A Mordomia da Alma e do Espírito
Lição 3

A Mordomia da
Alma e do Espírito
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“E o mesmo Deus de paz
vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda do nosso Senhor Jesus
Cristo.”
(1 Ts 5.23)
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Ao lado do corpo, a alma
e o espírito devem estar preparados para a vinda do Senhor Jesus Cristo.
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LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Gálatas
5.16-22,25
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Gálatas 5.16-22,25
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Vs.
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Digo, porém: Andai em espírito e não
cumprireis a concupiscência da carne.
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16
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Porque a carne cobiça contra o espírito, e o espírito,
contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para[de maneira] que não façais o que quereis.
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17
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Mas, se sois guiados pelo espírito, não estais debaixo
da lei.
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18
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Porque as obras da carne são manifestas, as quais são:
adultério, fornicação, impureza, [ou,
imundície] dissolução, [ou,
luxaria, ou, voracidade]
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19
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idolatria, feitiçaria,[empeçonhamento] inimizades, demandas,[ou, preitos, ou, porfias] emulações,[ou, demasiado zelos ou ciúmes] iras, pelejas, dissensões, heresias,
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20
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invejas, homicídios, bebedices, glutonarias[borracheiras, banquetearias] e
coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos
disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
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21
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Mas o fruto do espírito é: caridade, [Gr. ágapéi:
amor divino em ação] gozo, paz, longanimidade, [ou, sofrimento, ou, paciência] benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança.
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22
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Se vivemos em espírito, andemos também em espírito.
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25
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INTRODUÇÃO
Sobre o texto
áureo cabe-nos observar o sentido da expressão “E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo” – na frase o agente primário é Deus, por
conseguinte é ELE quem exerce no cristão o principio da santificação; para
diferenciar Deus dos deuses deste mundo, o Apóstolo usa o adjetivo “paz”, porque nenhum deus mundano pode
produzir “paz” interior acompanhada
da santificação, apenas o Criador.
Não obstante o Apóstolo registra esta verdade ao citar na
carta aos tessalonicenses (5.23), as palavras Do Mestre registradas por Marcos
(12.30), a forma contraída de Deuteronômio (6.4) sobre o Shemá Israel.
Obs. Este tópico será comentado no canal Mundo Pentecostal
Arminiano, acompanhe a exposição da lição.
Sobre a leitura
Bíblica em classe – O texto hebraico para Gálatas (5.21-25), posteriormente
escrito em grego menciona a palavra “espírito” com a letra “e”,
em tamanho minúsculo apontando para o espírito comum de todo homem, ao
passo que a terminologia grega inverte o processo apresentando a letra “E”
em forma maiúscula apontando para o Espírito Santo.
Como o texto em apreço remete a batalha entre o material
e o espiritual, nada nos impede afirmar que a forma correta em interpretar o
texto seja apresentar a palavra “Espírito” em forma maiúscula
apontando para o Espírito Santo mesmo porque no texto o Espírito aparece como:
1. O
Espírito que anda junto com o cristão. V16, 25
2. O
Espírito que se opõe as obra da carne. V17
3. O
Espírito que guia. V18
4. O
Espirito gerador do amor. V22
5. O
Espírito de vida. V25
Tricotomia – O ser humano analisado pela ótica biológica
e teológica.
Análise biológica – a biologia é a
ciência que estuda a vida, define, portanto, o homem como um ser vivente como tricotômico;
– Tricotômico é aquele oriundo da tricotomia.
Análise Etimológica – a palavra
tricotomia é formada de duas palavras gregas, tricha, “tríplice” e temnein, “cortar”.
[trichotomia
Gr.], divisão em três partes, classes ou elementos, portanto, o ser humano
criado por Deus pode ser estudado por meio do sistema biológico que o divide em
três partes.
Análise histórica
– ao contrario do que afirma Anthony Hoekema que “ela deve ser rejeitada porque
ela parece fazer violência à unidade do homem. A palavra em si mesma sugere que
o homem pode ser separado em três “partes””.
A tricotomia foi ensinada e defendida por homens sérios e
altamente reconhecidas no meio teológico. No século XIX p.ex., Franz [1]Delitzsch,
J. B. [2]Heard,
J. T. [3]Beck,
e G. F. [4]Oehler.
