua morada (1CO3.16)
Empossou aqueles que Deus havia escolhido para ficar a frente da igreja (EF 4.11)
 (cf. AT 13.1-3; 20.28).
Distribui seus dons espirituais conforme sua vontade (cf. 1CO 12.11)


Doutrina – Escatologia
Texto e referências - A grande Tribulação começa com a vinda de Jesus nas nuvens. Esse fato nos dará base para afirmar que a Igreja não estará na terra durante a Grande Tribulação. A palavra de Deus fala do “principio das dores” (cf. MT 24.8), isto é de acontecimentos dolorosos que precederão a Grande Tribulação.
Dessas ocorrências a igreja participa e creio que já estamos vivendo estes dias, em várias partes do mundo; Porém, na “Grande Tribulação” a Igreja não participará, pois acreditamos com base nas Escrituras que Jesus já terá arrebatado sua Igreja do mundo.

Proposta do autor:
Alguns motivos pelos quais creio que a Igreja não participará da Grande Tribulação.
ü  A Grande Tribulação é o tempo da ira de Deus, sendo que para os salvos, a ira de Deus já passou (Is 12.1)
ü  Para os que estão em Cristo Jesus não há mais condenação. (Rm 8.1)
ü  Seremos salvos da ira futura. (1Ts 1.10)
ü  A Grande Tribulação é figurada como “à noite”, mas a mesma passagem diz: os crentes não são da noite, mas filhos do dia, filhos da luz. (1TS 5.4-6).  
ü  Não esperamos o anticristo, mas a Cristo, não esperamos a Grande Tribulação “à noite”, mas a vinda de Jesus (cf. 2PE 1.19; AP 21.1).
ü  A Palavra de Deus nos dá promessa de escapar dessas coisas (Lc 21.36).
ü  Lemos em Is 57.1 , que o “justo é levado antes do mal”.
ü  A Palavra de Deus mostra que a Igreja é o impedimento para a manifestação do anticristo. Só depois que ela tiver sido tirada é que ele poderá se manifestar (2 TS 2.7-8)

Doutrina - Hamartiologia
Texto e referências - A imagem de Deus existe em todos os homens, porém, ás vezes, está muito encoberta (cf. SL 14.1)

Ação espiritual
Pecador 1ª morte sem CristoPalavra ação do Espírito Santo Sacrifício resgate e vida
Opção “A”
mudança de vida
Ação do Espírito Santo
Seqüência da nova vidaalvo Jesus        encontro com Deus
Opção B
Rejeição ao Espírito Santo preferência pelo mundo á consequência é a morte eterna.

Retorno ao velho homemPreferência pelo mundo2ª morte sem volta

Comentário do autor
            Façamos o homem segundo nossa imagem conforme nossa semelhança, ora se fui feito segundo a imagem e semelhança de Deus, a única coisa que me separou da gloriosa presença de Deus foi o pecado, o resultado foi perder parcialmente esta tão maravilhosa imagem. Porém, fui resgatado pelo sacrifício de Cristo, a seqüência deste sacrifício resultou em:
ü  Pela ação do Espírito Santo obtive o direito de tornar-me feito filho de Deus, e com isso tornei-me morada e habitação do Espírito de Deus; Sendo esta a dispensação da “graça” ou também conhecida como “Igreja” sabe que Cristo virá buscar sua noiva “a Igreja”.
ü  Entendo que o Espírito Santo que é o “Consolador” tem a função de “consolar”; Visto que o anticristo somente poderá operar quando a Igreja for retirada da terra, ficam as seguintes perguntas para quem imagina que o Espírito Santo ficará na terra.
            Se após o período da graça segue-se o juízo e somente pela misericórdia de Deus irá se salvar os que não se renderem ao anticristo, pelo menos é isto que a Bíblia ensina.
            Ficam as perguntas.
            O que o Espírito Santo ficará fazendo na terra?
            Consolando quem?
                Pense...
                Por fim, no tópico III item 6. As sete trombetas e as sete taças da ira de Deus. O autor despenca grosseiramente ao afirma “demônios e anjos terríveis são soltos e atormentam os moradores da terra” os anjos destes capítulos saem para cumprir juízo, mas não para atormentarem a terra isso é obra dos demônios. Anjos não possuem livre-arbítrio para agirem como quer e desejam sendo assim a função de atormentar está sob o controle de Deus em relação aos demônios.   
Este e meu parecer sob esta lição.



