Estimados irmão ou leitor do Blog "Núcleo do Pensamento Teológico", cansado da torrencial chuva de besteirol estabelecido nas Igrejas do Senhor, por parte da turma conhecida em nossos dias por Neo-pentecostais.
Debrucei-me a pesquisar sobre o sentido da tal "campanha". (Visando Soluções de problemas)
Neste sentido vale lembrar que o negócio ficou tão marcante neste meio que é campanha para tudo.
- campanha para o marido voltar para casa
- campanha para a mulher voltar para casa
- campanha da prosperidade individual ou familiar
- campanha do sal ungido quebrando maldição
- campanha das portas abertas e por aí vai.
O que me choca é que tudo isto seria válido se não fosse anti-bíblico.
Então comecei a indagar onde está estabelecido nas entrelinhas das SAGRADAS ESCRITURAS o direito cristão para "acampainhar" campanhas de prosperidade visando soluções de problemas de qualquer ordem.
Então surgiu a pergunta:
Existe campanha na Igreja?
Abaixo segue parte de um dos tópicos que abordo no meu livro "O que a prosperidade me roubou" sito nas paginas 79 a 84.
Após ler de sua opinião isto me será muito válido.
Campanha existe na Igreja?
Um dos maiores problemas
que estamos enfrentando em nossos dias, em relação à Teologia da Prosperidade é
concernente as tais “campanhas”.
Torna-se até um absurdo
compartilhar com estas besteiradas, elas estão invadindo nossas igrejas,
visando apenas e tão somente o dinheiro do devoto.
É campanha de libertação,
campanha da pobreza, campanha de cura, campanha da rosa ungida, campanha da
prosperidade e por aí a fora, é campanha atrás de campanha.
No entanto não encontro respaldo bíblico para esta prática que dia após
dia está dominando Igrejas tidas como sérias.
Visando refutar esta prática quero propor uma
reanálise quanto a tal “campanha”.
Ao longo dos anos tenho aprendido a não fechar
uma questão, tendo-a como absoluta, por isso qualquer pessoa que consiga me
refutar a este respeito, terei humildade em reconhecer meu erro e o terei como
parceiro teológico visando sempre o Reino de Deus ser glorificado.
origem
da palavra campanha
A palavra “campanha” tem sua origem na palavra Campo, trata-se de uma palavra de grande
antiguidade, com numerosas aplicações em diversos idiomas; Seu início se
calcula ser o Indo-Europeu kamp-, “dobrar”. Ainda nesse idioma
não-atestado, kampos quereria dizer “canto de terreno ou pequena baía arredondada”.
Foi no Latim que uma descendente das anteriores
começou sua prolífica carreira. Neste idioma, primeiro se dizia campus para “área cercada”,
mesmo que fosse por obstáculos naturais, como bosques ou colinas.
Mais adiante, campus passou a designar uma área plana, adequada para
plantio. Por extensão, passou a designar os hábitos e modo de viver de
pessoas que se dedicavam à agricultura e à criação, em oposição aos que viviam
na urbs, na cidade.
“Campo”,
na visão MILITAR.
Apesar das cenas bucólicas que você traz ao
pensamento, há termos militares que são seus derivados; Por exemplo, campeão.
Antes de ser “o vencedor” numa disputa qualquer, essa palavra designava o
guerreiro que lutava no campo, em lugar aberto e exposto, não um
bandido que atacava à traição nos bosques.
O
que nos remete entender que o local da guerra num sentido figurado propriamente
dito é o mundo e não a Igreja.
Uma
campanha militar recebeu esse nome porque os enfrentamentos entre
exércitos costuma-vam ser feitos em campo aberto.
Acredito
terem razão; como se não bastasse os soldados enfrentarem outros que os queriam
matar, ainda iam lutar em terreno irregular, subindo e descendo morros?
Isto,
mostra-nos as dificuldades que temos nos mais variados campos de batalhas que
temos seja no âmbito fisico ou espiritual; Até há poucos séculos, os exércitos
europeus passavam o inverno aquartelados e iam fazer suas campanhas no
verão, que lutar no frio não lhes rendia boas colheitas.
