A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo
Professor pastor Themmy Lima
Lição 2
12 Abril de 2020
A Sublimidade das
Bênçãos Espirituais em Cristo
Texto Áureo
|
Verdade Prática
|
Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas
as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.
(Ef
1.3)
|
Deus
nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo para que desfrutássemos das
benções espirituais.
|
AS BÊNÇÃOS DE DEUS EM JESUS CRISTO,
AUTOR DA NOSSA REDENÇÃO E CABEÇA DA IGREJA.
Leitura bíblica em classe (Efésios 1.3,4;
9-14)
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais
nos lugares celestiais em Cristo,
4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor,
9 descobrindo-nos o mistério da sua vontade,
segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
10 de tornar a congregar em Cristo
todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos,
tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
11 nele, digo, em quem também fomos feitos
herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz
todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade,
12 com o fim de sermos para louvor da sua glória,
nós, os que primeiro esperamos em Cristo;
13 em quem também vós estais depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo
nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;
14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção
da possessão de Deus, para louvor da sua glória.
Antes de darmos inicio ao estudo apresento para o leitor
que este trabalho surge do pedido de um amigo para que cooperássemos na ajuda a
apresentação da aula do próximo dia 12 de Abril, por isto, não comentaremos
diretamente e exaustivamente a revista, mas a LEITURA BÍBLICA EM CLASSE que já
é a base para destrinchá-la os três tópicos abordados na lição poderão ser
encontrados aqui nesta breve exegese.
Não foram apresentados os materiais linguísticos
utilizados na pesquisa, pois, não teríamos tempo de abordar todas as
implicações contidas no estudo, mas apresento de forma embutida todas das pesquisas
feitas nos materiais.
Professor pastor Themmy Lima
Exegese do versículo 3:
O v3. – inicia com o destaque daquele que literalmente
ama a Deus; a expressão “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo” o apóstolo destaca que a “adoração”
é direcionada a Deus, mas como muitos “deuses”
prevalecem em Éfeso ele destaca este Deus como PAI.
Os deuses não tem como principio o afeto, o amor e a
misericórdia de pai, mas eram tiranos, maléficos e cobradores de adorações, por
isto, que em sequencia ele [Paulo], incorpora a qualificação diferenciadora de
um PAI amoro o apóstolo usa a expressão:
“nosso” – para entender esta
expressão em seu melhor sentido é necessário nos remetermos à cultura da época;
naquele tempo a expressão “senhor”
poderia referir-se tanto ao senhorio do imperador como o senhorio do dono de um
escravo. Foi por este motivo que Jesus
certa ocasião troca o sentido da palavra servo
para a palavra amigo e explica o
porquê da alteração. (Jo 15.15)
Posto este esclarecimento o apóstolo coloca-se e ao mesmo
tempo nos [os salvos], coloca como membros da família divina, ou seja, os que
reconhecem Jesus como seu Senhor tornam-se participantes da família de Deus por
meio de JESUS CRISTO. (Mt 12.46-50 – Mc 3.31-35 – Lc 8.19-21)
INFORMAÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA
Em outras palavras Paulo está glorificando a Deus por permitir-lhe
fazer parte da família celestial algo inimaginável para os efésios, a saber,
ter uma família nos céus.
Este não era o principio dos deuses, pelo contrário eles
[os deuses], queriam habitar na terra com os humanos, mas jamais condicionar os
humanos a tornarem-se deuses ganhando o direito de habitar com eles.
“Bendito” – esta palavra possui
vários significados na bíblia sagrada, mas neste versículo sua intensão é “adoração”,
pois, a terminologia grega define como sendo alguém que esteja elogiando outra
pessoa. Portanto, dizendo bem.
O que o apóstolo está dizendo é: (estou bem dizendo Deus
que é Pai do nosso Senhor Jesus Cristo).
Ainda no v3. – a expressão “nos abençoou” comprova a
intensão do apóstolo ao se colocar como membro da família divina.
“todas as bênçãos espirituais” – é
necessário entender que qualquer tipo de benção só pode emanar de Deus,
portanto, não existe benção material, todas as bênçãos são de origem espiritual
que se manifestam ou em âmbito material ou espiritual, mas sua origem sempre é
espiritual.
