Professor Pr. Themmy Lima
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“Se
exaltado, Ó Deus, sobre os céus; seja a tua glória sobre toda a terra.”
(Sl 57.5)
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Adoremos
e louvemos a Deus, pois a sua glória enche os Céus e a Terra.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 40.34-38; Números 9. 15,16
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Êxodo 40.34-38
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Vers.
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Então a nuvem cobriu a tenda da
congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo:
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34
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De maneira que Moisés não podia entrar
na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória
do SENHOR enchia o tabernáculo.
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35
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Quando, pois a nuvem se levantava de
sobre o tabernáculo, então os filhos de Israel caminhavam em todas as suas
jornadas.
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36
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Se a nuvem, porém não se
levantava, não caminhavam até ao dia em que ela se levantava;
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37
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Porquanto a nuvem do SENHOR estava
de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os
olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
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38
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Números 9. 15,16
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E no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem
cobriu o tabernáculo sobre a tenda do testemunho: e à tarde estava sobre o
tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã.
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Assim era de contínuo: a nuvem
o cobria, e de noite havia aparência de fogo.
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16
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INTRODUÇÃO
Basicamente
encontramos dois itens centrais para desenvolvimento do pensamento teológico,
e, portanto, teofânico da presença/manifesta de Deus entre os homens; esta
é então, a finalidade básica da lição mostrar a presença de Deus em meio ao
povo escolhido.
Para entender
este processo de forma clara e objetiva é necessário entender uma disciplina
bíblica que retrata esta questão a Tipologia e a Simbologia Bíblica (TSB). Esta
disciplina é fundamental para qualquer estudante das escrituras e
principalmente quando voltado à manifestação de Deus entre os homens.
Há determinada
(s) denominação (es), que acusa os assembleianos de simbolizar ou tipificar (no
melhor sentido da palavra), em demasia varias passagens bíblicas, contudo,
esquecem-se que a tipologia bíblica é instaurada pelo próprio Deus.
HABERSHON – nos informa em seu [1]livro
que: “O próprio Deus lhes atribui muito valor. Foi sei Espírito quem projetou;
Hebreus nos ensinam, pois, que na construção do Tabernáculo todos os pormenores
foram por ele planejados”.
Assim, neste
estudo, boa parte dos textos analisados bem como expressões surgidas no
decorrer do estudo precisam necessariamente ser vistos a luz da tipologia
bíblica.
Como é o caso da
nuvem que possui um adjetivo (glória) que lhe acompanha, resta-nos, portanto,
entender o sentido que o autor pretendeu empregar para expressão “nuvem” nos
textos apresentados.
A Nuvem e a
Glória, ambas voltadas ao SENHOR expressam sua vontade em “ajudar” o povo, para tanto, utiliza da personificação da SUA presença.
Sendo que a
nuvem procura manifestar SEUS atributos ao passo que a glória procura
demonstrar SUA manifestação no ambiente onde é invocado ou se faz presente por
livre escolha.
Há
de se observar a necessária distinção entre “presença” e “manifestação”,
uma vez que, nem toda presença implica em manifestação, mas toda manifestação
implica em presença.
Definição do que vem a ser uma nuvem?
[2]A
nuvem ou uma nuvem é um aglomerado de vapor de água que se mantém em suspensão
no ar, entre o céu e a terra, que os
ventos levam ao acaso, o fenômeno possibilita grande variedade de formas e
efeitos.
Analisando
esta proposta concluímos por meio dos textos bíblicos que Deus se envolve com
seu povo como camaleão na medida em
que anda molda-se as necessidades do povo, Jesus deixou isso claro ao dizer a Nicodemos.
(O vento sopra onde quer, você escuta o
seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai; assim ocorre com todos os
nascidos do Espírito. – João 3.8)
Posto
isto, passemos para a parte introdutória que procura apresentar algumas
características da nuvem.
