sábado, 15 de fevereiro de 2020

Lição 7 - A Queda do Ser Humano - Prof. Pr. Themmy Lima



Lição 7

16 de Fevereiro de 2020

A Queda do
Ser Humano
Texto Áureo
Verdade prática
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram”.
(Rm 5.12)
Ao pecar contra Deus, o homem perdeu o completo domínio sobre a criação e tornou-se vulnerável à morte; em Cristo, porém, temos o Reino e a vida eterna.

Comentando o texto áureo:
A primeira observação a ser feita é exegética na frase “entrou o pecado no mundo”, ainda que aponte para a universalidade do pecado sobre toda a criação (Rm 8.22-24 NAA), entenda-se como “entrou o pecado no homem”. A segunda observação é quanto à universalidade do pecado por meio da palavra “todos”, nisto calvinistas e arminianos concordam o problema esta na interpretação quanto à salvação, pois, para estes últimos “todos” pecam, mas apenas “alguns”, a saber, (os eleitos) foram escolhidos para serem salvos.
O problema com esta linha de pensamento é que empurramos Deus contra a parede e o colocamos numa saia justa que ele não merece.
Observe: Sendo ELE onisciente.
Porque não permitir a queda apenas dos que seriam condenados?
(porque não havia mais ninguém além de Adão e Eva) (At 17.26)
Ou por que não permitir a queda somente dos que iria salvar demonstrando o SEU poder?
(foi justamente o que ELE Fez) – (Rm 5.17)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 3.1-7


1-      ORA a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
2-      E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3-      Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4-      Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.

5-      Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
6-      E vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
7-      Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.


 Comentário sobre a Leitura Bíblica em classe:
Os primeiros quatro versículos do capítulo tres nos apresenta um trocadilho entre as partes iniciando pela (1) mulher, (2) Deus, (3) Serpente; este último personagem aparece de forma explicita na narrativa mostrando sua astucia sobre os seres criados. – A questão com alto grau de dificuldade é conseguir explicar o sentido da palavra “dizer” inerente a todos os personagens.
A palavra inevitavelmente remete para o diálogo, o que implica, numa ação idiomática, sobre este aspecto é necessário refletir:
Qual era o idioma falado pelas partes antes da queda?
Para uma resposta mais apurada sugiro a obra do autor LIMA – “Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia – Vol.4” em que o autor discorre exaustivamente sobre a questão; no entanto, em todas as passagens que envolvem o sentido de comunicação encontramos algumas palavras hebraicas que dão sentido ao que pretendo apresentar.
וַיֹּאמֶר
וַתֹּאמֶר
VAYOMER
VATOMER

A palavra “disse” fortalece a necessidade de um relacionamento comunicativo por meio da (fala), no entanto, a determinação do tipo de fala utilizada entre Deus e a criação é zero. Pois não temos relato histórico ou bíblico que consiga atingir este período com clarividência, outro fator não menos importante é em relação à linguagem escrita, mais um meio de comunicação; a mais antiga possível linguagem escrita passiva de ser identificada no mundo físico tem seu próprio dicionário, trata-se da língua acádia, também conhecida como acadiano este é o idioma mais antigo que se tem registros escritos.
Já o idioma “fonético” é desconhecido, o que podemos é inferir uma possibilidade mediante a informação bíblica fornecida por Jesus ao afirmar que Deus é “Espírito” (Jo 4.24), portanto, o sentido mais lógico é que seu relacionamento com as criaturas, antes de ser físico certamente foi, é, e será eternamente espiritual.

