sexta-feira, 10 de abril de 2020


A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo
Professor pastor Themmy Lima








Lição 2
12 Abril de 2020

A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo

Texto Áureo
Verdade Prática
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.
(Ef 1.3)
Deus nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo para que desfrutássemos das benções espirituais.

AS BÊNÇÃOS DE DEUS EM JESUS CRISTO,
AUTOR DA NOSSA REDENÇÃO E CABEÇA DA IGREJA.

Leitura bíblica em classe (Efésios 1.3,4; 9-14)

3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,
4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor,
9 descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, 
10 de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
11 nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade, 
12 com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que primeiro esperamos em Cristo;
13 em quem também vós estais depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa
14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória.
                   Importante informação ao aluno

Antes de darmos inicio ao estudo apresento para o leitor que este trabalho surge do pedido de um amigo para que cooperássemos na ajuda a apresentação da aula do próximo dia 12 de Abril, por isto, não comentaremos diretamente e exaustivamente a revista, mas a LEITURA BÍBLICA EM CLASSE que já é a base para destrinchá-la os três tópicos abordados na lição poderão ser encontrados aqui nesta breve exegese.
Não foram apresentados os materiais linguísticos utilizados na pesquisa, pois, não teríamos tempo de abordar todas as implicações contidas no estudo, mas apresento de forma embutida todas das pesquisas feitas nos materiais.

Professor pastor Themmy Lima

Exegese do versículo 3:

O v3. – inicia com o destaque daquele que literalmente ama a Deus; a expressão “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” o apóstolo destaca que a “adoração” é direcionada a Deus, mas como muitos “deuses” prevalecem em Éfeso ele destaca este Deus como PAI.
Os deuses não tem como principio o afeto, o amor e a misericórdia de pai, mas eram tiranos, maléficos e cobradores de adorações, por isto, que em sequencia ele [Paulo], incorpora a qualificação diferenciadora de um PAI amoro o apóstolo usa a expressão:
nosso” – para entender esta expressão em seu melhor sentido é necessário nos remetermos à cultura da época; naquele tempo a expressão “senhor” poderia referir-se tanto ao senhorio do imperador como o senhorio do dono de um escravo.  Foi por este motivo que Jesus certa ocasião troca o sentido da palavra servo para a palavra amigo e explica o porquê da alteração. (Jo 15.15)
Posto este esclarecimento o apóstolo coloca-se e ao mesmo tempo nos [os salvos], coloca como membros da família divina, ou seja, os que reconhecem Jesus como seu Senhor tornam-se participantes da família de Deus por meio de JESUS CRISTO. (Mt 12.46-50 – Mc 3.31-35 – Lc 8.19-21)

INFORMAÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA
Em outras palavras Paulo está glorificando a Deus por permitir-lhe fazer parte da família celestial algo inimaginável para os efésios, a saber, ter uma família nos céus.
Este não era o principio dos deuses, pelo contrário eles [os deuses], queriam habitar na terra com os humanos, mas jamais condicionar os humanos a tornarem-se deuses ganhando o direito de habitar com eles.
Bendito” – esta palavra possui vários significados na bíblia sagrada, mas neste versículo sua intensão é “adoração”, pois, a terminologia grega define como sendo alguém que esteja elogiando outra pessoa. Portanto, dizendo bem.
O que o apóstolo está dizendo é: (estou bem dizendo Deus que é Pai do nosso Senhor Jesus Cristo).
Ainda no v3. – a expressão “nos abençoou” comprova a intensão do apóstolo ao se colocar como membro da família divina.
todas as bênçãos espirituais” – é necessário entender que qualquer tipo de benção só pode emanar de Deus, portanto, não existe benção material, todas as bênçãos são de origem espiritual que se manifestam ou em âmbito material ou espiritual, mas sua origem sempre é espiritual.
Outro detalhe é que as bênçãos não são parciais elas são totais. (todas)
Para entender melhor a expressão dos lugares celestiais podemos usar uma metáfora.
Imagine um cenário de batalha onde um grupo de soldados está dentro de um tanque de guerra atravessando o campo de batalha o tanque é brindado e indestrutível. Os membros no interior do tanque sabem que não serão atingidos, no entanto, o inimigo que está do lado de fora faz de tudo para assustar os que estão dentro, com o objetivo de que saiam sejam atingidos e morram.
lugares celestiais em Cristo” – As bênçãos só podem ser espirituais porque emanam de Cristo que está nos lugares celestiais à expressão “em” deve ser entendido como “com, contido, dentro”, ou seja, as bênçãos estão em Cristo.  (Mt 21.22 – Mc 11.24 – Jo 14.13)