Na visão Bíblica mostra-nos extratégias contra o
inimigo; Aliás, em épocas muito mais antigas há mais de 2000 anos, os exércitos
na região da Babilônia, antes de se defrontarem, chegavam ao extremo de aplanar
o chão entre eles previamente à batalha, para conseguirem maior aproveitamento
na batalha.
etimologia
Do
Latim campania nos veio também a campanha com o significado de “terreno
aberto, planície”.
Uma missa ou oração campal é uma cerimônia
feita em lugar aberto, fora da igreja.
E
daí também, por estranho que pareça, campanário, “torre de sinos numa
igreja”. Em nosso idioma usamos pouco a palavra campana para “sino”,
mas ela resiste nos dicionários. Em Espanhol ela é amplamente usada.
Para designar esse instrumento que se usa para
conclamar os fiéis à missa (oração), a palavra veio do
Latim vasa campana, “”vasos de bronze feitos na região da Campania”, que
recebeu esse nome justamente por ser plana.
Devo
registrar que campainha é um diminutivo em pleno uso de campana.
E
campânula é uma palavra que designa um objeto de forma de sino. Pode ser
de vidro, como uma manga de lampião, ou pode designar a forma de um tipo de
flor, por exemplo.
Naturalmente
que acampar, “estabelecer-se temporariamente fora de prédios” vem de campo.
E campesino, “habitante do campo”, também.
Em certos lugares do país, se usa a palavra campear
para “procurar”. Esse sentido se origina da busca de animais desgarrados no
campo. (Podemos imaginar que no “campo” (mundo), como diz a Bíblia). campanha
pode incentivar a busca de “ovelhas” perdidas
Em
outros pontos, designa-se uma jaqueta curta como campeira, pois se trata
de uma jaqueta, abrigo curto para o tórax, peça de roupa que não prejudica o
ato de montar para percorrer o campo; Outro uso pacífico de campus é
para designar a área de uma universidade; isso começou em Princeton, em 1774.
Entre
as palavras estrangeiras suas parentas que estão estabelecidas entre nós, temos
champagne, o vinho espumante bem conhecido, feito na região da França
que atende por esse nome.
Também nesse caso está o conhecido champignon,
derivado do Latim campaniolus, o que indicava ser ele colhido nos
campos.
Visto
que “campanha” não tem nada ha ver com prosperidade a não ser um campo a de
guerra aberta, proponho que os leitores, os pastores e lideres em geral,
aprendam que “campanha” se faz na casa de desviados da “Palavra de Deus” ou
principalmente os “ímpios” que ainda não conhecem Jesus, justificando assim a
luta no campo de batalha que para nós trata-se do mundo; Quanto a Igreja é
lugar de “voto”, buscar a glória de Deus.
2 Crônicas 7.14-16
V14 e se o meu
povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e
se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra. v15 Agora, estarão
abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. v16 Porque,
agora, escolhi e santifiquei esta casa, para que o meu nome esteja nela
perpetuamente; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os
dias.
O DISFARCE CRISTÃO
A dita campanha nas igrejas
evangélicas é nada mais do que a reprodução fiel da conhecida "novena"
da igreja católica.
Não obstante ser difícil afirmar já haver igrejas
denominadas evangélicas que adotaram o termo "novena", para
as suas campanhas.
Portanto, é sem dificuldades que afirmo estarmos
introduzindo doutrina de origem pagã no seio da igreja evangélica.
E se não fora paganismo, teríamos respaldo
bíblico para esta prática, no entanto carecemos deste respaldo, visto nas escrituras não haver uma única passagem
que venha fundamentar o emprego dessa doutrina.
Fica claro, portanto, que quem desta prática goza, pratica paganismo.
Para os que afirmem terem conseguido
coisas tanto no âmbito material como espiritual, deixo meu alerta.
Satanás
ao tentar Jesus disse-lhe:
Mateus 4.9
Tudo
isto te darei se, prostrado, me adorares.
Se
ele teve a petulância de oferecer a Jesus o que não era dele, engana-se quem
pensa que Satanás não dá nada a ninguém.
Tanto
é que o apostolo Paulo escrevendo aos Corintios reafirmou minha posição
teológica.
2 Corintuos 11.14
E
não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.
Se o próprio Satanás pode se transfigurar em anjo de
luz quanto mais enganar os escolhidos com suas façanhas.
Por Themmy Lima.
Bacharel em teologia, escritor e exegeta e apologista.
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