domingo, 19 de maio de 2013

O que a prosperidade me roubou



O que a Prosperidade
me 
Roubou.
Para os menores de 30 anos será um tanto difícil entender o que a prosperidade me roubou, mas para aqueles que mesmo não tendo trinta anos, mas tiveram oportunidade de perguntar a seus pais como eram as décadas de 60 e 70, ficarão surpreendidos com tudo o que perdemos em virtude da tão almejada prosperidade.
No momento em que escrevo sobre a prosperidade Deus me permitiu estar com 48 anos de idade e o mais inacreditável é que o meu Deus dotou-me da capacidade de lembrar nitidamente de fatos ocorridos comigo e com minha família bem como as pessoas da sociedade que nos cercavam desde meus 3 anos de idade.
Isto decorre a partir dos anos 60 mais precisamente (1964), ano de meu nascimento, ou seja, a partir de 1967 fatos ou circunstancias ocorridas me são nítidas.
Uma das lembranças que mais me emociona diz respeito aos dias da minha infância em que pela manhã o caminhão distribuidor de leite passava em frente acasa que morávamos e o leiteiro gritava.
“OLHA O LEITE”- rapidamente minha mãe dizia:
Pegue o leite na porta, esta prática decorreu durante anos e anos e não existiam ladrões que vinham roubar o leite na porta de alguém, no entanto hoje não podemos deixar o leite nem mesmo dentro de nossas geladeiras.  
Era normal irmos da padaria e pedir: “Por favor, me de uma ou duas bengalas” hoje as padarias viraram panificadoras e as bengalas já não existem mais, pois é mais rentável o pãozinho.   
Existia na década de setenta a rua de lazer, as prefeituras estabeleciam algumas ruas nos bairros onde eram fechadas durante um determinado dia, e a população podia brincar alegremente sem o risco de um automóvel atropelar alguém.
Estas ruas desapareceram, o que encontramos são as ruas da cidade todas sufocadas pelos congestionamentos de jovens drogados ou bêbados ou os dois, ouvindo o tal “PANCADÃO”, que na verdade é uma apologia ao crime e a indecência.
Brincadeiras de crianças tais como pega-pega, esconde-esconde, mula manca, passa-anel e outras foram substituídas pelo videogame ou salas de bate-papo.
 Após a escola juntávamos uma tropa de meninos no terreno baldio mais próximo de nossas casas e íamos jogar a estão conhecida e apaixonante “bolinha de gude”, atualmente não existe nem mais fabricantes destas bolinhas.
Era emocionante voltar para casa com o saco cheio de bolinhas, ainda que no dia seguinte viéssemos perdê-las novamente para outro menino.
As meninas se reuniam após a escola para brincar de “casinha” a idéia era imitar as mães, imitar suas heroínas, durante horas, deliciava-se com o resultado de suas invenções.
Ser parecida com suas mães significava aproximar-se da perfeição, poder estar em referência em relação às demais meninas era maravilhoso para estas crianças.
No final da brincadeira, o objetivo, deveria ser alcançado, “imitar suas mães”, hoje em dia não é mais possível para as meninas brincarem assim, suas heroínas já não estão mais disponíveis em suas casas, já não cuidam mais da família; Elas estão nas empresas, nos escritórios, nas indústrias, nos governos nas presidências dos países.
As meninas visionárias e amantes de suas mães agora estão inclinadas a buscarem suas ilusões em fatos reais da vida cotidiana.
A sociedade que tanto ansiava pela prosperidade atingiu seu objetivo.
Nossos meninos substituíram as bolinhas-de-gude pelas balas de revolveres, nossas meninas deixaram suas bonecas para gerarem seus próprios filhos, com isso muitas alcançam apenas a prostituição e a droga, muitas em sua grande maioria sem o mínimo preparo para educar e serem mães.
A pergunta que devemos procurar responder é.
Que a prosperidade nos roubou?
A prosperidade nos roubou a inocência e o direito de sermos crianças.
Themmy Lima
A década de 80 despontou o walkman um aparelho minúsculo que surgira para destronar o até então radinho de pilha, com ele podíamos ouvir musicas, os mais afortunados possuíam os modelos com cassete; Atualmente nossos jovens possuem celulares que acoplam musicas e muito mais artifícios.