Sete características primárias da Nuvem:
1. Forma-se onde não
se tem conhecimento. (ideia de ETERNIDADE – Sl 90.1-2; Jr 10.10-12)
2. Desaparece e
ninguém possui controle do processo. (ideia de MAJESTADE – Is 9.6)
3. Formada de água
sempre nos ares. (ideia de ELEVAÇÃO – Lc 24.51)
4. Ajunta
partículas (povo) Shemá = ouvir. (ideia de UNIDADE COMPOSTA – Dt 6.4)
5. Pode ser vista,
mas não permite ser tocada, (vento). (ideia de ONIPRESENÇA – Sl 139.1-5)
6. Envolve, mas não
é envolvida. (ideia de SOBERANIA – Ef 1.11; 1Tm 6.15-17)
7. Está sempre
entre o visível e o invisível. (ideia de ESPIRITUALIDADE – Jo 4.24)
A nuvem como processo de operação e
condução
Existem
dois tipos de nuvens ordinárias a vida humana, a saber, leves e pesadas que
simbolizam as operações de Deus em relação às ações do povo:
·
NUVENS
LEVES – tornam-se mais elevadas do que a água que as compõem, o AR (sopro de
vida), passa ser superior à água (manutenção da vida).
·
NUVENS
PESADAS – produz um espaço opaco entre o céu e a terra simbolizando a justiça
de Divina, neste sentido a manutenção da vida (água), é paralisada dando espaço
para a Justiça.
ANÁLISE DO
VERSÍCULO 34
A nuvem cobria a tenda da congregação que
ficava no espaço onde estava o Tabernáculo.
É importante
distinguir a diferença entre Tenda e Tabernáculo.
Tenda – representa o
local temporário de relacionamento entre os homens e Deus. A palavra hebraica
para apresentar o sentido de tenda é demasiadamente ampla com varias vertente e
possibilidades, porém, apresentarei a que a meu ver se enquadra melhor ao
propósito do estudo “סוכה – transliterado passa ser sukah a qual a tradução pode dar sentido para cabana, choupana, tenda;
tabernáculo”.
Tabernáculo – representa o
local temporário de relacionamento entre Deus e os homens. A palavra hebraica
para tabernáculo é MISHKAN שָׁכַן “habitar, morar; situar, estabelecer” ou “שִׁכֵּן
instalar, estabelecer, alojar” podem ser vistas em (Êx 26.7) ambas apontam para
a tenda onde é mais amplo o sentido. O NT definiu de forma irrefutável a
presença manifesta de Deus entre os homens. (Ap 21.3)
Quem melhor
definiu o sentido das tendas e do tabernáculo foi o Apóstolo Paulo em duas
situações (1) quando registra sua profissão como fabricante de tendas,
portanto, familiarizado com todos os processos de confecção e costumes
culturais (At 18.3) em outra oportunidade com os filipenses (Fl 1.23) expressa
um conflito enorme envolvendo os mundos físico e espiritual por meio da palavra
“partir” é nesta palavra que repousa nossa definição.
A
palavra “partir” vem de um termo
militar que significa “desmanchar a tenda
e partir” Paulo se via como um militar (2Tm 2.3) e grande parte das suas
falas eram envoltas ao serviço militar, o Apóstolo via seu corpo como sendo uma
“tenda” assim como os herdeiros da fé
“Por fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros
com ele da mesma promessa”. (Hb 11.9) observe as expressões (habitou
– cabanas), ambas indicam “tenda”.
Alude
a uma viagem de peregrinação em que os soldados não viam a gora de desmontar a
tenda e partir para seus lares ao seio da família, por isso, que a bíblia diz
que somos peregrinos. (2Pe 2.11)
Mas,
quem definitivamente expressou o sentido de “tendas” foi o Apóstolo João ao
escrever sobre nosso Senhor Jesus Cristo “E
o Verbo se fez carne e habitou entre
nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do pai, cheio de graça e
de veracidade. [(verdade)]”. (Jo 1.14) Por isto, que se diz que Jesus
Tabernaculou entre nós.