[1] 1 Tessalonicenses 1.10 e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura. (Ou do terrivel castigo vindouro)

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Quem é o homem de Mateus 22.11

                                             
      Quem é o homem de Mateus 22.11
Por Pastor Themmy Lima
RC – E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial.
RA – Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial.
[1]Gr. εἰσελθὼν δὲ ὁ βασιλεὺς θεάσασθαι τοὺς ἀνακειμένους εἶδεν ἐκεῖ ἄνθρωπον οὐκ ἐνδεδυμένον ἔνδυμα γάμου

            A Revista Lições Bíblicas. (lição nº 7) – Intitulada “As Bodas do Cordeiro” trouxe no texto áureo da lição proposto como base para o estudo os versículos que se encontram no evangelho de São Mateus. (Mt 22.1-14).
            A polêmica que atravessa séculos é voltada ao versículo número 11 (onze), que apresentei acima, exposto em três versões RC – Revista e Corrigida, RA – Revista e Atualizada e Gr – Novo Testamento Grego.
            Para podermos discorrer com maior amplitude de pensamento quanto às devidas abordagens.
        Após o manuseio de pelo menos 30 comentários bíblicos a fim de conseguir uma resposta mais favorável me deparei com todos os comentários, absolutamente todos, voltando suas análises para “as vestes” e não para o personagem.
           Na verdade a complexidade do texto é volto para o personagem e não para a roupa do personagem.
            Vejamos por que.
            Todo o texto nos remete ao cenário que ocorrerá na eternidade, sendo assim, é impossível aceitar a proposta de alguns comentaristas, que este evento ocorra na terra; A parábola proposta por Jesus apresenta o rei como sendo Deus o Pai – (na primeira pessoa da trindade), o filho como sendo Jesus – (na segunda pessoa da trindade), e os convidados como sendo (a nação de Israel).
            Posto as devidas descrições, passemos para o ponto seguinte que é mostrar passagens bíblicas que asseguram ser este evento nos céus. (eternidade)

PASSAGENS BÍBLICAS – Além do que existem passagens bíblicas da parte do Senhor Jesus que atestam não poder ser na terra este encontro entre a Igreja e as bodas.
E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai. (Mt 26.29 -RC)
E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai. . (Mt 26.29-RA)

Observação: Neste versículo temos a afirmação feita por Jesus, em que garante tomar novamente o vinho nas Bodas com sua Noiva (a Igreja); No entanto, uma má acentuação e um acréscimo por parte da versão RA a palavra “novo” ao invés da palavra “de novo” procurando dar sentido ao estado do vinho e não ao local.
            Contudo, mesmo com as más colocações sinalísticas o local é preservado e continua garantir ser no “Reino dos Céus”, descrito como “o reino de meu pai”.
            Outra passagem clara que garante este evento ocorrendo no “Reino de Deus”, e, portanto, unânime entre os principais teólogos. É Mateus 8.11 – “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.” Tanto “Abraão, Isaque quanto Jacó” – são judeus apontando para a nação de Israel nas Bodas; Porque isso é importante? – Porque garante a unidade de Israel como Igreja do Senhor. (Ef 2.12-14)    
            O médico Lucas ainda afirmou: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.” (Lucas 22.29-30) Observemos que quando Jesus disse “à minha mesa no meu reino” ELE está afirmando que sua mesa (comunhão) é no SEU REINO, não no reino desta terra como propõem alguns erroneamente.
            Creio que se esquece que o próprio Jesus também disse: “Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui. (João 18.36)

AS VESTES – a Grande maioria dos comentaristas se atenta para a vestimenta da pessoa, visto que o rei (Deus PAI), ao adentrar ao recinto se depara com alguém que não traja vestes núpciais simbolicamente representa a santidade dos que são participantes das bodas, portanto, diz respeito aos salvos e não para os não salvos.
            Independente das escolas de interpretação do Apocalipse, não se pode negar, e certamente penso ser um consenso entre estas escolas, que o problema se centraliza na pessoa, presente num local (que supomos ser santo), não tendo o direito de estar ali.
            Deus é um Deus de oportunidades, esta pessoa ou “ser”, teve sua oportunidade, mas “emudeceu v12” eis o motivo pelo qual foi “lançado nas trevas exteriores v13” cenário não agradável.