Prosperidade não deve ser confundida com evolução, as pessoas tanto almejam a prosperidade, mas acabam se decepcionando quando esta não chega.

Possuíamos na década de 70 apenas alguns canais de televisão, o boom da época foi a TV colorida, famílias inteiras se uniam para comprarem através de financiamento a almejada TV colorida, sofria-se muito para conseguir pagar aquele bem.

Atualmente quem não possuir em sua casa uma TV a cabo é tido como “alienígena” a maquina financeira transformou uma novidade de época numa fabrica de fazer dinheiro, a evolução acorreu, mas a prosperidade não.

Os campos de futebol (Várzea) estavam por todo canto da cidade, os jovens se reunião para bater uma bolinha tomar uma cervejinha e jogar conversa fora, não quero aqui lançar indução para ninguém sair por ai bebendo ou deixando de ir para a Igreja para jogar bola, meu intuito é mostrar que a prática saudável do esporte, acabou; Em virtude da tão almejada “prosperidade”, os locais de lazer da população foram dizimados deram lugar aos arranha-céus, as famigeradas empreiteiras acabaram com a alegria dos finais de semana alegando que a prosperidade chegou para a população.

Existem muitos outros exemplos que poderiam ser citados aqui, dentre eles o telefone.

Quem poderia na década de setenta almejar um telefone em casa! Este era um bem que somente a classe alta e média com muita dificuldade possuía, no entanto hoje devido à evolução dos tempos a modernidade está disponível a qualquer pessoa por mais pobre que seja tem um celular e fala com qualquer pessoa em qualquer local do planeta.
Se por um lado a evolução nos proporcionou estreitar as distâncias, por outro lado, a almejada prosperidade nos separou do relacionamento que tínhamos com nossos visinhos; Acabaram os bate-papos de final de tarde, as trocas de amenidades.
É muito triste saber que existem pessoas que moram uma vida inteira em determinado local e não sabe nem o nome do seu visinho.

Muitos são os exemplos que poderíamos dar aqui, mas a intenção é mostrar para o leitor que a verdadeira prosperidade é completamente diferente do que a mídia nos apresenta, somos bombardeados diuturnamente por uma avalanche de besteirol Fornecido pelos meios de comunicação, por conseguinte, acabamos sucumbindo aos desejos carnais.

Temos que nos estruturar na Palavra para podermos estar firmes o dia mal.
É tão importante e necessário nos alicerçarmos na Palavra de Deus que pessoas que no passado sofreram decepção por não terem alcançado seus objetivos financeiros passaram a estabelecer para Deus limites em seu operar. 
Certa igreja tida como evangélica através de seu líder deu a seguinte declaração que reproduzirei a seguir. (a fonte esta no site a baixo)

Diz-nos assim a frase:
“Dar o dizimo é candidatar-se a receber bênçãos sem medida, de acordo com o que diz a Bíblia, sob os aspectos físicos, espiritual e financeiro. Quando pagamos o dizimo a Deus, Ele fica na obrigação de cumprir a sua Palavra. Repreendendo os espíritos devoradores que desgraçam a vida do homem, atuando nas doenças, nos acidentes, nos vícios, na degradação social e em todos os setores de atividade humana.”


Este líder deve estar com a cabeça cheia de qualquer coisa menos de Bíblia, o que este cidadão afirma é que nosso Deus Soberano está condicionado a fazer ou realizar qualquer coisa mediante nossas ações, em outras palavras Deus esta condicionado apenas a exercer sua soberania mediante nossas atitudes, ou seja, somos maiores do que Deus.
Infelizmente esta é a visão deplorável, distribuída nas igrejas pelos adeptos da Teologia da prosperidade. 
Por Themmy Lima. (esta nota faz parte do meu livro "Oque a Prosperidade me Roubou") pode ser aqirido através do site www.ledifusao.com.br 

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