Achei oportuno o questionamento feito sobre Efésios 1,3 com 6.12 – eis ai meu ponto de vista.
·         Ef 1.3 – Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares espirituais em Cristo.
·         Ef 6.12 – porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra o príncipe [governantes] das trevas deste século [mundo], contra as hostes espirituais da maldade [ou as maldades espirituais], nos lugares celestiais.

POSICIONAMENTO TEOLÓGICO
O ponto de vista sobre os versículos de Efésios pode ser entendido pelo seguinte aspecto; enquanto (1.3) apresenta o que a teologia retrata por doxologias [obras feitas por Deus] entenda-se as bênçãos contidas “em” [dentro], de Cristo, aqui cabe uma informação “o texto grego, os vs 3-14 formam um longo período. Algumas traduções, entendendo que esses versículos faziam parte de um hino ou de uma liturgia cristã, colocam essa parte do texto num formato poético (por exemplo TEB, NBJ, CNBB)”.
Ao passo que (6.12) apresenta a luta existente do lado de [1]fora para quem não está “em” Cristo, contudo, vale observar que até mesmo o cristão mais fiel e devoto também sofre ataques, porém, com uma diferença não desfalece porque está contido [dentro] de Cristo. (a armadura de Deus)
Os lugares celestiais são os mesmos para (1.3 e 6.12) Cf. (1Co 15.40) a terminologia grega é mais ampla, pois, difere em Cristo, uma vez que os principados, as potestades, o príncipe das trevas deste século, as hostes espirituais da maldade não são onipresentes, portanto, atuam aleatoriamente atacando a léu em lugares ou regiões especificas p. ex. cracolândia, bordéis, prostíbulos, etc. 
Exegese do versículo 4:
A eleição é uma disciplina bíblica necessária ao conhecimento de todo cristão existe três verdades sobre ela:
·         1 – aqueles que procuram entendê-la
·         2 – aqueles que a desprezam
·         3 – aqueles que a deturpam
Para nós interessa apenas o item (1), procurarei apresentar o sentido bíblico da eleição.
A primeira verdade é que ela só pode ter inicio em Deus.
A segunda verdade é que não existe possibilidade de alguém inferior eleger alguém superior.
A terceira verdade é que ela exerce sentido especial sobre o eleito, pois, visa um projeto de Deus.
A quarta verdade é que a eleição qualifica.   

INFORMAÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA
Novamente recorremos à cultura da época para nosso entendimento, o apóstolo Paulo estava familiarizado com toda cultura romana e por este motivo aqui ele aplica o sentido da eleição; o Império Romano estava ligado a um conselho. Os césares romanos eram eleitos por um conselho de sanadores. Ninguém se auto- proclamava César; antes, todos os césares eram escolhidos por meio daquele conselho. Seus membros possuíam a prerrogativa de escolher, legislar e, até mesmo conferir a César a autoridade de um ditador, por tempo limitado em períodos de guerra.