Outro detalhe é que as bênçãos não são parciais elas são
totais. (todas)
Para entender melhor a expressão dos lugares celestiais
podemos usar uma metáfora.
Imagine um cenário de batalha onde um grupo de soldados
está dentro de um tanque de guerra atravessando o campo de batalha o tanque é brindado
e indestrutível. Os membros no interior do tanque sabem que não serão
atingidos, no entanto, o inimigo que está do lado de fora faz de tudo para
assustar os que estão dentro, com o objetivo de que saiam sejam atingidos e
morram.
“lugares celestiais em Cristo” –
As bênçãos só podem ser espirituais porque emanam de Cristo que está nos
lugares celestiais à expressão “em” deve ser entendido como “com,
contido, dentro”, ou seja, as bênçãos estão em Cristo. (Mt 21.22 – Mc 11.24 – Jo 14.13)
Achei
oportuno o questionamento feito sobre Efésios 1,3 com 6.12 – eis ai meu ponto
de vista.
·
Ef 1.3 – Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares espirituais em Cristo.
·
Ef 6.12 – porque não temos que lutar
contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra o príncipe [governantes] das trevas deste século [mundo], contra as
hostes espirituais da maldade [ou as maldades espirituais], nos lugares celestiais.
POSICIONAMENTO TEOLÓGICO
O ponto de vista sobre os versículos de Efésios pode ser
entendido pelo seguinte aspecto; enquanto (1.3) apresenta o que a teologia
retrata por doxologias [obras feitas por Deus] entenda-se as bênçãos
contidas “em” [dentro], de Cristo, aqui cabe uma informação “o texto
grego, os vs 3-14 formam um longo período. Algumas traduções, entendendo que
esses versículos faziam parte de um hino ou de uma liturgia cristã, colocam
essa parte do texto num formato poético (por exemplo TEB, NBJ, CNBB)”.
Ao passo que (6.12) apresenta a luta existente do lado de [1]fora
para quem não está “em” Cristo, contudo, vale observar que até mesmo o cristão mais
fiel e devoto também sofre ataques, porém, com uma diferença não desfalece
porque está contido [dentro] de Cristo. (a armadura de Deus)
Os lugares celestiais são os mesmos para (1.3 e 6.12) Cf. (1Co 15.40) a terminologia grega é mais
ampla, pois, difere em Cristo, uma vez que os principados, as potestades, o
príncipe das trevas deste século, as hostes espirituais da maldade não são
onipresentes, portanto, atuam aleatoriamente atacando a léu em lugares ou
regiões especificas p. ex. cracolândia, bordéis, prostíbulos, etc.
Exegese do versículo 4:
A eleição é uma disciplina bíblica necessária ao conhecimento
de todo cristão existe três verdades sobre ela:
·
1 – aqueles que procuram entendê-la
·
2 – aqueles que a desprezam
·
3 – aqueles que a deturpam
Para nós interessa apenas o item (1), procurarei
apresentar o sentido bíblico da eleição.
A primeira verdade é que ela só pode ter inicio em Deus.
A segunda verdade é que não existe possibilidade de alguém
inferior eleger alguém superior.
A terceira verdade é que ela exerce sentido especial
sobre o eleito, pois, visa um projeto de Deus.
A quarta verdade é que a eleição qualifica.
INFORMAÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA
Novamente recorremos à cultura da época para nosso
entendimento, o apóstolo Paulo estava familiarizado com toda cultura romana e
por este motivo aqui ele aplica o sentido da eleição; o Império Romano estava ligado a um conselho. Os césares
romanos eram eleitos por um conselho de sanadores. Ninguém se auto- proclamava
César; antes, todos os césares eram escolhidos por meio daquele conselho. Seus
membros possuíam a prerrogativa de escolher, legislar e, até mesmo conferir a
César a autoridade de um ditador, por tempo limitado em períodos de guerra.
“nos elegeu” – também sign., escolher
restamos descobrirmos quando esta escolha aconteceu.