ARGUMENTOS PARA SUGERIR QUE A FALA DE DEUS SEMPRE VISA O ESPIRITUAL
·         1ª possibilidade – língua dos anjos (1 Co 13.1) anjo é espirito tudo indica que o relacionamento inicial com Deus tenha ocorrido de forma espiritual.
·         2ª possibilidade – diálogo espiritual (Jó 1.7-8) a palavra hebraica empregada no relato é o mesmo do Gênesis indicando que este diálogo foi espiritual. [וַיֹּאמֶרVAYOMER]
·         3ª possibilidade – a história mostra que o hebraico era a língua do povo judeu, mas que só apareceu após o dilúvio procedente de SEM, um dos filhos de Noé que deu origem ao que hoje conhecemos por línguas semíticas.
·         4ª possibilidade – a ordem é mais uma comunicação o texto de Gn 2.16 diz que Deus “ordenou” וַיְצַו VAYËTSAV a tradução desta palavra pode significar “mandar, ordenar; legar; encarregar, estabelecer” a meu ver Deus está mais comunicando do que ordenando. A justiça de Deus o impede de ser injusto observe que ELE estava apenas com Adão no cenário e Eva só veio aparecer em cena no v.22
·         5ª possibilidade – a restrição para comer da árvore da ciência do bem e do mal para Eva foi feita por Adão ou talvez por Deus, mas isso não se tem como afirmar porque a Bíblia se cala, pode haver uma possibilidade de ter sido Deus porque no diálogo com a Serpente (Gn 3.3), Eva diz: “disse Deus” (esta informação pode ter sido dita por ela ouvindo diretamente de Deus ou ter sido comunicada da restrição por meio de Adão), seja no diálogo entre Eva e a Serpente ou entre Deus e Eva ou ainda entre Adão e Eva só pode ter sido em forma espiritual. (Deus, satanás são incorpóreos Adão e Eva mesmo sendo corpóreos estavam num estágio de santidade)
·         6ª possibilidade – aplausos como glorificação é o sentido da passagem em que as estrelas (anjos) glorificam a Deus הֵרִיעַn “aplaudir; trombetear; tritar” esta ação mostra e demonstra uma espécie de glorificação por meio espiritual.

O segundo bloco da Leitura Bíblica em classe (v.6) recai sobre a palavra “vendo” que entendo deva ser interpretada como “uma influencia sofrida pela mulher”, neste caso o versículo poderia ser interpretado da seguinte forma: “E tendo sido influenciada [viu] a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela”.

Introdução:
            O escritor neste ponto faz um esclarecimento do que vai ser estudado na lição e apresenta três pontos que a seu ver são necessários, a saber, (1) livre-arbítrio, (2) queda e (3) rebelião.
            Antes de aprofundar em cada ponto, é necessário esclarecer que estes três tópicos sugeridos pelo autor estão atrelados necessariamente à Doutrina Antropológica:
Definição: Antropologia é a disciplina que estuda o homem, foram os gregos que deram inicio ao estudo a fim de distinguir os homens dos “deuses”, por isto, o emprego da palavra Gr. “anthrõpos”; no linguajar grego ela é muito mais ampla que no português, pois visa estudar o homem em sua parte genérica e formas de expressão.   
[1]SILVA – assevera que o Apóstolo Paulo emprega esta palavra para trazer a luz o principio da sua aplicabilidade no texto sagrado “ho esõ anthrõpos” – (Rm 7.22; 2CO 4.16) mostrando que o homem é formado de duas partes sendo uma física, a saber, o corpo e a outra espiritual ou incorpórea formada pela alma e espírito.
As junções destas duas partes que compõem o homem chamaram de TRICOTOMIA, mas existe uma corrente teológica que defende a DICOTOMIA e para tanto, afirmam que alma e espirito é a mesma coisa. Contudo, até o calvinista mais devoto quanto a seriedade das Escrituras não consegue contradize-la. RYRIE – um dos teólogos calvinistas mais respeitados no cenário mundial a qual sou apaixonado em sua The Ryrie Study Bible afirma veementemente que o homem é tricotômico veja o que diz: “[2]Todos os homens em espirito (1Co 2.11). O espírito também pode ser corrompido (2Co 7.1).Embora haja distinção entre alma e espírito, ambos são facetas da parte imaterial do homem”.
A disciplina do homem é muito vasta e não cabe no estudo o aprofundamento, mas uma expressão precisa ser registrada neste estudo que os assembleianos e arminianos aceitam e defendem a doutrina tricotômica defendida na sua Confissão de Fé das Assembleias de Deus. p. 78
             