Mais recentemente tem sido defendido por escritores como Watchman [5]Nee,
Charles R. [6]Solomon
(que afirma que através do seu corpo, o homem relaciona-se com o ambiente,
através de sua alma com os outros, e do seu espírito com Deus), e Bill [7]Gothard.
É interessante observar que a tricotomia é também defendida na antiga e na nova
[8]Scofield
Reference Bible.
Análise teológica – teologicamente a
Bíblia assegura que o homem é formado por corpo, alma e espírito. (1Ts 5.23; Hb
4.12) Nesta vertente a tricotomia significa “aquilo que pode ser dividido em três ou que se divide em três tomos”.
A queda encarregou-se de transformar o homem
originalmente carnal e espiritual (alma e espírito) num ser também natural,
este é o pior deles.
Divergência teológica – uma corrente
teológica (calvinismo), defende que a composição humana se reduz a duas partes o
que torna o homem um ser “dicotômico”,
esta vertente teológica entende que o homem seja formado apenas pelo corpo
(parte física) e a junção da alma e espírito (parte imaterial).
Meu posicionamento como
pentecostal, arminiano, mas sobre tudo bíblico é que a tricotomia seja a disciplina
mais coerente e aceitável entre os principais teólogos do mundo uma vez que o conceito
tricotômico entende que o homem seja uma tri-unidade composta e inseparável,
sendo que a queda por meio da morte física assumiu o papel de agente separador,
das partes.
O CORPO
HUMANO – (geviah-Hb.)
A palavra corpo é no hebraico
o tipo de palavra que carrega em si uma infinidade de sentidos, porém a mais
utilizada pelos melhores linguistas e tradutores seja “geviah” גְּוִיָּה palavra de
sentido feminino e plural que sua transliteração entende por “geviah” que traduzido pode significar corpo
ou cadáver.
Vejamos porque esta palavra
pode carregar o sentido se corpo (vida) ou cadáver (morte) = separação.
Um vapor [neblina], porém, subia da terra, e
regava toda a face da terra. (Gn 2.6) – [9]a
palavra neblina é importante neste
versículo porque ela aponta para a composição do corpo humano, esta palavra
deveria ser traduzida por “água que brota da terra” ou “manancial”.
Na criação original não havia
vento nem agitação no ar para mover as nuvens, depositar água na terra ou fazer
chover. Esta é uma providencia posterior. Portanto, para trazer alívio à terra
seca, Deus fez vir essa “fonte a jorrar da terra” e posteriormente da chuva.
Na lição anterior o autor nos
informa de maneira excepcional que “[10]o
corpo humano se constitui de setenta por cento de água; tem 96.500 km de veias
e artérias; 10 bilhões de vasos capilares; 100 trilhões de células”.
Importante mencionar que o texto
bíblico afirma que o homem foi feito “do pó da terra” (Gn 2.7) que até então
não havia água para a moldagem (corpo), como afirma o versículo (Gn 2.8), no
entanto, o v7 diz: “E formou o SENHOR
Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o
homem foi feito alma vivente”. Eis, aqui a composição tricotômica do homem.
O agente sempre será Deus, seja qual for o
sentido final da criação.
1 – o pó da terra – parte material.
2 – sopro – “espírito” a primeira parte imaterial do homem.
3 – alma – a segunda parte
imaterial do homem.
Portanto,
o homem é um ser tricotômico por formação divina, racionalmente [11]não
se precisa de cultivador para o crescimento da erva, mas é necessário um
lavrador para cultivar o solo e a manutenção de um jardim.
Quando a
Bíblia diz para que apresentemos “todo o
vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis”,
está dizendo para cuidemos do nosso corpo assim como foi determinado cuidar da terra,
(Levítico 25) assim como a terra cuida do ser humano, o ser humano deve cuidar
da terra.
Esta
reciprocidade está implícita nos elementos que compõem tanto a terra como o ser
humano, observe os elementos químicos contidos na terra que também estão no
homem.
[12]Oxigênio – este elemento químico está
presente em maior quantidade no corpo humano aproximadamente 65% da massa
corporal total, presente na água do nosso organismo e também em moléculas orgânicas
que possui carbono.
Carbono – necessário para as principais das
moléculas orgânicas (lipídios, carboidratos e proteínas), presente em nosso
organismo, corresponde a 19% da massa corporal total.