O v4. Informa “antes da fundação do mundo”, ou
seja, antes que o mundo físico que vemos existisse Deus nos escolheu. (1Pe 1.20
cf. Ap 13.8)
o qual, na verdade,
em outro tempo, foi conhecido, ainda antes
da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de
vós. (1 Pe 1.20)
E adoraram-na todos
os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da
vida do Cordeiro que foi morto desde a
fundação do mundo. (Ap 13.8)
Existe aqui uma aparente contradição entre os textos uma
vez que Pedro diz ser “antes da fundação do mundo” e João “desde
a fundação do mundo”, mas na verdade expressam a mesma coisa, pois quer
seja antes
ou desde = durante, a
fundação do mundo o importante é a eleição.
Sobre este assunto sugiro a obra Esclarecendo Pontos
Polêmicos da Bíblia vol.3 p.68
A eleição visa quatro ações inseparáveis:
[2]TRÊS VISÕES –
SOBRE O ASSUNTO
VISÃO DE DARBY – a expressão “desde
a fundação do mundo” pode estar ligada ao verbo, “escritos”, e o
significado seria “escritos desde a fundação do mundo”, ou seja, escrito
desde a fundação do mundo no livro do Cordeiro que foi morto.
VISÃO DE ALFORD – a expressão “desde
a fundação do mundo” pode estar baseada na gramática ele diz que a ligação
é óbvia e natural, e se não fosse pela suporta dificuldade no significado, ninguém
jamais teria pensado em voltar até gegraptai
(escritos) buscando uma ligação.
A “suposta dificuldade” à
qual H. V. Alford se refere é entender como o Cordeiro poderia ser morto “desde”
(apo) a fundação do mundo.
VISÃO DO AUTOR – a expressão “desde
a fundação do mundo” na visão do senhor Themmy Lima deve antes de tudo
estar voltada ao entendimento de quatro palavras.
• Apo (Gr) – “afastar” ou “desde”
• Mundo (Gr) – “kosmos”
• Morte (Gr) – “thanatos” ou
• Morto (Gr) – “nekros”
Assim, apresentado a palavra “desde”
é mais bem aplicada porque está voltada ao “kosmos” (mundo) a palavra, “morto”
é essencialmente apropriada para a “separação” de Cristo como o Cordeiro
que carrega o pecado do homem. (Jo 1.29)
Ou seja, desde a criação do mundo
em (Gn 1.1-2), que é o ponto de partida para qualquer sentido da aplicação do
Cristo, torna-se fácil entender SUA morte (separação), que não pode nem
deve ser entendida como um ato de pecado como é estabelecida em Gênesis através
do sangue de Abel, mas é datada “desde” então.
É neste sentido que Pedro faz
referência de Cristo “antes” da fundação do mundo. (1Pe 1.19-20).
ADVERTÊNCIA
Não se deve tomar a interpretação
de (AP 13.8), através de uma visão [3]supralapsariana da história divina,
entendendo que Deus tenha decretado a queda do homem porque já havia predestinado
SEU FILHO para morrer na cruz.
Na
verdade é que a presciência de Deus a cerca da queda agiu em favor do homem
e
não o predestinou para a queda.
(Themmy
Lima)
Como o sentido da palavra morte é em muitas passagens bíblicas
voltadas a “separação”, nesta não é diferente em que o Cordeiro foi separado [eleito], por Deus o PAI no
momento da criação do universo
para que no tempo oportuno o homem, viesse ser restaurado.
Por isto, tanto a expressão “desde” quanto a expressão “antes”, apontam para a mesma pessoa e
sentido.
JESUS.
O Cordeiro de Deus que carrega o pecado do homem.
Portanto, a eleição proposta pelo Apóstolo em Efésios aponta para a separação
da raça humana “em” Cristo e não para um grupo de pessoas.
[4]A
eleição é cristocêntrica porque “porque a eleição do homem é compreendida
somente em Cristo; fora Cristo não existe eleição”.
QUAL A INTENÇÃO DO PAI AO ELEGER?
O texto responde: “que fôssemos santos e irrepreensíveis
diante dele” – santos = separados, que não houvesse repreensão diante
dele [o PAI], mas uma coisa é o PAI querer outra coisa é a criatura obedecer.
A quem diga que Deus ordenou a queda e se isso fosse verdade
este versículo não faria o menor sentido, assim como o v.11 que diz “fomos”
dando a entender ser a igreja.