nos elegeu” – também sign., escolher restamos descobrirmos quando esta escolha aconteceu.
O v4. Informa “antes da fundação do mundo”, ou seja, antes que o mundo físico que vemos existisse Deus nos escolheu. (1Pe 1.20 cf. Ap 13.8)
o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós. (1 Pe 1.20)
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Ap 13.8)
Existe aqui uma aparente contradição entre os textos uma vez que Pedro diz ser “antes da fundação do mundo” e João “desde a fundação do mundo”, mas na verdade expressam a mesma coisa, pois quer seja antes ou desde = durante, a fundação do mundo o importante é a eleição.
Sobre este assunto sugiro a obra Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia vol.3 p.68
A eleição visa quatro ações inseparáveis:

[2]TRÊS VISÕES – SOBRE O ASSUNTO
VISÃO DE DARBY – a expressão “desde a fundação do mundo” pode estar ligada ao verbo, “escritos”, e o significado seria “escritos desde a fundação do mundo”, ou seja, escrito desde a fundação do mundo no livro do Cordeiro que foi morto.

VISÃO DE ALFORD – a expressão “desde a fundação do mundo” pode estar baseada na gramática ele diz que a ligação é óbvia e natural, e se não fosse pela suporta dificuldade no significado, ninguém jamais teria pensado em voltar até gegraptai (escritos) buscando uma ligação.
A “suposta dificuldade” à qual H. V. Alford se refere é entender como o Cordeiro poderia ser morto “desde” (apo) a fundação do mundo.
VISÃO DO AUTOR – a expressão “desde a fundação do mundo” na visão do senhor Themmy Lima deve antes de tudo estar voltada ao entendimento de quatro palavras.
Apo (Gr) – “afastar” ou “desde”
Mundo (Gr) – “kosmos”
Morte (Gr) – “thanatos” ou
Morto (Gr) – “nekros”
Assim, apresentado a palavra “desde” é mais bem aplicada porque está voltada ao “kosmos” (mundo) a palavra, “morto” é essencialmente apropriada para a “separação” de Cristo como o Cordeiro que carrega o pecado do homem. (Jo 1.29)
Ou seja, desde a criação do mundo em (Gn 1.1-2), que é o ponto de partida para qualquer sentido da aplicação do Cristo, torna-se fácil entender SUA morte (separação), que não pode nem deve ser entendida como um ato de pecado como é estabelecida em Gênesis através do sangue de Abel, mas é datada “desde” então.
É neste sentido que Pedro faz referência de Cristo “antes” da fundação do mundo. (1Pe 1.19-20).
ADVERTÊNCIA
Não se deve tomar a interpretação de (AP 13.8), através de uma visão [3]supralapsariana da história divina, entendendo que Deus tenha decretado a queda do homem porque já havia predestinado SEU FILHO para morrer na cruz.

Na verdade é que a presciência de Deus a cerca da queda agiu em favor do homem
e não o predestinou para a queda.
(Themmy Lima)

Como o sentido da palavra morte é em muitas passagens bíblicas voltadas a “separação”, nesta não é diferente em que o Cordeiro foi separado [eleito], por Deus o PAI no momento da criação do universo para que no tempo oportuno o homem, viesse ser restaurado.
Por isto, tanto a expressão “desde” quanto a expressão “antes”, apontam para a mesma pessoa e sentido.
JESUS.
O Cordeiro de Deus que carrega o pecado do homem. Portanto, a eleição proposta pelo Apóstolo em Efésios aponta para a separação da raça humana “em” Cristo e não para um grupo de pessoas.
[4]A eleição é cristocêntrica porque “porque a eleição do homem é compreendida somente em Cristo; fora Cristo não existe eleição”.