Hidrogênio – Compõem a água e grande parte das moléculas
orgânicas presentes no corpo humano. Forma cerca de 10% da massa corporal total
do corpo humano.
Nitrogênio – Presente nos ácidos nucleicos (DNA e
RNA) e proteínas, corresponde a cerca de 3,1% da massa corporal.
Cálcio – Presente, principalmente, na formação e
composição de ossos e dentes, corresponde a cerca de 1,5% da massa de nosso
corpo.
Fósforo – Importantes na estrutura de dentes e
ossos. Faz parte da composição do DNA, RNA e ATP. Corresponde a cerca de 1% da
massa corporal.
Potássio – Atua principalmente nos impulsos neuromusculares.
A forma ionizada (cátion) está presente no fluído intracelular. Corresponde a
cerca de 0,30% da massa corporal.
Informação
importante:
Existem muitos outros elementos químicos presentes no corpo
humano e na terra que não vamos exaurir, mas segue mais alguns deles p. ex., enxofre,
sódio, ferro, magnésio, cloro.
O corpo humano por mais limpo
que possa estar deixa partículas da terra no colarinho da sua camisa, esta é
uma comprovação física que o homem é possuidor de terra em seu corpo, porque
dela foi formado.
A mulher
ao ser formada comprova existir em si o mesmo grau de elementos químicos existentes
no homem, Deus sabia que não precisaria fazer um novo ser com os mesmo
elementos seria apenas necessário extrair do homem as mesmas propriedades
existentes nele.
A importância do
corpo
Se o
corpo não exercesse um papel fundamental na criação, o próprio Deus não teria
comparado por meio de linguagem simbólica a Igreja como “Corpo de Cristo” (Rm
12.4, 5; 1Co 12.12,27), nestas passagens o Apóstolo utiliza a simbologia no
sentido físico doo termo, a seguir presentaremos algumas anuências do corpo
ocasiões em que ele é parcialmente corrompido, em outras ele glorifica a Deus,
em outras pode ser transformado.
Ø Corpo
do pecaminoso (Rm 6.6)
Ø Corpo
mortal (Rm 6.12;8.11)
Ø Corpo
destinado à morte (Rm 7.24)
Ø Corpo
morto pelo pecado (Rm 8.10)
Ø Corpo
escravizado (1Co 9.27)
Ø Corpo
deve ser mortificado (Rm 8.13)
Ø O
Corpo pode ser redimido (Rm 8.23)
Ø O
corpo pode ser transformado (Fp 3.21)
Ø O
corpo pode ser oferecido em sacrifício (Rm 12.1)
Ø O
corpo pode glorificar a Deus (1Co 6.20; Fp 1.20)
Ø O
copo pode ser o templo do espírito Santo (1Co 6.19)
O NÉFESH
(nepesh-Hb) – (psyché-Gr) = alma
O hebraico registra a néfesh לְנֶפֶשׁ
do ser humano traduzido pela bíblia por “alma”,
que o grego aplica como “psyché” ψυχή.
Atualmente inúmeras são as passagens bíblicas que traduz corretamente o
significado de néfesh, no entanto, em (Gn 2.7) o homem é לְנֶפֶשׁ vivente.
O que
isto significa?
Significa
que o homem por meio da sua respiração mantém ativo dentro de si o sopro de Deus
que lhe possibilitou a existência da vida. WOLFF diz: “néfesh deve ser vista aqui em conjunto com a figura total do ser
humano e especialmente com sua respiração; por isso, o ser humano não tem o néfesh, mas é néfesh e vive como néfesh”.
Em
outras palavras [13]a
ligação entre nepesh e “fôlego,
respiração” também é sugerida por meio de afirmações como “e [SENHOR] lhe
soprou [nph] nas narinas e fôlego [neshãmâ] de vida, e o homem passou a ser
alma [néfesh] vivente” (Gn 2.7) e a “nepesh
[vida, respiração, alma] do menino retornou a ele e ele viveu (lit., 1Rs
17.22”.
A QUESTÃO! A
ALMA PODE MORRER?
Esta é uma pergunta
importante, que neste estudo merece ser abordada ainda que de forma sucinta,
porém objetiva; com base em diversos estudos e pesquisas não tenho receio
afirmar que a alma não pode morrer.