WUEST[3] –
definiu esta passagem como: “E a PALAVRA estabeleceu residência numa tenda
entre nós”.
O
tabernáculo que apontava para a atual Igreja recebia a presença e manifestação
de Deus entre o povo e nos garantiu o sentido do ARREBATAMENTO da Igreja. “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, e com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará
com eles e será o seu Deus.” (Ap 21.3)
ANÁLISE DO
VERSÍCULO 35
De maneira que Moisés não podia entrar
na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória
do SENHOR enchia o tabernáculo.
O versículo 35
começa novamente trazendo referencia a nuvem ao tabernáculo, mas agora
também o acrescento da glória. Como já esposemos sobre a
nuvem e sobre o tabernáculo repousaremos nosso avanço sobre o que seja a glória.
Antes, vejamos o
motivo pelo qual Moisés fora impedido de entrar na tenda.
Em
Êxodo 33.7 lemos: “E tomou Moisés a
tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e
chamou-lhe a tenda da congregação: e aconteceu que todo aquele que buscava o
SENHOR saiu à tenda da congregação, que estava fora do arraial”. A formação
de uma sociedade é difícil porque precisa de regras, leis e mandamentos esses
ingredientes nem sempre são bem aceitos porque envolve mudança de direção em
relação aos costumes atuais que geralmente estão fora dos parâmetros
necessários pra uma nova vida em sociedade.
Moisés
era o líder que Deus havia escolhido para ser mediador entre Deus e o povo e a relação promíscua do povo fez com
que Moisés armasse sua tenda fora do arraial (a localidade onde estava armado o
tabernáculo), dando-lhe o nome de ”Tenda da Congregação” local onde Deus descia
em forma de nuvem para fala com Moisés.
Em
certa ocasião Deus não somente desceu em forma de nuvem, mas manifestou sua
presença por meio da sua glória ao que também podemos definir como Shekinah.
Existe
um principio embutido em (Êx 40.35), relacionado à “fidelidade” ao qual
apresento a seguir:
Mesmo Moisés
sendo o líder escolhido por Deus, prefigurando um antítipo do FILHO DE DEUS o
Messias prometido ele não era propriamente o MESSIAS.
Por
isso, ao demonstrar sua glória vemos a soberania de Deus em manter-se sempre fiel
e a frente do homem pecador, porque em algum momento o homem falhará em sua
proposta, mas Deus eternamente manter-se-á FIEL a sua proposta neste sentido
mesmo Moisés mantendo-se fora do arraial, Deus estava a sua frente antes mesmo
dele entrar em sua tenda.
Este
impedimento para entrar na tenda expressa a seguinte lição, enquanto Deus não
estiver a frente de nossa estrutura física, não estamos prontos para entrarmos
no Tabernáculo de Deus, ELE se envolve em nossa tenda, mas nós não nos
envolvemos com SEU Tabernáculo. Após a entrada de Deus na tenda, Moisés podia
entrar e envolver-se com a glória de Deus e o relacionamento tinha sequencia.
(Êx 33.9)
O que é glória?
A palavra glória tem emprego variado
na bíblia, comumente a conhecemos por Shekinah,
esta palavra tem origem nos rabinos judeus que a empregavam para designar a “habitação [de DEUS] entre os homens” – mais apropriadamente podemos definir “glória”
por a habitação de Deus entre os homens.
Longe de exaurir
o assunto centralizaremos nossa reflexão em duas etapas no AT (especificamente
no deserto) e em o NT estabelecido em Jesus.
No Antigo Testamento
·
Podia
ser utilizada para mostrar o esplendor e majestade de Deus. (1Cr 29.11; Hc
3.3-5)
·
Manifestação
tão poderosa que nenhum homem podia ver e continuar vivo. (Êx 33.18-23)
·
Coluna
de nuvem e fogo. (Êx 13.21)
·
Outorgou
a LEI. (Êx 24.16-17)
·
Guiou
Israel. (Êx 40.36-38)
No Novo Testamento
·
Pode
expressar um nome de Deus usado por Pedro. (2Pe 1.17)
·
Transcendência
Divina (Rm 11.36; Hb 13.21)
·
Jesus
possuía a mesma glória que o PAI. (Jo 17.5)
Em uma passagem encontramos a manifestação
do próprio Deus encarnado em seu FILHO presente na transfiguração registrada
pelo Evangelista Mateus.