I – O LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO
O livre-arbítrio – este artificio da composição humana é uma pedra no sapato de algumas pessoas tentarem explicá-lo torna-se para alguns um martírio, porque existe uma corrente teológica que defende sua existência outra corrente teológica defenda sua inexistência os que defendem sua existência são os “arminianos” os que defendem sua inexistência são os “calvinistas”, porém, ambos concordam plenamente que independente dos seus pontos de vistas ele existiu antes da queda.
Foi somente após a queda que passou a ser um desequilíbrio de opiniões para os pensadores da teologia; aqui apresento algumas posições que a meu ver possibilitam uma releitura de textos que são claros para o arminiano torna-se obscuro para os calvinistas.
A questão então é:
Porque a linha contrária ao arminianismo encontra dificuldade em aceitar o livre-arbítrio?
Porque no seu entendimento o estabelecimento do livre-arbítrio torna homem superior a Deus.
O que eles não entendem é que o livre-arbítrio humano é um dos maiores planos DIVINO para atestar sua soberania; uma das maiores sumidades neste assunto PICIRILLI[3] em sua magnifica obra “Livre-Arbítrio Revisitado” em que dá uma resposta teológica a Lutero, Calvino e Edwards trabalha de forma incontestável os pontos defendidos pelos arminianos e ainda apresenta falha nas intepretações pelos teólogos reformados.  
Como teólogo quero apresentar um texto que até o presente momento não foi refutado por ninguém a altura de me fazer rever as palavras do Criador.
Em Deuteronômio (Dt30) existe uma palavra que estabelece de forma incontestável o livre-arbítrio humano, a saber, a palavra “escolhe” esta palavra até mesmo na língua hebraica וּבָחַרְתָּ uvåcharëtå expressa o sentido de liberdade. (escolher, eleger, selecionar, preferir; provar)

Qualquer arminiano inteligente sabe e defende que Deus é SOBERANO sobre tudo e sobre todos, não sendo o livre-arbítrio humano que diminuirá Deus em nada e muito menos exaltará o homem a cima ou similar a Deus.
Outro detalhe é que ninguém seja arminiano, calvinista, luterano, anglicano ou qualquer outro meio de confissão de fé irá discordar que DEUS por sua composição é um ser livre, aliás, esta liberdade é identificada por meio da sua onipresença, não está limitado a qualquer tipo de restrição. (sua presença é manifesta ou não em qualquer lugar)
Portanto, o homem tem por ordenança divina a característica da liberdade em sua formação. (Gn 1.16)
Outro fator não menos importante repousa no fato de que uma análise exegética séria mostrará que Deus [4]jamais tiraria o livre-arbítrio do homem, muito menos por causa do pecado, se isto, acontecesse poderia demonstrar fragilidade de Deus ente o pecado; Deus então usa o pecado estabelecido no homem Pra demonstrar que o direito a liberdade que o homem possui mesmo sendo pecador não é capaz de interromper sua adoração. (veja Jó, veja a igreja, veja os doentes ou enfermos são pecadores, mas ainda assim adora a Deus até mesmo o ímpio que desconhece Deus não o vemos em momento de aflição pedindo ajuda a satanás isto, mostra sua liberdade de adoração mesmo não reconhecendo seu Criador.)
A alegação calvinista que o pecado sessou o livre-arbítrio humano é no mínimo falha, a bíblia e não os arminianos diz que Deus ama o pecador, mas odeia o pecado, salientando que esta frase não é encontrada na bíblia ela é fruto de reflexões teológicas baseadas no versículo de Pedro. (1Pedro 3.18)
Se o amor manifesto de Deus em Cristo é a base primária da SUA composição, SUA santidade é principal fator que o fez tirar os seres criados da sua presença no Éden.

SALTA-NOS A REFLEXÃO: Deus tira o pecador da sua presença, mas não abandona. (1Tm 2.4; Jo 3.16)
Se o pecado não fazia parte da composição humana, mas o livre-arbítrio sim; porque que depois da queda o pecado acompanhou o homem, mas o livre-arbítrio não?
É insano dizer que o livre-arbítrio deixou de existir é ele [livre-arbítrio] que faz com que o homem tenha “mais” repito “mais” uma opção de concertar o erro que cometeu no Éden.
Por meio de Jesus Cristo, Deus disponibilizou a salvação ou o pecador aceita ou rejeita continua no estado e ao ter sua sentença decretada não poderá jamais culpar Deus.