Exporei
a seguir minhas conclusões em relação à permanência da alma quando separada do
corpo; se o amor de Deus define-se como intenção, desejo e aproximação este
processo produz na alma três atributos que jamais serão removidos da alma, a
saber, intelecto, vontade e sentimento.
1.
INTELECTO –
inteligência da alma.
2.
VONTADE –
livre-arbítrio, parte que decide ações.
3.
SENTIMENTO –
reação aos fatores externos.
Em primeiro
lugar pelo fato de ela partir de Deus, sendo que Deus não é perpétuo, mas
eterno, este fator implica na existência distinta entre Criador e criatura.
Além de que a alma não pode
morrer, pois, existe uma diferença entre morte e aniquilação.
Um texto muito usado para
alegar a possível destruição da alma
encontra-se em Mateus (10.28) Cf., Lucas (12.4-5), mas, uma analise sensível
notaremos o que o texto realmente diz.
E não temais os que
matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode
destruir [fazer perecer] a
alma e o corpo no inferno. [Gr. Geena:
lugar do castigo] [14](Mt
10.28)
|
E digo-vos, amigos meus: não temais os que matam o corpo e
depois não têm mais que possam fazer.
Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem potestade para lançar no inferno; [Gr. Geena: lugar do castigo] sim, vos digo, a esse temei. [15](Lc 12.4-5) |
Os verbos “matar, matam ou destruir” apontam para o
sentido da possível separação das partes que compõem a tricotomia humana; mas
um olhar atento verá que o Senhor Jesus está confrontando aos fariseus que deturpavam
a palavra por meio do terror, isso, porque no pensamento grego e romano da
época entendia que a alma se dissolvia por ocasião da morte do corpo.
Outro grupo acreditava na
separação, porém, como forma de aniquilação, no entanto, o texto bíblico de Lucas
nos mostra haver consciência no
pós-morte (separação). (Lc 16.19-31)
Sendo a alma o centro das emoções e sentimentos
certamente o tormento eterno repousa no fato de o condenado ter consciência das
suas más escolhas em vida haver recusado a salvação disponibilizada por Deus, estando
consciente eternamente que todo seu sofrimento é resultado das suas escolhas e
pior sem possibilidade de arrependimento.
Severino Pedro afirma que a
alma é [16]imortal
e não indissolúvel outro fator não menos importante repousa no fato de que [17]a
imortalidade seria uma palavra vã se a alma, na sua sobrevivência, não conservasse
a consciência de si mesma, de sua identidade. A prova metafisica supõe, com efeito, que a
alma, permanecendo no seu ser, continua a exercer as funções inerentes a ela, tais
como: oração (Ap 6.9-11), louvor (Ap 7.9 e ss) etc.
Por fim, a sabedoria do
Criador exige que Ele não destrua a sua obra; o arquiteto não constrói para
demolir,, e Deus não deu à alma forma limitada da vida, a não ser, numa
rebeldia dela contra Deus, e, mesmo assim, “perecer” no contexto de Mateus
(10.28) não significa “aniquilamento” e, sim, uma
existência sem Deus.
PALAVRAS QUE DEFINE SUCINTAMENTE
OBRAS E FRUTOS
AS OBRAS PRODUZIDAS PELA CARNE
1.
Adultério
– MOICHEÍA (Gr.) – o que é tirado do estado original, torna-se uma traição. Μοιχεία
2.
Fornicação
– PORMEIA (Gr) – palavra usada para definir relações sexuais ilícitas e
imorais.
3.
Impureza
[ou, imundície] – AKATHARSIA (Gr) – palavra que começou no mundo físico, entrou
para o mundo ritual e cerimonial e terminou no mundo moral, expressando o
sentido de sujeira física e material; metaforicamente “o inquilino que está de
saída compromete-se a deixar a casa de toda e qualquer akatharsai”.
4.
dissolução [ou, luxaria,
ou, voracidade]
5.
Idolatria
– EIDÕLOLATRIA (Gr) – culto e adoração a falsos deuses, é difícil para o mundo
moderno entender como alguém poderia curvar-se a um pedaço de masseira, pedra
ou metal, mas era isso que acontecia no passado e recriminado por Deus.
6.
Feitiçaria
[empeçonhamento ou magia] – FARMAKEIA (Gr) – a palavra seguiu em meio a um
processo de degeneração em seu significado. A palavra farmakon é uma droga, e
farmakeia é o uso de drogas. Com o passar do tempo a palavra sofreu mutações em
três etapas: (1) farmakeia usada como palavra médica sem o menor mau sentido.