Uma importante palavra destaca-se na oração “fôssemos”
está no futuro apontando para escolha humana em obedecer ou desobedecer e não
justamente isto, que fizeram nossos irmãos na fé Adão e Eva.
A palavra “em amor” – aponta para o processo
desta eleição (escolha), observemos o que disse o Apóstolo João no Novo
Testamento ao afirmar categoricamente “Deus é amor”. (um dos atributos de Deus)
Atributo é a composição do SER de Deus, logo foi sua manifestação eleitora que proporcionou todo
o processo de escolha.
Ele escreve: “Aquele
que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. (1 Jo 4.8)
Ainda diz: Nisto se
manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito
ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós
tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para
propiciação pelos nossos pecados. (1 Jo 4.9-10).
Esse é um ensino tão fundamental que mais a frente em seu
texto João uma vez mais enfatiza que Deus é amor e explica a aplicação prática
dessa verdade em nossas vidas.
Ele diz: “E nós
conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele
que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele”. (1 Jo 4.16)
Duas expressões merecem destaque no v9. “o
mistério da sua vontade” e “o seu beneplácito” ou propósito (eudokian) sign., “plano generoso”, o calvinismo trata por “determinação”.
A expressão mistério refere-se aos
acontecimentos ocorridos “antes” da
fundação do mundo a qual se tornou realidade por meio da sua vontade
aqui expressa por meio do seu beneplácito ou propósito que é nossa
salvação. Olha o que Paulo diz: “Porque
isto [a salvação] é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer
que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um
só Deus e um só mediador [Remidor ou Resgatador], entre Deus e os homens, Jesus
Cristo, homem”. (1Tm 2.3-5)
O QUE É VONTADE?
Vontade pode ser definida como a faculdade que tem o ser
humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar
seus atos. Como uma força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo,
a atingir seus fins ou desejos, tais como ânimo, determinação, firmeza.
Toda escolha e propósito de Deus na salvação foi um ato
livre DELE em prol da humanidade com fins de glorifica-lo, não tendo o homem
nenhuma participação nisto.
Há uma mentira difundida pelos calvinistas de que o arminiano
decide suas vontades aquém de Deus, o que não é verdade o arminiano crê que
Deus em sua infinita liberdade nos condicionou a sermos seres livres e
pensantes o que nos torna responsáveis pelos nossas escolhas o que transforma
ainda mais Deus em um ser soberano e nula em nossas condenações.
Biblicamente a vontade pode ser definida em três sentidos
específicos:
·
Ez 18.23 – Deus não tem prazer na morte de
nenhum ímpio.
·
Rm 8.27 – Deus examina corações e intercede
pelos santos. (igreja)
· Rm 12.2 – Deus nos aconselha, e espera que
descubramos sua boa, agradável e perfeita vontade.
Em meu livro “A dependência do Apocalipse na Criação”
trago uma frase que acredito caber neste estudo.
Deus não nos
levará para o céu nem nos mandará para o inferno.
Deus apenas nos
colocará no local que nós em vida escolhermos passar a eternidade.
(Themmy Lima)
“tornar a congregar” – tornar é
voltar retroceder e congregar é ajuntar, reunir, ou seja, o Paulo está dizendo
é “voltar a reunir” todas não algumas,
mas todas as coisas em Cristo, aliás, tem muito sentido porque “Todas
as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez”. “porque
nele foram criadas todas as coisas
que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para
ele”. (Jo 1.3; Cl 1.16)
“dispensação da plenitude dos tempos”
– há quem não acredite nas [5]dispensações
dizendo que são inexistentes, mas este versículo comprova biblicamente que ela
existe e é bíblica.
Não obstante (3.9) diz: “e demonstrar a todos qual seja a dispensação
do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou”.
Observe que em (1.10) “dispensação da plenitude dos
tempos”, mas em (3.9) é “dispensação do mistério” na primeira
é regida pelos tempos no segundo ela é regida pelo mistério.
Sobre a palavra “tempos” destacamos duas ações o
tempo Kairós e o tempo Kronus.
O tempo Kronus é o tempo cronológico em que ocorrem os
eventos humanos perceptíveis.