ANÁLISE DOS
VERSÍCULOS 36-37
Quando, pois a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo,
então os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas. Se a nuvem,
porém não se levantava, não
caminhavam até ao dia em que ela se levantava.
A dependência transforma pessoas
A
dependência é algo que acompanha desde a existência humana a todo e qualquer
ser vivente, não existe, um só momento da vida em que não sejamos totalmente
dependentes de Deus. Mesmo na eternidade seremos totalmente e exclusivamente
dependentes de Deus, a única diferença é que neste ultimo estágio não mais
sofreremos sobre as artimanhas do satanás, mas gozaremos favoravelmente da
bondade do nosso Criador.
No deserto este
processo tornou-se mais evidente, o caminho pelo deserto pode ser considerado “a
faculdade de Deus” o homem precisa passar pelo deserto para prender a perder a
soberba e a auto capacidade de conquista.
Na
peregrinação no deserto mesmo diante de todas as afrontas sofridas pelos
israelitas (povo libertado do Egito), o Senhor se manteve fiel a sua promessa e
longânimo em perdoar-lhes as afrontas e de forma amorosa cuidou deles durante
40 anos.
Estes versículos
nos mostram como Deus é Misericordioso, Majestoso e Soberano para com o povo,
em alguns períodos da caminhada Deus se manifestava por meio de uma nuvem; sem
qualquer tipo de alarde e sem prévio comunicado se levantava em forma de nuvem
aos olhos de todo povo como dizendo: “levantem-se
temos que caminhar mais uma milha” esta era a oportunidade que tinham em
seguir a Deus ou morrer no deserto.
Em
outras oportunidades o Senhor apenas parava onde entendia ser melhor para o
povo onde desenvolveriam as habilidades necessárias para manterem-se firmes como
dizendo: “descansem aqui, ganhem força no
momento apropriado partiremos”.
Este
senso de gratidão adquirido na travessia do deserto despertou nos judeus a
necessidade de estabelecimento de uma festa que no judaísmo passou ser conhecida
como Sucót (plural de Sucá), sign.; “cabanas ou tendas” esta festa deu origem
a um feriado religioso judaico onde se comemora a sobrevivência no deserto em
situações impossíveis.
[4]Os judeus praticantes – mesmo os que
moram nas mais belas casas – constroem frágeis cabanas e lá “moram” durante
toda a festividade, que duram oito dias. Nos países mais quentes, muitos
judeus comem e dormem dentro da Sucá; nos mais frios, é permitido fazer
somente uma das refeições do dia ali. A questão é trocar a segurança de uma
casa por uma estrutura frágil, para que você perceba que, em última
instância, toda a sua proteção vem de Deus.
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ANÁLISE DO
VERSÍCULO 38
Porquanto a nuvem
do SENHOR estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite
sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas
jornadas.
A virada da vida
Encontramos neste versículo o que eu considero
“a
virada da vida”, a saber, a distinção entre o dia e a noite,
biblicamente o dia é reconhecido como a esperança ou oportunidade que recebemos
de Deus ao passo que a noite expressa sofrimento, dor e assolação.
Em sua infinita bondade Deus nos dá a cada
dia oportunidade de escolhas como forma de não ser o propagador da morte Deus
guardava o povo de dia, mas também de noite, interessante que neste versículo
está registrado algo interessante digno de observação.
Como já falamos da nuvem e sua composição,
debruçaremos nossa atenção para o “fogo”.
Se de dia encontramos a nuvem como agente
protetor, à noite Deus prove o fogo como agente protetor, em ambas a forma Deus
se apresenta como protetor e mantenedor da vida, ainda que as trevas (noite)
venham para assolar e destruir a vida o SENHOR se apresenta como “FOGO
CONSUMIDOR”.