RESPONSABILIDADE: Segundo um dos mais respeitados juristas do país e da Academia Brasileira de Letras Jurídicas Doutor J.M. Othon Sidou em sua obra intitulada [5]Dicionário Jurídico em sua 4ª edição define responsabilidade como: “obrigação, por parte de alguém, de responder por alguma coisa resultante de negócio jurídico ou de ato ilícito”. – Portanto, responsabilidade humana tão questionada pelos calvinistas representa uma questão jurídica [uma vez que vamos comparecer ao tribunal de Cristo], para respondermos nesta vida por nossas escolhas [livre-arbítrio].
Deus não pode até por SUA formação nos condenar aleatoriamente, sem nos dar a opção de produzir para ELE ato suficiente para condenação, caso contrário seria ELE o autor dos nossos erros, por ser o autor do “mal” como propõem os calvinistas.  
O assunto é extenso e merece muitas indagações, porém, creio que as bases informadas são suficientes para discutir o tópico da lição, mas para um maior aprofundamento sugiro tres obras: Picirille ([6]Livre Arbítrio Revisitado e [7]Graça Fé e Livre- Arbítrio) e MCCulloh ([8]A Fé e a Liberdade do Homem).
Para pensar:
Porque João Batista ou Jesus mandou o povo se arrepender se já estavam condenados e não tinham opção de aceitar Jesus como SEU Senhor e Salvador:

  II – A QUEDA UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL
            A questão sobre a queda da humanidade representada por Adão e Eva os primeiros seres humanos do planeta, não deve ser questionada, pois, a bíblia é a possibilidade mais fidedigna que a humanidade possui sobre as ocorrências do Éden. (At 17.26)
            A questão a ser estudada é a seguinte:
            O homem pecou porque é pecador?
            Ou é pecador por que peca?
           
            Se dissermos que “O homem pecou porque é pecador” transformamos Deus no autor do mal.
            Se dissermos que “O homem é pecador por que peca” colocamos Deus como Soberano uma vez que ele não ciou o mal como propõem os calvinistas.
            A queda era um evento conhecido de Deus, quando os seres humanos foram criados o “mal” já existia por meio da pessoa de satanás, sem exaurir o assunto “mal” e aprofundarmos nas suas varias etapas possíveis centraremos nossa reflexão no mais importante.
            A provisão de Deus para restauração do homem que viria cair, Jesus foi morto antes de o mundo terrestre existir ELE já existia antes de tudo.  (Ap 13.8; 1 Pe 1.20; Pv 8.22-23)
            O mal causado pela queda era/é uma realidade para Deus, mas também era/é uma restauração por meio de Cristo. (1Tm 2.5) – Jesus precisou nascer e ser HOMEM porque para ser Redentor é necessário se homem, tanto que hoje na eternidade ELE está com as marcas da Salvação em SEU corpo.

A QUEDA NÃO SEPAROU O HOMEM EM DEFINITIVO DE DEUS
            É necessário corrigir um erro que muitos cometem, simplesmente por analisarem mal a Bíblia, é costumeiro ouvir dizer que em decorrência da queda o homem foi separado de Deus; será que é isso mesmo?
            Ao lermos o texto de Romanos a síntese teológica de o NT, veremos que o Apóstolo dos gentios procurou deixar bem claro que não.
            Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. [ou, faltam ou esperam de o elogio que é de valor perante Deus]. (Rm 3.23)
Uma análise rápida:
Quem pecou? R- “todos”, aqui estão às universalidades do pecado.
O que aconteceu? R- Todos foram “destituídos”, ou seja, separados.
Separados do que? R- da “glória”, ou seja, da santidade plena que formula o SER de Deus.
De quem é a glória? R- De Deus.

Porque o homem não está separado de Deus?
Porque na sua formação ou composição está inserido o sopro de DEUS (Gn 2.7), que tratamos como “o sopro da vida” sobre este aspecto veja o Shemá Israel (Dt 6.4) [uma visão judaica a respeito da vida muito interessante], portanto, por pior que sejamos, temos em nós partículas do DIVINO o que nos faz não estar separados de Deus.
A separação eterna ou segunda morte descrita em Apocalipse (20.6) é justamente a completa extração das partículas do SER de Deus que está em nós, por este, motivo que a Bíblia diz que o espírito e não Espírito volta para Deus. (Ec 12.7)
Para “os perdidos” agora “separados” eternamente DELE não haverá mais a menor possibilidade de retorno (Is 55.6), as pessoas que ali estarem estarão conscientes dos seus atos e do local onde estão sem poder recorrer ou culpar alguém, principalmente Deus uma vez que a maledicência não anda ladeada com Deus. (Is 59.2)
A [9]Confissão de Fé da Assembleia de Deus na p.100 diz que o homem está separado de Deus, sinto, mas não posso concordar com isto, pois, após a exegese apresentada; além do mais a utilização do vocábulo “morte” como sentido de “separação” aplicado pelos formadores da confissão carece de ser aprofundada, porque “santo” e “fariseu” também significam separado.