(2) passou então a significar abuso das drogas, ou seja, o uso de drogas para
envenenar e não para curar. (3) por ultimo passou significar feitiçaria ou
bruxaria.
7.
Inimizades
– ECHTHRA (Gr) – palavra utilizada para pessoas que ficam ou tornam-se
inimigas, por conseguinte hostis; echthros é apalavra grega normal para um
inimigo, e echthra para inimizade.
8.
demandas [ou, preitos,
ou, porfias]
9.
Emulações
[ou, demasiado zelos ou ciúmes] – ZELOS E FTHONOS – estas palavras, embora separadas
no trecho de Gálatas em estudo (Gl 5.20-21), precisam ser estudadas juntas,
porque ocorrem tão frequentemente como pares, e porque há casos em que uma
delas tem que ser definida em contraste com a outra. O principio geral que
governa seu significado é zêlos tem
um sentido bom e mau, ao passo que fthonos
é sempre mau.
10.
Iras
– THUMOS (Gr) – possui um potencial limitado podendo ser empregada tanto para o
bem quanto para o mau, pode descrever uma qualidade sem a qual nenhum bom
caráter pode florescer, uma qualidade que arruína relacionamentos
pessoais.
11.
Pelejas
– ERITHEIA (Gr) – as várias traduções desta palavra dificultam e causam
incertezas no seu significado. No grego secular a palavra, com seu verbo
correspondente, tinham dois sentidos: (1) Erithos
= trabalhador diarista, eritheuesthai,
o verbo, é trabalhar por contrato, e (2) = eritheia
é o trabalho contratado.
12.
Dissensões
[contendas, porfias, discórdia] – ERIS (Gr) ou DICHOSTASIA (Gr) – esta palavra
tem certa ligação com echthra
(inimizade), pois, defini estado de pensamento entre pessoas, portanto, o
resultado mental durante a vida. Dichostasia
– não é uma palavra comum tanto no grego bíblico como no secular só aparece
novamente em (Rm 16.17) onde o Apostolo alerta os romanos para as dissensões.
13.
Heresias
– HAIRESIS (Gr) – em língua portuguesa ela significa heresia “uma crença
contraria a ortodoxia e à sã doutrina”. Mas em grego hairesis não é necessariamente uma palavra má, porque significa ou
um ato de escolher, ou uma escolha.
14.
Invejas
– FTHONOS (Gr) – (veja emulações item 9)
(ver nota p.390 Variantes Textuais do NT)
15.
Homicídios – ANTHROPOKTONÍA (Gr) – É
sinônimo de assassínio ou assassinato, palavra formada por
homo (remete para homem) e cídio (que indica o extermínio ou morte),
significando por isso o ato de matar um ser humano. Existem varias vertente,
mas as duas principais são (1) dolo, ou seja, quando se comete homicídio com
intenção de matar e (2) culposo quando ocorre a morte de uma pessoa sem ter a
intenção de matar.
16.
Bebedices
– METHÊ E KÔMOS (Gr) – duas palavras que só ocorrem juntas em (Rm 13.13), expressam
duas coisas que os cristãos devem abandonar para sempre, no mundo antigo vinhos
e bebidas eram recriminados quando utilizados em excesso, na Grécia até as
crianças bebiam vinho, o dejejum p.ex., era uma fatia de pão molhada ao
vinho.
17.
Glutonarias
[borracheiras, banquetearias] – KÔMOS (Gr) – (veja bebedices item 16).
FRUTOS PRODUZIDOS PELO ESPÍRITO
Antes de
entendermos o que significa o amor ágape utilizado no versículo de Gálatas é
necessário apresentar o sentido da palavra amor e suas divisões.
O que é amor – Amor é a expressão maior
de afeto possível existente e conhecida entre Criador e criatura, que se
propaga em manifestação entre os “seres
criados” tanto na forma individual como na forma coletiva.
classes existenciais do amor – A
existência real do amor faz com que seja descrito em quatro classes inalteráveis:
1.
ÁGAPEI – amor
pertencente somente a Deus.
2.
FILÉO – amor
natural entre seres criados. (fhilein sign., beijar ou acariciar)
3.