Características
do fogo
A primeira proposta do fogo ao contrario
do que grande maioria das pessoas pensa não é queimar antes, o fogo é uma
manifestação de combustão rápida com emissão de luz e calor. Constituído por
três entidades distintas, (1) o combustível (aquilo que queima), (2) o
comburente (que permite a queima), (3) o oxigênio que produz o calor.
A seguir apresento as formas primárias
para observação, análise e aprendizagem sobre os três elementos básicos do fogo
que são: (1) iluminar, (2) aquecer, (3) queimar.
Destes três elementos discorrem a
preservação ou destruição da vida.
· ILUMINA – o fogo ilumina mesmo de longe sempre desprende luz. (SALVAÇÃO)
·
AQUECE
– o fogo sempre desprende calor. (REGENERAÇÃO)
·
QUEIMA
– o fogo intenso mais do que se pode suportar ele queima. (JUÍZO)
Não é
de se estranhar que o fogo seja um dos símbolos do Espírito Santo uma vez que
em contato com o ser humano SUA primeira providencia é iluminar a mente (2Co
4.4), aquecer o coração e queimar as impurezas causadas pelo pecado.
Durante a noite
no deserto Deus se apresentava não como guia, mas como preservador da vida,
iluminando o povo, aquecendo o corpo e queimando (dissipando), as partículas do
frio que poderia resultar em morte.
O estudo sobre o
fogo é muito amplo e profundo, merece muita abordagem, mas por hora deixaremos registrado
apenas o que nos interessa para reflexão e análise do texto.
Finalizo observando
que este fogo que aparecia nos céus do deserto do Sinai não era um fogo
qualquer, mas como diz o escritor aos Hebreus “porque o nosso Deus é um fogo consumidor.” (hb 12.29)
ANÁLISE DOS
VERSÍCULOS 15-16
“E
no dia de levantar o tabernáculo, a
nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do testemunho: e à tarde estava
sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã. Assim era de
contínuo: a nuvem o cobria, e de noite havia aparência de fogo.”
Como já
discorremos sobre o sentido tipológico da nuvem e do fogo, vou me ater sobre o
sentido de a nuvem parar sobre o tabernáculo.
Mesmo o
tabernáculo sendo o local de habitação transitória de Deus ELE é maior que o
próprio sentido de sua habitação, portanto, sua manifestação neste espaço
físico era apenas aparente se assim podemos definir, uma vez que a manifestação
da sua presença era magnifica aos olhos do povo.
SEGUNDA PARTE ANÁLISE DA LIÇÃO
Introdução: Na Revista o autor diz que “uma nuvem
permanecia sobre o Tabernáculo” é uma verdade até porque o texto bíblico diz
isto (Êx 40.34), contudo eu acrescentaria que cobria também ao povo.
Porque a
finalidade eram duas: (1) No Tabernáculo mostrar sua presença entre o povo e
(2) proteger o povo dos raios solares.
I
– A COLUNA DE NUVEM: A GLÓRIA DIVINA SOBRE ISRAEL (Êx 40.34)
1. Quando “a nuvem cobriu a tenda da congregação”.
2. A glória da sua presença.
3. “Glória” no hebraico e no aramaico.
Há de se
distinguir a relação inapropriada estabelecida entre as palavras Shekinah, e glória.
É muito comum
definir a presença de Deus como Shekinah, contudo, em termos espirituais é
necessário distinguir um termo do outro.
Uma passagem que
expressa muito seguramente esta verdade encontra-se no diálogo entre Moisés e
Deus em que o servo pede para ver a Glória
(Kabbôdh), do Criador, mas é
informado que nenhum mortal pode ver a Glória (Kabbôdh), de Deus e continuar vivo. (Êx
33.18-23)
No v11 somos
informados que Deus fala face-a-face com Moisés essa é SUA Shekinah; a maneira
como a Shekinah (manifestação), aconteceu não somos informados, mas uma coisa é
certa a Glória (Kabbôdh), foi
protegida pela mão (Poder), de Deus logo à distinção entre Shekinah e Glória é
a que se segue.