OS ATRIBUTOS DE DEUS – Porque a localização deste “ser”, causa tanto problema?
            Simplesmente porque sua presença em estar num local onde não lhe era permitido estar, usurpa a onisciência de Deus. A onisciência é um dos atributos que compõem o SER de DEUS, a Bíblia esclarece mesmo que de forma sucinta um pouco do que seja “atributo” – “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis.” (Rm 1.10) Saber todas as coisas impede Deus de errar em ter levado (arrebatado), alguém com a saída da Igreja (arrebatamento) para SEU REINO por mero engano.
            E isso, jamais poderá ser questionado, mas existe uma única explicação a meu ver, para descrever quem seja este “ser” (homem).

ReferÊncia a palavra homem – Grande parte dos versículos bíblicos deve ser a luz de seu contexto analisados para nos fazer entender o que 1º nos quer elucidar 2º para não tornar-se pretexto, neste sentido à devida atenção deve ser observada na palavra “homem” visando aceitá-la em seu contexto, e assim, entendê-la.
2Co 5.2-4 – “ E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.” – nesta aplicação a palavra homem que não aparece diz respeito a necessidade do corpo fisico em ser revestido da glória do/no porvir, aniquilando a corupção existente no material.

Ef 4.24 – “e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade.” – Em Efésios Paulo utiliza a palavra “homem” para demonstrar a necessidade que a pessoa tem de ser regenerado trazer sobre si a justiiça e a santidade necessária para ser “um novo homem”.

Cl 3.10,12 –  e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade,” – Em Colossences Paulo apresenta uma lista que o “homem espiritual” deve ter para participar de um novo mundo, a saber, – (1) ser [2]eleito de Deus, (2) ser santo, (3) ser amado, (4) ter sobre si misericórdia, (5) ser benigno, (6) ser humilde, (7) ser manso, (8) ser longanimo. Observe que todos estes atributos nenhum se aplica a satanás, pelo contrário são atributos que de certa forma estão agregados ao homem em seu estado fisico e posteriormente credenciado a espíritual.    

Ap 3.4 – “ Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.” – a palavra homem aparece neste versículo como “pessoas” que se encontraram dignas é justamente a oposição feita aos judeus “eram indignos (Mt 22.8)”  

Ap 16.15 – “ (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.)a palavra homem aqui  já aparece como “aquele”, não dá direção a uma pessoa específica, mas a todos que se manterem revestidos (certamente de santidade), isso não exporá sua nudez e consequentemente seu estado pecaminoso.
            Observe que foi justamente a falta de santidade(roupagem), que denunciou aquele “ser”. Sendo assim, todos os indícios apontam para a diferença entre uma pessoa e um estado espiritual, penso que este homem (SER), não seja literalmente um homem restaurado, por assim dizer de maneira incompleta, mas de que seja o próprio satanás.
           
RESPALDO BÍBLICO – Algumas passagens bíblicas me dão segurança em expressar a possibilidade de ser este “ser” um intruso na congregação dos justos.
           
Jó 1.6E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.
Jó 2.1 – E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles apresentar-se perante o Senhor.
Isaías 14.14 – subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
1 João 3.2Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.