STORGÉ – amor familiar entre pais e filhos,
entre irmãos e parentes.
4. ÉROS – amor existente apenas entre homem e mulher.
DIVISÕES
DO AMOR – Qualquer
que seja o tipo de amor aplicado ou empregado numa ação, inevitavelmente
resultará em subdivisão, esta por sua vez é necessária para dar sentido à
existência destes três tipos de amor, são eles, assim definidos:
1.
Intenção – antecede o desejo por isto existe.
2. Desejo – resultado da intenção.
3.
Aproximação – materializa
a intenção com o desejo.
(Jeremias 31.3)
Correlação do amor – Este esclarecimento sobre a “correlação” entre o amor de Deus e o
amor dos homens (seres criados) é importante para termos como ponto de partida
o sentido real de cada ação divina em relação à criatura.
A pergunta há ser feita é:
Qual a relação entre o amor de Deus e o amor dos
homens?
Poder-se-ia dar qualquer tipo de resposta para
saciar o ego humano, contudo, nada melhor e mais apropriado, de que deixar a
própria Bíblia responder a esta questão no intuito de não promover qualquer sentido
pernicioso.
Assim nos responde a Bíblia – Nós o amamos porque ele nos amou primeiro. (1Jo 4.19)
Em outras palavras qualquer expressão de amor de
nossa parte seja para com Deus ou para com nosso semelhante só pode se estabelecer
porque recrutamos este amor da fonte, ou seja, Deus.
Por isto, podemos atestar sem nenhuma sobra de erro,
que, (DEUS),intentou,
desejou e se aproximou da sua criação, por que, só ELE é a fonte do amor.
Por isto
que também a Bíblia diz: – Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é
amor. (1 Jo 4.8)
E nós conhecemos e cremos no amor
que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em
Deus, e Deus, nele. (1 Jo 4.16)
Isto,
posto podemos entender o sentido da proposta da palavra amor em Gálatas (5.22)
onde “caridade” (RC) significa “amor” e esta palavra no grego é [ágapéi
= amor divino em ação]
1.
Caridade
[Gr. ágapéi: amor divino] (veja
nota em classes existenciais do amor e divisões do amor)
2.
Gozo
– CHARA (Gr) – alegria, mais
especificamente alegra de viver, muito usada no grego para saudação. Em
português uma espécie de “como vai você”.
3.
Paz
– IERÊNÊ (Gr) – o alvo de toda filosofia antiga era ataraxia, a serenidade, a tranquilidade e a mente quita, na ótica
humana a paz só pode existir quando há eliminação do desejo, mas a paz só
existe quando existe a eliminação total da autossuficiência.
4.
Longanimidade
[ou, sofrimento, ou, paciência] – MAKROTHUMIA (Gr) – pessoas pacientes que
por adesão geralmente são pessoas que possuem ierênê (paz). PLUTARCO diz: “a capacidade que o homem tem de levar
as coisas até o fim”.
5.
Benignidade
– CHRÊSTOTÊS (Gr) – “ternura - gentileza”, TRENCH diz: “é uma bela palavra para
expressão de uma bela graça”; MARCO AURÉLIO diz: é uma palavra que uso para
descrever Deus, (Meditações 8.34), fala do dever que o homem tem de perdoar o
pecador e o néscio.
6.
Bondade
– AGATHÔSUNÊ (Gr) – depende do contexto em que é aplicada e da esfera em que se
encontra, geralmente está ligada a Deus, por conseguinte, quem está ligado a
Deus desenvolve bondade autentica.
7.
Fé –
PISTIS (Gr) – a base de toda religião cristã, confiança entrega e obediência;
teologicamente fé pode ser resumida em “dependência”
que o homem tem em Deus e fora dele é abismo.
8.
Mansidão
– PRAUTÊS (Gr) – tolerância uma qualidade admirável, uma palavra a qual o homem
jamais poderá progredir na vida devocional ou prática com Deus. (Pv 22.24; Ef
4.31)
9.
Temperança
– EGKRATEIA (Gr) – vitória sobre as investidas maldosas de satanás, ou seja, pessoa
que tem domínio próprio.
BIBLIOGRAFIA
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(Traduzido para o português por VILSON SCHOLZ) – Variantes Textuais do Novo
Testamento – SBB 2010 – p. 390.
CAMPOS, HEBER CARLOS DE –
O Habitat humano o paraíso criado – Hagnos 2011 – p.17.