Shekinah – é uma palavra
empregada pelos cabalistas (que não necessariamente precisam ser judeus), que
por meio da língua aramaica procurava expressar a manifestação da presença de
Deus para não usarem o termo (Kabbôdh).
Neste sentido Shekinah pode ser aplicado às varias formas em que Deus se manifesta
(ou), aos homens, p.ex., Numa Sarça (Êx 3.2), a Abraão (Gn 22.1), na Arca
(Êx
25.10-11) em varias outras formas.
Glória – (Kabbôdh) é diferente da
Shekinah, uma vez que esta procura
registrar tudo aquilo que envolve a personalidade Santa do PODER de Deus. – O
PODER de Deus é sua essência Majestosa e Pura, Criadora, Mantenedora e atuante
que a conhecemos como “SANTIDADE”.
O Senhor Jesus
nos deu uma pista desta verdade. (Jo 17.2,5)
Um exemplo
distintivo de (Kabbôdh) e (Shekinah) está no livro de Samuel (1Sm
4.20-21) “E
chamou ao menino Icabô, dizendo:
Foi-se a glória de Israel. Porquanto
a arca de Deus foi levada presa, e por causa de seu sogro e de seu marido E disse: De Israel a glória é levada presa: pois é
tomada a arca de Deus”.
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לֵאמֹר
LEMOR
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כָבוֹד
KHÅVOD
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אִי-
Y |
לַנַּעַר
LANAAR |
וַתִּקְרָא
VATIQËRÅ
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אֲרוֹן
ARON
|
הִלָּקַח
HILÅQACH
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אֶל-
EL
|
מִיִּשְׂרָאֵל
MYSËRÅEL
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כָבוֹד
KHÅVOD
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גָּלָה
GÅLÅH
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|
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וְאִישָׁהּ:
VËYSHÅH:
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חָמִיהָ
CHÅMYHÅ
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וְאֶל-
VËEL
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הָאֱלֹהִים
HÅELOHYM
|

כִּי
KY
|
מִיִּשְׂרָאֵל
MYSËRÅEL
|
כָבוֹד
KHÅVOD
|
גָּלָה
GÅLÅH
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וַתֹּאמֶר
VATOMER
|
|
פF
|
הָאֱלֹהִים:
HÅELOHYM:
|
אֲרוֹן
ARON
|
נִלְקַח
NILËQACH
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O judeu dava o
nome a um recém-nascido mediante as circunstancias do nascimento e deve-se
considerar que eram vários tipos de nascimentos e circunstancias distinta, aqui
encontramos o caso da mulher de Finéias que teve o sogro e o marido mortos
atribuindo a isso a retirada da Arca (considerada a presença de Deus) o (Kabbôdh) = PODER, por isso o nome que dá
ao filho é I-cabô em português em Hebraico כָבוֹד KHÅVOD o acréscimo “I” torna
o nome “sem glória”.
II
– A SHEKINAH QUE ESTEVE PRESENTE NAS PEREGRINAÇÕES DE ISRAEL
1. A glória permanente de Deus.
2. A nuvem de Deus nos montes e desertos.
3. A nuvem se manifestou no propiciatório.
Posicionamento Lucano
Este PODER é o
mesmo que o Evangelista Lucas registrou em seu evangelho e em Atos. (Lc 24.49;
At 1.4) uma sólida exegese mostrará que essa promessa, portanto, PODER registrado em Lucas 24.49
trata-se do Espírito Santo o que está em conformidade com o que Jesus disse “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:
É-me dado todo o poder no céu e na
terra”. (Mt 28.18)
Posicionamento Paulino
Paulo demonstrou
este mesmo poder por meio exemplo dado aos coríntios “Ora, irmãos, não quero
que ignoreis que nossos pais estiveram
todos debaixo da nuvem; e todos passaram
pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e
no mar, e todos comeram de um mesmo manjar
espiritual, e beberam todos
de uma mesma bebida espiritual,
porque bebiam da pedra espiritual
que os seguia; e a pedra era Cristo.”