QUAL A INTENÇÃO DO PAI AO ELEGER?
O texto responde: “que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele” – santos = separados, que não houvesse repreensão diante dele [o PAI], mas uma coisa é o PAI querer outra coisa é a criatura obedecer.
A quem diga que Deus ordenou a queda e se isso fosse verdade este versículo não faria o menor sentido, assim como o v.11 que diz “fomos” dando a entender ser a igreja.
Uma importante palavra destaca-se na oração “fôssemos” está no futuro apontando para escolha humana em obedecer ou desobedecer e não justamente isto, que fizeram nossos irmãos na fé Adão e Eva.
A palavra “em amor” – aponta para o processo desta eleição (escolha), observemos o que disse o Apóstolo João no Novo Testamento ao afirmar categoricamente “Deus é amor”. (um dos atributos de Deus)
Atributo é a composição do SER de Deus, logo foi sua manifestação eleitora que proporcionou todo o processo de escolha.
Ele escreve: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. (1 Jo 4.8)
Ainda diz: Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. (1 Jo 4.9-10).

Esse é um ensino tão fundamental que mais a frente em seu texto João uma vez mais enfatiza que Deus é amor e explica a aplicação prática dessa verdade em nossas vidas.
Ele diz: “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele”. (1 Jo 4.16)
  Exegese do versículo 9:
Duas expressões merecem destaque no v9. “o mistério da sua vontade” e “o seu beneplácito” ou propósito (eudokian) sign., “plano generoso”, o calvinismo trata por “determinação”.
A expressão mistério refere-se aos acontecimentos ocorridos “antes” da fundação do mundo a qual se tornou realidade por meio da sua vontade aqui expressa por meio do seu beneplácito ou propósito que é nossa salvação. Olha o que Paulo diz: “Porque isto [a salvação] é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus e um só mediador [Remidor ou Resgatador], entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”. (1Tm 2.3-5)

O QUE É VONTADE?
Vontade pode ser definida como a faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar seus atos. Como uma força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo, a atingir seus fins ou desejos, tais como ânimo, determinação, firmeza.
Toda escolha e propósito de Deus na salvação foi um ato livre DELE em prol da humanidade com fins de glorifica-lo, não tendo o homem nenhuma participação nisto.
Há uma mentira difundida pelos calvinistas de que o arminiano decide suas vontades aquém de Deus, o que não é verdade o arminiano crê que Deus em sua infinita liberdade nos condicionou a sermos seres livres e pensantes o que nos torna responsáveis pelos nossas escolhas o que transforma ainda mais Deus em um ser soberano e nula em nossas condenações.
Biblicamente a vontade pode ser definida em três sentidos específicos:
·         Ez 18.23 – Deus não tem prazer na morte de nenhum ímpio.
·         Rm 8.27 – Deus examina corações e intercede pelos santos. (igreja)
·    Rm 12.2 – Deus nos aconselha, e espera que descubramos sua boa, agradável e perfeita vontade.

Em meu livro “A dependência do Apocalipse na Criação” trago uma frase que acredito caber neste estudo.

Deus não nos levará para o céu nem nos mandará para o inferno.
Deus apenas nos colocará no local que nós em vida escolhermos passar a eternidade.
(Themmy Lima)
  Exegese do versículo 10:

tornar a congregar” – tornar é voltar retroceder e congregar é ajuntar, reunir, ou seja, o Paulo está dizendo é “voltar a reunir” todas não algumas, mas todas as coisas em Cristo, aliás, tem muito sentido porque “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. “porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele”. (Jo 1.3; Cl 1.16)

dispensação da plenitude dos tempos” – há quem não acredite nas [5]dispensações dizendo que são inexistentes, mas este versículo comprova biblicamente que ela existe e é bíblica.
Não obstante (3.9) diz: “e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou”.
Observe que em (1.10) “dispensação da plenitude dos tempos”, mas em (3.9) é “dispensação do mistério” na primeira é regida pelos tempos no segundo ela é regida pelo mistério.
Sobre a palavra “tempos” destacamos duas ações o tempo Kairós e o tempo Kronus.
O tempo Kronus é o tempo cronológico em que ocorrem os eventos humanos perceptíveis.
O tempo Kairós é o tempo de Deus que é a ausência do tempo = eternidade onde ocorrem os eventos espirituais.  Estes dois tempos são os responsáveis pelos eventos que ocorrem “nos céus como as que estão na terra”.
 Exegese do versículo 11:

O v.11. – começa com a palavra NELE que sign., [Em Jesus] afirmamos isto pela sequencia do versículo que diz “daquele” apontando para o Deus PAI. Novamente encontramos a palavra propósito ocorrida no v9 (beneplácito) indica o propósito para qual aparece = “fomos feitos herança”. Veja (Rm 8.17) – “E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”.
Nos mínimos detalhes repousa informações fantásticas observe que a frase não diz “com”, mas “de” Deus e coerdeiros “de” Cristo o propósito é nossa glorificação veja o capítulo 17 de São João conhecido como o CAPÍTULO DA GLORIFICAÇÃO e veja os pedidos de Jesus ao PAI.
Preste atenção como tem inicio o v12. “com o fim de sermos para louvor da sua glória”.
Esta história de fazer-nos herdeiros está intimamente ligada à história da Redenção conforme propõe Isaías (53.11-12)
Exegese do versículo 12:

O v.12 – inicia “com o fim de sermos para louvor da sua glória” – com o fim quer dizer “com o propósito de”. – “sermos louvor” implica em glorificarmos ao PAI, prestar-lhe culto e louvor. Nossa existência está atrelada ao fato de sermos criados para louvar a Deus quer em âmbito terreno quer em âmbito espiritual nossa existência é para glorificar quando deixamos esta realidade de lado estamos mortos. (Ef 2.1)

[6]PORTE JR. – Com maestria discorre em seu livro algo interessante que quero reproduzir na integra: “O apóstolo refere-se a uma segunda criação. A primeira, obviamente, é quando Deus nos fez do pó da terra e está ligada aos nossos primeiros pais – Adão e Eva. Já a segunda criação diz respeito à nossa conversão a Cristo”. Paulo escreveu aos coríntios (2Co 5.17) que, se alguém está em Cristo, é nova criação. Todo aquele que nega a si mesmo e torna-se um fiel seguidor de Jesus de Nazaré, Deus faz dele uma nova criatura. Essa é recriada. Nas palavras de Cristo, ela nasce de novo (Jo 3.3).

Carecemos desta Redenção para sermos alterados na matéria e na alma para uma nova criatura; porque desde o inicio da humanidade representada pela figura de Adão e Eva ao pecarem a humanidade passou a ser rebelde a Deus. Amamos o que Deus odeia, e odiamos o que Deus ama.
O apóstolo encerra o v.12 com o provável pensamento dos judeus da sua época a espera do Messias; ele expressa isto, pelo registro deixado “nós, os que primeiro esperamos em Cristo”.
 Exegese do versículo 13:
O v13. Tem inicio com a expressão “vós” eu tenho acompanhado alguns erros sobre isto, mas aqui sign., [os efésios] – ouviram “a palavra da verdade” – apologética é esta disciplina teológica que defende a fé cristã contra as heresias.
o evangelho da vossa salvação” – o evangelho é “boas novas ou boas noticias”; neste versículo surge a pergunta; qual é a melhor noticia que alguém pode receber?
Certamente é a noticia da sua salvação.
·         Primeiro porque a pessoa não sabe que está em perigo até ser salva.
·         Segundo porque Cristo proporcionou algo que a pessoa não merecia.
tendo nele também crido” – novamente a expressão “nele” aponta para Cristo o Messias Salvador este ato de fé assegura o portador das boas novas um à aquisição de um “selo” uma espécie de presente por haver crido no Filho de Deus, a saber, em Jesus Cristo.
Este selo é “o Espírito Santo da promessa”.
Que promessa é essa?
Ela [a promessa] começa no AT com o profeta Joel com a Promessa da efusão do Espírito.
E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito”. (Jl 2.28-29)
Por duas vezes seguidas Deus assegura o derramamento do Espírito o detalhe é que ELE não diz derramarei “do”, mas derramarei “o” este artigo é importante porque garante o próprio Deus derramar-se sobre o povo.
O cumprimento desta promessa ocorre em Atos dos Apóstolos.

INFORMAÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA
Importante registrar que alguns interpretes judeus do passado entendia que esta passagem se refere à era messiânica. A Igreja Primitiva seguia essa mesma linha de pensamento, pois Pedro citou esta passagem no dia de Pentecostes. (At 2.17-21)
Os Reformadores do século XVI tinham visão completamente distorcida dos pentecostais, estavam mais as voltas com as guerrilhas contra os arminianos do que entender o processo do Batismo no Espírito Santo.
Para Calvino p.ex., [7]não destaca o papel do Espírito em capacitar aquele que proclama a mensagem; o que é um grande erro, pois para os pentecostais [8]o Espírito veio sobre os discípulos no dia de Pentecostes (At 2), não como fonte de existência da nova aliança, mas como fonte de poder para o testemunho eficaz. 

“derramarei o meu Espírito” – esta promessa feita em Joel (2.28-29) é, sobretudo um evento escatológico que muitas vezes é negligenciado pelos estudantes bíblicos, para os pentecostais como bem afirma MENZIES[9] – “é o cumprimento do desejo de Moisés de que “todo o povo do Senhor fosse profeta” (Nm 11.29; cf. Jl 2.17-18) e representa a preparação da igreja para sua missão devidamente designada”.
Em seu livro “UNIDOS PELA CRUZ” do irmão Wilson Porte Junior – p. 64 trata este assunto de maneira equivocada; na intensão de apresentar a visão arminiana a este respeito apresentarei suas colocações e posteriormente o meu ponto de vista sobre o Batismo (no) Espírito Santo.

Posição do irmão Wilson Porte Junior
[10]Sem dúvida, Paulo, nesse ponto, trata daquilo que em outras partes da Bíblia é chamado de batismo com o Espírito Santo. Quando é que somos batizados pelo Espírito Sato? Aqui, Paulo afirma de forma clara que isso acontece n exato momento em que ouvimos o evangelho e cremos nele.

Posição do irmão Themmy Lima
Considerando as colocações do autor supracitado cabe o primeiro esclarecimento a respeito do que assegura ser o “batismo” equivocadamente ele trata como “batismo com o Espírito Santo” ao passo que os pentecostais tratam este batismo como “batismo no Espírito Santo”; esta diferenciação de artigos é importante por que distingue uma ação feita por meio de... para uma ação proporcionada por ação direta de...
Em outras palavras para os reformados o batismo no Espírito Santo é uma capacitação que ocorre no ato da conversão ao passo que para os pentecostais é o próprio Espírito Santo quem capacita à regeneração. 
Se o ponto de vista do autor reformado estiver correto, temos um problema sério; pois, nenhum calvinista pode cair da fé, e se, por “acaso” isto vier ocorrer apenas mostrará que seu ponto de vista está errado.
Deus não erra, por conseguinte não selaria alguém que o abandonaria no futuro.

 Exegese do versículo 14:
O v14. – deve ser dividido em três partes para bem ser analisado:

Primeira parte: o qual é o penhor da nossa herança
Quem é o penhor?
O texto mostra ser o Espírito Santo.
Para qual finalidade?
Assegurar-nos a herança analisada no v.11

Segunda parte: para redenção da possessão de Deus
O que é redenção?
Redenção é resgate do gênero humano feito por Jesus Cristo. – vale mencionar que par ser resgatador é necessário ser humano não existe possibilidade do ESPÍRITO ou o DEUS PAI proporcionar diretamente este feito, pois, foi o FILHO quem se humanizou e morreu por todos. (1Tm 2.5)
O que significa possessão de Deus?
A possessão no sentido teológico expressa posse, domínio ou algo que se possui; Deus agora por meio do penhor do Espírito e da Redenção promovida por Jesus é nosso SENHOR ETERNO não nos perdendo jamais para satanás.