            Existem outros versículos, mas creio serem estes suficientes para mostrar que satanás faz [3]coisas que nós nem pensamos ou imaginamos, em Jó 1.6 ele está no meio dos filhos de Deus que se apresentam a Deus, ato repetido em (2.1) nova manifestação de sua insistência em participar da congregação dos justos. Já em Isaías ele apenas infere querer ser “semelhante ao Altíssimo” a palavra “semelhante” é parenta da palavra “semelhança” aplicada ao homem na criação (Gn 1.26).
            Aliás, este é o desejo de satanás ser semelhante ao homem e a Deus, em (1 João) a semelhança toma novo corpo, pois a manifestação de Deus implica em manifestar quem somos, assim, é impossível que alguém apareça diante de Deus sem manifestar realmente quem seja.
            Isso ocorreu com aquele homem ou “ser”, da parábola assim que Deus entra no recinto, suas vestes manifestaram quem ele realmente era.
            Mais um detalhe é importante, satanás pode até chegar à congregação dos justos, mas não poderá subsistir muito tempo nela. “Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” (Sl 1.5)

OPOSIÇÃO A PENTECOST – Um dos maiores e melhores teólogos seja J. Dwinght Pentecost, contudo sua posição em seu livro MANUAL DE ESCATOLOGIA deve ser desconsiderada no meu ponto de vista, podendo aqueles que nele acreditam continuar defender sua posição, mas me reservo o direito de opor-me pelos seguintes fatos analisados.

                                I.            Na pagina 247 quando começa a comentar sobre a trasladação da Igreja ele começa pontuando que “os dois se tornem um” ao ler Ef 2.12-14 vemos que Cristo e a Igreja já são “um” expressando unidade. E a posição de (Ap 19.7-8), só pode corroborar com Efésios.

                              II.            Na parte B “o local das bodas” PENTECOST afirma categoricamente “Só pode ser no céu” e também “as bodas devem ocorrer no céu” se ele mesmo afirma essa realidade. Pergunto. Como pode cair em contradição ao afirmar mais a frente que? “É necessário distinguir as Bodas do Cordeiro da ceia de casamento” alegando que a ceia do casamento ocorre na terra. Se olharmos carinhosamente para o texto que o próprio autor oferece (Lucas 14.16-24). Veremos que é um equivoco desassociar a ceia das bodas. – Hora, não são as bodas para a ceia, mas a ceia para as bodas, é a ceia que depende das bodas para dar sentido à ocorrência.

                            III.            Outro detalhe é associar as “Dez Virgens” (Mt 25.1-13), nesta passagem pois o contexto desde o capítulo 22 até o 28 de São Mateus pode ser e deve ser associados, mas quando analisado individualmente como é o caso as dez virgens diz respeito ao término da grande tribulação quando Israel reconhecerá o Messias.
                            IV.            Em (22.1-14) Jesus toma a dianteira para exortar escribas, fariseus saduceus publicanos e toda uma raça de governantes que precisam conhecer seu SENHORIO DELE no céu e na terra.
           
CONTEXTO COM REFERENCIA CRUZADAS – Apenas para propormos através de uma refreia cruzada repetiremos dois versículos para analisarmos uma simples palavra que aparece despretensiosamente no v12, mas que é também apropriado ser analisada.

palavra “amigO” – v11 – Entretanto, quando o rei entrou para saudar os convidados que estavam à mesa, percebeu que um homem não trajava as vestes núpciais. V12 – E indagou-lhe: Amigo, como adentraste este recinto sem as suas vestes próprias para as bodas? Mas o homem não teve resposta. …

Observe a descrição feita pelo livro dos reis de Israel faz (2 Reis 10.22) “Então Jeú ordenou ao responsável pelas vestes: “Traz [4]os mantos para todos os ministros de Baal!”E ele prontamente lhe trouxe”.
O profeta Zacarias descreve a impureza das roupas – “Ora, Josué, vestido de roupas impuras, estava em pé diante do Anjo. Então o Anjo ordenou aos que estavam diante dele: “Tirai-lhe as vestes impuras!”E disse a Josué: “Vê! Eis que Eu tirei de ti o teu pecado, e te vesti com roupas de grande nobreza!”(Zacarias 3.3-4).
Já em Mateus “os servos” são descritos saindo pelas ruas a buscar as pessoas necessitadas. “E, assim, os servos saíram pelas estradas e reuniram todos quantos puderam encontrar gente boa e pessoas más, e a sala do banquete das bodas ficou repleta de convidados.” (Mateus 22.10)

A palavra “amigo” – do Gr. Hetaire (ταρε) é também aplicada no sentido de qualitativo em que no texto a palavra “amigo” expressa “homem” e não um ser de larga confiabilidade , aliás, é isso que se espera de um amigo, mas foi justamente este termo amigo usado por Jesus em relação a Judas.