O tempo Kairós é o tempo de Deus que é a ausência do
tempo = eternidade onde ocorrem os eventos espirituais. Estes dois tempos são os responsáveis pelos
eventos que ocorrem “nos céus como as que estão na
terra”.
Exegese do versículo 11:
O v.11. – começa com a palavra NELE que sign., [Em Jesus]
afirmamos isto pela sequencia do versículo que diz “daquele” apontando para o Deus PAI. Novamente encontramos a palavra
propósito ocorrida no v9 (beneplácito) indica o propósito para qual aparece = “fomos
feitos herança”. Veja (Rm 8.17) – “E, se
nós somos filhos, somos, logo, herdeiros
também, herdeiros de Deus e
coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele
sejamos glorificados”.
Nos mínimos detalhes repousa informações fantásticas
observe que a frase não diz “com”,
mas “de”
Deus e coerdeiros “de” Cristo o propósito é nossa glorificação veja o capítulo 17
de São João conhecido como o CAPÍTULO DA GLORIFICAÇÃO e veja os pedidos de
Jesus ao PAI.
Preste atenção como tem inicio o v12. “com o
fim de sermos para louvor da sua glória”.
Esta história de fazer-nos herdeiros está intimamente
ligada à história da Redenção conforme propõe Isaías (53.11-12)
Exegese do versículo 12:
O v.12 – inicia “com o fim de sermos para louvor da sua
glória” – com o fim quer dizer “com o propósito de”. – “sermos louvor”
implica em glorificarmos ao PAI, prestar-lhe culto e louvor. Nossa existência
está atrelada ao fato de sermos criados para louvar a Deus quer em âmbito
terreno quer em âmbito espiritual nossa existência é para glorificar quando
deixamos esta realidade de lado estamos mortos. (Ef 2.1)
[6]PORTE
JR. – Com maestria discorre em seu livro
algo interessante que quero reproduzir na integra: “O apóstolo refere-se a uma
segunda criação. A primeira, obviamente, é quando Deus nos fez do pó da terra e
está ligada aos nossos primeiros pais – Adão e Eva. Já a segunda criação diz
respeito à nossa conversão a Cristo”. Paulo escreveu aos coríntios (2Co 5.17)
que, se alguém está em Cristo, é nova criação. Todo aquele que nega a si mesmo
e torna-se um fiel seguidor de Jesus de Nazaré, Deus faz dele uma nova
criatura. Essa é recriada. Nas palavras de Cristo, ela nasce de novo (Jo 3.3).
Carecemos desta Redenção para sermos alterados na matéria
e na alma para uma nova criatura; porque desde o inicio da humanidade
representada pela figura de Adão e Eva ao pecarem a humanidade passou a ser rebelde
a Deus. Amamos o que Deus odeia, e
odiamos o que Deus ama.
O apóstolo encerra o v.12 com o provável pensamento dos
judeus da sua época a espera do Messias; ele expressa isto, pelo registro
deixado “nós, os que primeiro esperamos em Cristo”.
Exegese do versículo 13:
O v13. Tem inicio com a expressão “vós” eu tenho acompanhado
alguns erros sobre isto, mas aqui sign., [os efésios] – ouviram “a
palavra da verdade” – apologética é esta disciplina teológica que
defende a fé cristã contra as heresias.
“o evangelho da vossa salvação” – o
evangelho é “boas novas ou boas noticias”; neste versículo surge a pergunta; qual
é a melhor noticia que alguém pode receber?
Certamente é a noticia da sua salvação.
·
Primeiro porque a pessoa não sabe que está em
perigo até ser salva.
·
Segundo porque Cristo proporcionou algo que a
pessoa não merecia.
“tendo nele também crido” – novamente
a expressão “nele” aponta para Cristo o Messias Salvador este ato de fé
assegura o portador das boas novas um à aquisição de um “selo” uma espécie de presente por haver crido no Filho de Deus, a
saber, em Jesus Cristo.
Este selo é “o
Espírito Santo da promessa”.
Que promessa é essa?
Ela [a promessa] começa no AT com o profeta Joel com a
Promessa da efusão do Espírito.