 III – AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO
            O tópico tres finaliza trazendo algumas posições aparentemente contraditórias, mas uma análise cuidadosa mostrará que o autor foi feliz nas suas colocações.
            Faço agora meus comentários finais a respeito do que entendo ser uma contribuição para os estudos de domingo 16.
            O ponto mais contraditório é o de número (5) sobre a [10]imortalidade, sobre esta questão aparece a “morte”, consequentemente a pergunta.
            O homem em seu estado físico (corpo) foi projetado para a morte?
            A resposta é não.
            Mas, o corpo pode morrer?
            Sim. Segundo a Bíblia sim, pode (Mt 10.28) – onde a palavra “perecer” dentre as suas varias significâncias no texto grego pode também abarcar “morte”.
            O homem não foi projetado para passar pela morte ainda que Deus em sua onisciência soubesse que o homem iria desobedecer e cair, portanto, passaria a estar suscetível a morte nos dois estágios possíveis da composição humana física e espiritual.
            Para desfazer este salário sobre o pecado (Rm 6.23), a Trindade proveu a morte de Cristo antes da formação do homem [corpo, alma e espírito], (Ap 13.8) este projeto visava o restabelecimento por completo daquele que viria ser a coroa da criação.
           
DISTINÇÃO ENTRE ETERNO E PERPÉTUO – É necessário distinguir o que é eterno do que seja perpétuo, de forma simples, mas objetiva tentarei demonstrar as diferenças:
eterno” – é tudo o que não tem princípio e nem fim ao passo que “perpétuo” – é tudo aquilo que tem inicio, mas não tem fim, este detalhe diferencia o homem de Deus.
            Segundo as escrituras nos informa de maneira clara o homem “não possuía” uma alma, mas que ele “era uma alma”. (Gn 2.7) – esta expressão é importante porque na teologia a “metonímia” que se refere à parte pelo todo, esclarece que “alma vivente” no texto do Gênesis abarca “toda” a composição humana. [corpo, alma e espírito] veja: (1Pe 3.20)  

A HERESIA – [11]George Storrs, ex-metodista após inúmeros estudos chegou à conclusão que uma pessoa não possui imortalidade inerente, mas a recebe somente como um dom por meio de Cristo. Este homem foi amigo de Charles T. Russel (fundador das Testemunhas de Jeová), esta linha de pensamento defendida por ele trouxe dados irreparáveis para os irmãos do século 19.
Por isto, o cuidado que devemos ter são inúmeros contra as pessoas que defendem a mortalidade do corpo. (aniquilacionismo)



[1] Severino Pedro da Silva – O Homem a natureza humana explicada pela Bíblia Corpo, Alma e Espírito. p.13
[2] Bíblia Anotada – p.1637 – MUNDO CRISTÃO 1994. 
[3] Robert E. Picirilli – Ed. Palavra Fiel – p.32-35.
[4] PICIRILLI – vai dizer que “a liberdade faz parte da constituição da humanidade”. p. 35 (Livre-arbítrio Revisitado)
[5] Academia Brasileira de Letras Jurídicas Doutor J.M. Othon Sidou em sua obra intitulada Dicionário Jurídico em sua 4ª edição
[6] Editora Palavra Fiel.
[7] Editora Reflexão.
[8] Editora Reflexão.
[9] Confissão de Fé AD – p. 100
[10] A palavra imortalidade não aparece uma só vez no texto hebraico, no NT ela aparece em 1Co 15.53-54.
O vocábulo grego para imortalidade é athanasia, “imortalidade”. Ele é formado pela partícula negativa “a” e significa “não”, mais o vocábulo “thanatos”, de “thnesko”, “morrer, estar morto”, que segundo STRONG, é “um adjetivo usado como substantivo”, com o significado de morte.
Para maiores esclarecimentos sobre a questão sugiro a obra Perguntas Difíceis de Responder sobre a imortalidade da alma. Elias Soares de Morais – Beit Shalon 2016.
[11] Extraído do livro Os Sete Mitos do Adventismo. p.241

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