Mat 20:13
ὁ δὲ ἀποκριθεὶς ἑνὶ αὐτῶν εἶπεν· ἑταῖρε, οὐκ ἀδικῶ σε· οὐχὶ δηναρίου συνεφώνησάς μοι;
Mat 22:12
  καὶ λέγει αὐτῷ· ἑταῖρε, πῶς εἰσῆλθες ὧδε μὴ ἔχων ἔνδυμα γάμου; ὁ δὲ ἐφιμώθη.
Mat 26:50
  ὁ δὲ Ἰησοῦς εἶπεν αὐτῷ· ἑταῖρε, ἐφ’ ὃ πάρει. τότε προσελθόντες ἐπέβαλον τὰς χεῖρας ἐπὶ τὸν Ἰησοῦν καὶ ἐκράτησαν αὐτόν.

Na parábola dos trabalhadores na vinha Jesus trata aquele trabalhador como um “amigo”, mas claramente vemos que não se tratava de um laço de amizade, mas simplesmente a maneira como se referir a uma pessoa do sexo masculino. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não ajustaste tu comigo um dinheiro? (Mt 20.13) de Igual modo quando Jesus foi entregue aos soldados por Judas dirige-se ao traidor como “amigo” a expressão não queria associá-lo a um grande amigo intimo da família, mas um “homem”. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus e o prenderam. (Mt 26.50)
            Não nos esqueçamos que Satanás entrou em Judas apoderando-se dele. “Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.” (Lucas 22.3) Certamente Jesus não trataria como amigo aquele que estava sobre possessão de Satanás.
            Creio e defendo ser suficiente dizer que “amigo” em (Mateus 22.12) expressa apenas o sentido de “homem” e não de um laço afetivo.
            Deixo meus protestos de agradecimento a quem aceitar minhas análises e também meus agradecimentos a quem me apresentar algo diferente vou analisar com carinho.

BIBLIOGRAFIA
MANUAL DE ESCATOLOGIA – Pentecost, J. Dwight – Vida.
BIBLIA DE ESTUIDO PENTECOSTAL – Stamps, Donald – CPAD.
BIBLIA DE ESTUDIO PENTECOSTAL (RV) – Stamps, Donald – Vida.
NOVO TESTAMENTO INTERLINEAR ANALÍTICO TEXTO MAJORITÁRIO COM APARATO CRITICO
GREGO- PORTUGUÊS – Farstad, Arthur e Hodges, Zane C. – Cultura Cristã.
 



[1] Texto mais confiável utilizado pelos melhores escatólogos – Aland, Barbara e Aland, Kurt – Black, Matthew – Martini, Carlo M.  – Metzger, Bruce M.  – Wikgren, Allen. Utilizei análise do Novo testamento Grego 4ª edição (The Greek New Testament. 4th) produzido pela Federal Republic of Germany  e United Bible Societies, 1993 – 1979.
[2] Nesta referencia os calvinistas caem porque a palavra eleito simplesmente significa “escolhido” e escolhido é aqueles que aceitaram a Jesus como o SENHOR de suas vidas, assim garantindo o direito de estarem com ELE para sempre.
[3] E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. (2Co 11.14)

[4] A palavra “manto” nos remete a santidade que já abordamos no decorrer deste estudo. Já a palavra “ministro” é muito ampla, mas dentre os principais pontos ela expressa pelo menos cinco diferentes atribuições aos agentes de Deus. (1) servo (Sl 103.21; Jo 18.36RA) – (2) empregado (Rm 13.4) – (3) conselheiro ou auxiliar (2Sm 8.18 RA) – (4) pessoa designada para exercer um ministério (2Cr 29.11; At 26.16) – (5) o servo de Cristo que, na igreja ministra a palavra, o batismo e a ceia (1Co 4.1; Ef 6.21; 1Tm 4.6) todas estas variantes conectam os santos a um tipo de honra concedida aos que perseveram as santa convocação. Já o termo “Baal” significa “senhor”. 

Haverá tristeza o céu? (Parte 1)