E há de ser que,
depois, derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos
terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre
as servas, naqueles dias, derramarei o
meu Espírito”. (Jl 2.28-29)
Por duas vezes seguidas Deus assegura o derramamento do
Espírito o detalhe é que ELE não diz derramarei “do”, mas derramarei “o”
este artigo é importante porque garante o próprio Deus derramar-se sobre o
povo.
O cumprimento desta promessa ocorre em Atos dos
Apóstolos.
INFORMAÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA
Importante registrar que alguns interpretes judeus do passado
entendia que esta passagem se refere à era messiânica. A Igreja Primitiva
seguia essa mesma linha de pensamento, pois Pedro citou esta passagem no dia de
Pentecostes. (At 2.17-21)
Os Reformadores do século XVI tinham visão completamente
distorcida dos pentecostais, estavam
mais as voltas com as guerrilhas contra os arminianos do que entender o
processo do Batismo no Espírito
Santo.
Para Calvino p.ex., [7]não
destaca o papel do Espírito em capacitar aquele que proclama a mensagem; o
que é um grande erro, pois para os pentecostais [8]o
Espírito veio sobre os discípulos no dia de Pentecostes (At 2), não como fonte
de existência da nova aliança, mas como fonte de poder para o testemunho eficaz.
“derramarei o meu Espírito” – esta
promessa feita em Joel (2.28-29) é, sobretudo um evento escatológico que muitas
vezes é negligenciado pelos estudantes bíblicos, para os pentecostais como bem
afirma MENZIES[9] –
“é o cumprimento do desejo de Moisés de que “todo o povo do Senhor fosse
profeta” (Nm 11.29; cf. Jl 2.17-18) e representa a preparação da igreja
para sua missão devidamente designada”.
Em seu livro “UNIDOS PELA CRUZ” do irmão Wilson Porte
Junior – p. 64 trata este assunto de maneira equivocada; na intensão de
apresentar a visão arminiana a este respeito apresentarei suas colocações e
posteriormente o meu ponto de vista sobre o Batismo (no) Espírito Santo.
Posição do irmão Wilson Porte Junior
|
[10]Sem dúvida,
Paulo, nesse ponto, trata daquilo que em outras partes da Bíblia é chamado de
batismo com o Espírito Santo. Quando é que somos batizados pelo Espírito
Sato? Aqui, Paulo afirma de forma clara que isso acontece n exato momento em
que ouvimos o evangelho e cremos nele.
|
Posição do irmão Themmy Lima
|
Considerando as
colocações do autor supracitado cabe o primeiro esclarecimento a respeito do
que assegura ser o “batismo”
equivocadamente ele trata como “batismo com o Espírito Santo” ao passo que
os pentecostais tratam este batismo como “batismo no Espírito Santo”; esta
diferenciação de artigos é importante por que distingue uma ação feita por
meio de... para uma ação proporcionada por ação direta de...
Em outras palavras para os
reformados o batismo no Espírito Santo é uma capacitação que ocorre no ato da
conversão ao passo que para os pentecostais é o próprio Espírito Santo quem
capacita à regeneração.
Se o ponto de vista do
autor reformado estiver correto, temos um problema sério; pois, nenhum
calvinista pode cair da fé, e se, por “acaso” isto vier ocorrer apenas
mostrará que seu ponto de vista está errado.
Deus não erra, por
conseguinte não selaria alguém que o abandonaria no futuro.
|
O v14. – deve ser dividido em três partes para bem ser
analisado:
Primeira parte:
o qual é o penhor da nossa herança
Quem é o penhor?
O texto mostra ser o Espírito Santo.
Para qual finalidade?
Assegurar-nos a herança analisada no v.11
Segunda parte:
para redenção da possessão de Deus
O que é redenção?
Redenção é resgate do gênero humano feito por Jesus
Cristo. – vale mencionar que par ser resgatador é necessário ser humano não
existe possibilidade do ESPÍRITO ou o DEUS PAI proporcionar diretamente este
feito, pois, foi o FILHO quem se humanizou e morreu por todos. (1Tm 2.5)
O que significa possessão de Deus?