(1Co 10.1-4)
Estiveram todos
debaixo da nuvem..................................................Proteção
Passaram pelo
mar..........................................................................Poder
Foram batizados
em Moisés.............................................................Confissão pública (testemunho)
Comeram de um
mesmo manjar espiritual.........................................corpo de Cristo
(Igreja)
Bebida
espiritual.............................................................................Sangue
de Cristo (Aliança)
Pedra
espiritual...............................................................................Evangelho
Pedra era
Cristo...............................................................................REDENÇÃO
Montes e
desertos
Deus é impressionante e ao mesmo tempo
surpreendente todos seus atos expressam um propósito maior a qual o
entendimento humano jamais conseguirá atingir, caso o SENHOR, não o revele.
A Bíblia apresenta três nomes possíveis para conhecermos os nomes atribuídos a este
monte, sendo que antes precisamos entender o porquê de o povo ao sair do Egito,
Deus conduz o povo por este caminho desértico até chegarem ao Sinai. – a
questão é:
Qual propósito de Deus nessa trajetória?
Vejamos
por que: – Há um rabino prof. Zev Vilnay que diz que o termo Sinai deriva de “sne” que quer dizer “sarça ardente”, mas não ganha tanta
credibilidade. Mas, por meio dos relatos históricos descobrimos que o nome “Sinai” deriva de “Sin”, deusa da lua um título pagão para um deus egípcio, outros
afirmam sign. “fendido ou rachado”.
Ficamos
com a posição histórica que nos é mais confiável e seguro sendo que os nomes
atribuídos ao Sinai expressam um significado:
1) Monte Sinai (Êx 19.11-18; 20-24)
2)
Horebe (Êx 33.6;n24.13)
3)
Monte de Deus (Êx 3.1; 1Rs 19.9)
O
monte apresenta uma formação “triangular”
apontando para os três pontos da terra mais conhecidos da época: a Ásia, a
África e o Oriente Próximo.
O
monte registrava seis qualidades que
só Deus poderia antever.
1.
Distanciava
“onze jornadas” do Horebe ao Seir. (Dt 1.2)
2.
Era visto pelo
povo que estava no vale. (Êx 19.11)
3.
Deveria ter um
vale capaz de abrigar cerca de 3 milhões de pessoas. (Êx 19.17,18)
4.
Tinha que haver
um espaço distante do povo. (Êx 19.12-13)
5.
Deveria ser alto
suficiente para o povo contemplar o que nas alturas acontecia. (Êx 20.18)
6.
Precisava haver
água no local para o povo. (Dt 9.21)
Neste
lugar três são as ações que Deus vai exercer sobre a história de Israel (1) Dissipa
os deuses pagãos egípcios daquela região, (2) Implanta conceitos éticos e
morais daquela que viria ser a nação Israelita, (3) Institui o povo como nação
que carregariam SEU NOME pela terra.
III
– ALGUMAS LIÇÕES PARA HOJE
1. A nuvem sobre o tabernáculo não era comum
2. A nuvem permaneceu sobre o Tabernáculo
3. A nuvem não é estática
A nuvem
tornava-se incomum, pois, “não obedecia
as leis da natureza”, ou seja, os ventos não exerciam sobre ela poder de
movimento, estavam sujeitos a ELE isso não existia na cultura egípcia,
portanto, um fato novo para um povo que era escravo.
A manifestação
de Deus é algo incompreensível a mente humana e jamais o poderá ser em 100% de
exatidão, o mesmo Deus que estava nas nuvens sobre o Tabernáculo, também estava
sobre a Tenda da Congregação, sobre o propiciatório, no meio do povo e
atualmente dentro nos que aceitaram a Jesus.