EVANS, CRAIG A.– Novo
Comentário Bíblico Contemporâneo Lucas – Editora Vida 1996 – p.220.
LUIZ DE MATTOS Doutor –
Antropologia à Luz do hebraico Bíblico -
Promoarte 2014 – p. 21-28.
MAURÍCIO BRITO –
Antropologia Teológica – AD SANTOS 2011 – p.192
MOUSE, ROBERT H. – Novo
Comentário Bíblico Contemporâneo Mateus – Editora Vida 1996 – p.105/106.
SEVERINO PEDRO DA SILVA –
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WALTKE, BRUCE K. – ARCHER,
JR., GLEASON – HARRIS, R. LAIRD – DITAT Vol. 1 – Vida Nova 1998 – p.982.
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WILLIAM BARCLAY Vol. 2 –
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WOLFF, HANS WALTER –
Antropologia do AT – Hagnos 1ª edição 2008 – p. 33/35.
Bíblias Consultadas
BÍBLIA DE ESTUDO DA
REFORMA – WINTERLE, Walter – SBB 2017 – paginas diversas.
BÍBLIA DE ESTUDO KING
JAMES COM ESTUDO HOLMAN (BKJ) – HUNT, William Holman – BV editora 2018 –
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BÍBLIA DE ESTUDO NAA –
RUBIO, Amador – SBB 3ª edição 2017 atualizada – diversas paginas.
BÍBLIA DE ESTUDO
PENTECOSTAL – STAMPS, Donald C. – CPAD 1995 – paginas diversas.
BÍBLIA SAGRADA KING JAMES
EDIÇÃO DE ESTUDO – 400 ANOS – PRIMEIRO, Tiago (rei) – ABBA PRESS 2ª edição
2013.
Estudo elaborado especialmente para o grupo EBD em questão.
Professor Pastor Themmy Lima.
São Paulo/SP.
Acompanhe nossos estudos pelo canal Mundo Pentecostal Arminiano.
[1] System of
Biblical Psychology, pp. Vii, 247-66.
[2] The
Tripartite Nature of Man (Edinburgh: T & T Clark, 1866).
[3] Outlines
of Biblical Psychology, (Edinburgh: T & T Clark, 1877), p. 38.
[4] Theology
of the Old Testament, edit. G. E. Day (1873; Grand Rapids: Zondervan), 149-51.
[5] The
Release of the Spirit (Indianapolis: Sure Foundation, 1956), 6.
[6] The
Handbook of Happiness (Denver: Heritage House Publications, 1971), 28; ver
também p. 27-58.
[7] Wilfred
Brockelman, Gothard, The Man and his Ministry: An Evaluation (Santa Barbara:
Quill Publications, 1976), 85-96.
[8] The
Scofield Reference Bible (New York: Oxford University Press, 1909), no texto de
1 Ts 5.23; The New Scofield Reference Bible (New York: Oxford University Press,
1967) no texto de 1 Ts 5.23.
[9] Texto
extraído do livro O Habitat humano o paraíso criado. CAMPOS, Heber Carlos de –
p.17 - Hagnos 2011.
[10] Lições
Bíblicas 3º trimestre – (lição 2) 14/07/2019 A Mordomia do Corpo - tópico 1 A dimensão Material do Corpo
subtópico 2.
[11] Texto
extraído do livro O Habitat humano o paraíso criado. CAMPOS, Heber Carlos de –
p.17 - Hagnos 2011.
[12]
Informação extraída do site: https://www.todabiologia.com/anatomia/elementos_quimicos_corpo.htm
em 17/07/19 as 18horas.
[13] Citação
do DITAT p.982 – Vol. 1 Waltke, Bruce K. – ARCHER, Jr., Gleason – HARRIS, R.
Laird – Vida Nova 1998.
[14] Mateus
10.28 Novo Testamento de Franz Delitzsch (1877)
[15] Lucas
12.4-5 Novo Testamento de Franz Delitzsch (1877)
[16] Severino
Pedro da Silva – O Homem corpo, alma e espírito – CPAD 2001 – 19º impressão –
diversas paginas.
[17] Severino
Pedro da Silva – O Homem corpo, alma e espírito – CPAD 2001 – 19º impressão –
p111.
Texto extraído na integra do referido livro.
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