A possessão no sentido teológico expressa posse, domínio
ou algo que se possui; Deus agora por meio do penhor do Espírito e da Redenção
promovida por Jesus é nosso SENHOR ETERNO não nos perdendo jamais para satanás.
Terceira parte:
para louvor da sua glória.
O que está expressão que dizer?
A nova vida em Cristo aponta para um louvor eterno a
Deus, isso lhe reproduz glórias.
Bibliografia
Bíblia de Estudo King James
- Jaime (ou Tiago) conhecida como King James – ABBA PRESS 2012 – p.1783, 1792
Bíblia de Estudo NAA –
AMADOR, Rúbio & diversos colaboradores – SBB 2017 – p. diversas.
Bíblia de Estudo Pentecostal
– STAMPS, Donald C. & diversos colaboradores – CPAD 1995 – p. diversas.
Bíblia Peshitta – Diversos
Colaboradores – BV BOOKS 2019 – diversas p.
Eleição Condicional –
TITILLO, Thiago – REFLEXÃO 2015 – diversas p.
Entendendo o
Dispensacionalismo – ICE, Thomas – Actual Edições 2004 – p.32
Esclarecendo Pontos
Polêmicos da Bíblia (Vol. 3) – LIMA, Themmy – MUNDO TEOLÓGICO – p. 73.
Novo Testamento Interlinear
Analítico (Texto Majoritário com aparato crítico) Grego-Português – OLIVETTI,
Odair & GOMES, Paulo Sérgio – CEP 1ª edição 2008 – p. 723,736
Novo Testamento Interlinear
Grego Português – CHOLZ, Vilson – SBB 2004 – p. 711,726.
Pentecostes essa história é
a nossa história – MENZIES, Robert P. – CPAD 2016 – p.38.
Unidos pela Cruz – PORTE
JR., Wilson – VIDANOVA 2017 – p.64.
Variantes Textuais do NT –
OMANSON, Roger L. – SBB 2010 – p. 394
[1]
Sobre esse ponto de vista é apropriado esclarecer que equivocadamente algumas
traduções substituíram a palavra “regiões” por “lugares” isso foi até certo
ponto um erro, porque a palavra “regiões” encaixa-se melhor em (6.12) ao passo
que “lugares” encaixam-se melhor em (1.3).
Isto, porque (1.3) propõe
doxologia a Deus ao passo que (6.12) apresenta o contrário uma guerra entre o
bem e o mal. King James acertadamente corrige este erro.
[2]
Este tópico foi extraído do livro Esclarecendo Pontos Polêmicos da Bíblia Vol3
– p. 73
[3]
SUPRALAPSARIANISMO é a visão que alguns
calvinistas têm em sua teologia de que Deus, mesmo antes de haver criado o
homem já o enxergava caído, motivo que o fez escolher uns para vida eterna e
outros para condenação eterna tomando como base (Rm 9.922)
Com isso em mente os seguidores desta
doutrina entende que os escolhidos para a condenação são os reprovados por
Deus. (não eleitos)
O problema em aceitar esta doutrina é que o meio pelos quais o homem
viria a cair emana em sentido objetivo de Deus como sendo o agente Criador de
todas as coisas colocando-o como o autor do mal e pior sugere que o decreto de
eleição de logicamente precede Seu decreto de permitir a queda
de Adão, portanto, a condenação é, antes de tudo, um ato da SUA soberania.
[4]
Eleição Condicional – REFLEXÃO 2015 – p. 25
[5]
Doutor RYRIE emérito professor jubilado do Seminário de Dallas FW é um notável
porta-voz do dispensacionalismo ele o define como: “um estágio na revelação
progressiva, expressamente adaptada às necessidades de uma determinada nação ou
de um período de tempo... também, a era ou período durante o qual um sistema
predominou”. – Entendendo o
Dispensacionalismo Thomas Ice – Actual Edições p. 32
[6]
Unidos pela Cruz – VIDA NOVA 2017 p.59
[7]
Pentecostes essa história é a nossa história – MENZIES p.39
[8]
Pentecostes essa história é a nossa história – MENZIES p.38
[9]
Pentecostes essa história é a nossa história – MENZIES p.33
[10]
Unidos pela Cruz – VIDA NOVA 2017 p.64
Nenhum comentário:
Postar um comentário