Como uma mente
finita pode asseverar tamanha grandiosidade é algo incompreensível para tentar
ajustar essa magnitude dizemos que ELE é Onipresente, mas isso ainda é pouco
perto da profundidade da sua atuação majestosa.
O contraditório
é sempre questionável no caso de Deus muito mais por isso aplicamos o antônimo
de inerte como dinâmico – Deus não pode ser “inerte” porque um de seus
atributos é ser Onipresente, portanto, ativo em todos os lugares e espaços
possíveis preenchidos em totalidade.
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Professor pastor Themmy Lima
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Núcleo
Bíblico de Ensino Mundo Teológico.
Organizado
e propagado pelo Professor Pastor Themmy Lima
BIBLIOGRAFIA
UTILIZADA
A TORÁ
TEOLOGIA E HIST. SOCIAL DA LEI DO AT – CRUSEMANN, Frank – VOZES 4ª edição 2012
– p. diversas.
AS TRIBOS
DE YAHWEH – GOTTWALD, Norman K. – PAULISNAS 1986 – p. 107 – 109
BÍBLIA DE
ESTUDO PALAVRA CHAVE – STRONG, James H. – CPAD 1ª edição 2011 – p. diversas.
BIBLIA
DE ESTUDO PENTECOSTAL (BEP) – STAMPS, Donald – CPAD 2011 – p.117 a 182, 1183
CONHEÇAMELHOR
A BÍBLIA V. POR V. – VOL. 7 – HUNTER, J. – E. CRISTÃS 1997 – p. 141
DICIONÁRIO
BÍBLICO UNIVERSAL – BUCKLAND, A. R. & WILLIANS, Lukyn – VIDA 2007 – p.573
ENCICLOPÉDIA
POPULAR DE CULTURA BÍBLICA – FILLION, Louis Claude – CENTRAL GOSPEL 2003 –
p.400-401
ÊXODO
INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO – COLE, R. Alan – Vida Nova 1ª edição 1980 – p. 231
GEOGRAFIA
DA TERRA SANTA E DAS TERRAS BÍBLICAS – TOGNINI, Enéas – HAGNOS 1ª Edição 2009 –
p.151-153
JÓIAS
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MANUAL
DE TIPOLOGIA BIBLICA – HABERSHON, Ada – VIDA 2003 – p.17
MERECE
CONFIANÇA O AT – ARCHER JR. Gleason L. – VIDA NOVA 1ª edição 1974 – p. 152-153
O LIVRO DE
SAMUEL 1 – BLAU, Avraham rabino – MAAYANOT 2006 – p. 28ª
O
MAIS COMPLETO GUIA SOBRE JUDAÍSMO – BLECH, Benjamim (rabino) – SEFER 2004 –
p.182
O NOVO
DICIONÁRIO DA BÍBLIA – DOUGLAS, J.D. – VIDA NOVA 1995 – p.1532-1533
O
TABERNÁCULO SÍMBOLO DA OBRA REDENTORA DE CRISTO – CABRAL, Elienai – CPAD 2019 –
p. 149 a 153
OS OUTROS
DA BÍBLIA – REINKE, André Daniel – THOMAS NELSON 2019 – p.79-119
OS
SÍMBOLOS DA BÍBLIA – GIRARD, Marc – PAULUS 1997 – p. 89 a 141 e 357 a 366
PEQUENO
VOCABULÁRIO DO JUDAÍSMO – SCHLESINGER, Hugo – Edições Paulinas 1987.
p.169,233,260
RUMO
A TERRA PROMETIDA – ODILO, Reynaldo – CPAD 2018 – p.45 a 55
[1]
Manual de Tipologia Bíblica p.17
[2]
GIRARD – Os símbolos na Bíblia – p.357
[3]
Kenneth S. Wuest – Joias do NT Grego p.36
[4]
Nota extraída do livro Mais Completo guia sobre Judaísmo. p.182
Estudo preciosissimo.
ResponderExcluirDeus lhe recompense sempre Pr. Thammy.
O esforço e sacrifício agui será recompensado lá na Glória com Cristo.