Terceira parte: para louvor da sua glória.
O que está expressão que dizer?
A nova vida em Cristo aponta para um louvor eterno a Deus, isso lhe reproduz glórias.


Bibliografia
Bíblia de Estudo King James - Jaime (ou Tiago) conhecida como King James – ABBA PRESS 2012 – p.1783, 1792
Bíblia de Estudo NAA – AMADOR, Rúbio & diversos colaboradores – SBB 2017 – p. diversas.
Bíblia de Estudo Pentecostal – STAMPS, Donald C. & diversos colaboradores – CPAD 1995 – p. diversas.
Bíblia Peshitta – Diversos Colaboradores – BV BOOKS 2019 – diversas p.
Eleição Condicional – TITILLO, Thiago – REFLEXÃO 2015 – diversas p.
Entendendo o Dispensacionalismo – ICE, Thomas – Actual Edições 2004 – p.32
Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia (Vol. 3) – LIMA, Themmy – MUNDO TEOLÓGICO – p. 73.
Novo Testamento Interlinear Analítico (Texto Majoritário com aparato crítico) Grego-Português – OLIVETTI, Odair & GOMES, Paulo Sérgio – CEP 1ª edição 2008 – p. 723,736
Novo Testamento Interlinear Grego Português – CHOLZ, Vilson – SBB 2004 – p. 711,726.
Pentecostes essa história é a nossa história – MENZIES, Robert P. – CPAD 2016 – p.38.
Unidos pela Cruz – PORTE JR., Wilson – VIDANOVA 2017 – p.64.
Variantes Textuais do NT – OMANSON, Roger L. – SBB 2010 – p. 394



[1] Sobre esse ponto de vista é apropriado esclarecer que equivocadamente algumas traduções substituíram a palavra “regiões” por “lugares” isso foi até certo ponto um erro, porque a palavra “regiões” encaixa-se melhor em (6.12) ao passo que “lugares” encaixam-se melhor em (1.3).
Isto, porque (1.3) propõe doxologia a Deus ao passo que (6.12) apresenta o contrário uma guerra entre o bem e o mal. King James acertadamente corrige este erro.
[2] Este tópico foi extraído do livro Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia Vol3 – p. 73
[3] SUPRALAPSARIANISMO é a visão que alguns calvinistas têm em sua teologia de que Deus, mesmo antes de haver criado o homem já o enxergava caído, motivo que o fez escolher uns para vida eterna e outros para condenação eterna tomando como base (Rm 9.922)
Com isso em mente os seguidores desta doutrina entende que os escolhidos para a condenação são os reprovados por Deus. (não eleitos)
O problema em aceitar esta doutrina é que o meio pelos quais o homem viria a cair emana em sentido objetivo de Deus como sendo o agente Criador de todas as coisas colocando-o como o autor do mal e pior sugere que o decreto de eleição de logicamente precede Seu decreto de permitir a queda de Adão, portanto, a condenação é, antes de tudo, um ato da SUA soberania.
[4] Eleição Condicional – REFLEXÃO 2015 – p. 25
[5] Doutor RYRIE emérito professor jubilado do Seminário de Dallas FW é um notável porta-voz do dispensacionalismo ele o define como: “um estágio na revelação progressiva, expressamente adaptada às necessidades de uma determinada nação ou de um período de tempo... também, a era ou período durante o qual um sistema predominou”.  – Entendendo o Dispensacionalismo Thomas Ice – Actual Edições p. 32
[6] Unidos pela Cruz – VIDA NOVA 2017 p.59
[7] Pentecostes essa história é a nossa história – MENZIES p.39
[8] Pentecostes essa história é a nossa história – MENZIES p.38
[9] Pentecostes essa história é a nossa história – MENZIES p.33
[10] Unidos pela Cruz – VIDA NOVA 2017 p.64

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