O que a Prosperidade
me Roubou.
me Roubou.
Para os menores de 30 anos será um tanto difícil entender o que a
prosperidade me roubou, mas para aqueles que mesmo não tendo trinta anos, mas
tiveram oportunidade de perguntar a seus pais como eram as décadas de 60 e 70,
ficarão surpreendidos com tudo o que perdemos em virtude da tão almejada
prosperidade.
No momento em que escrevo sobre a prosperidade Deus me permitiu estar
com 48 anos de idade e o mais inacreditável é que o meu Deus dotou-me da
capacidade de lembrar nitidamente de fatos ocorridos comigo e com minha família
bem como as pessoas da sociedade que nos cercavam desde meus 3 anos de idade.
Isto decorre a partir dos anos 60 mais precisamente (1964), ano de meu
nascimento, ou seja, a partir de 1967 fatos ou circunstancias ocorridas me são
nítidas.
Uma das
lembranças que mais me emociona diz respeito aos dias da minha infância em que pela
manhã o caminhão distribuidor de leite passava em frente acasa que morávamos e o
leiteiro gritava.
“OLHA O LEITE”- rapidamente minha mãe dizia:
Pegue o leite na porta, esta prática decorreu durante anos e anos e não existiam
ladrões que vinham roubar o leite na porta de alguém, no entanto hoje não
podemos deixar o leite nem mesmo dentro de nossas geladeiras.
Era normal irmos da padaria e pedir: “Por favor, me de uma ou duas
bengalas” hoje as padarias viraram panificadoras e as bengalas já não existem
mais, pois é mais rentável o pãozinho.
Existia na
década de setenta a rua de lazer, as prefeituras estabeleciam algumas ruas nos
bairros onde eram fechadas durante um determinado dia, e a população podia
brincar alegremente sem o risco de um automóvel atropelar alguém.
Estas ruas desapareceram, o que encontramos são as ruas da cidade todas
sufocadas pelos congestionamentos de jovens drogados ou bêbados ou os dois, ouvindo
o tal “PANCADÃO”, que na verdade é uma apologia ao crime e a indecência.
Brincadeiras de crianças tais como pega-pega, esconde-esconde, mula
manca, passa-anel e outras foram substituídas pelo videogame ou salas de bate-papo.
Após a escola juntávamos uma
tropa de meninos no terreno baldio mais próximo de nossas casas e íamos jogar a
estão conhecida e apaixonante “bolinha de gude”, atualmente não existe nem mais
fabricantes destas bolinhas.
Era emocionante voltar para casa com o saco cheio de bolinhas, ainda que
no dia seguinte viéssemos perdê-las novamente para outro menino.
As meninas se reuniam após a escola para brincar de “casinha” a idéia
era imitar as mães, imitar suas heroínas, durante horas, deliciava-se com o
resultado de suas invenções.
Ser parecida com suas mães significava aproximar-se da perfeição, poder
estar em referência em relação às demais meninas era maravilhoso para estas crianças.
No final da brincadeira, o objetivo, deveria ser alcançado, “imitar suas
mães”, hoje em dia não é mais possível para as meninas brincarem assim, suas
heroínas já não estão mais disponíveis em suas casas, já não cuidam mais da
família; Elas estão nas empresas, nos escritórios, nas indústrias, nos governos
nas presidências dos países.
As meninas visionárias e amantes de suas mães agora estão inclinadas a
buscarem suas ilusões em fatos reais da vida cotidiana.
A sociedade que tanto ansiava pela prosperidade atingiu seu objetivo.
Nossos meninos substituíram as bolinhas-de-gude pelas balas de
revolveres, nossas meninas deixaram suas bonecas para gerarem seus próprios filhos,
com isso muitas alcançam apenas a prostituição e a droga, muitas em sua grande
maioria sem o mínimo preparo para educar e serem mães.
A pergunta que devemos procurar responder é.
Que a prosperidade
nos roubou?
A
prosperidade nos roubou a inocência e o direito de sermos crianças.
Themmy Lima
A década de 80 despontou
o walkman um aparelho minúsculo que surgira para destronar o até então radinho
de pilha, com ele podíamos ouvir musicas, os mais afortunados possuíam os
modelos com cassete; Atualmente nossos jovens possuem celulares que acoplam
musicas e muito mais artifícios.
Prosperidade não deve ser confundida com evolução, as pessoas tanto
almejam a prosperidade, mas acabam se decepcionando quando esta não chega.
Possuíamos na década de 70 apenas alguns canais de televisão, o boom
da época foi a TV colorida, famílias inteiras se uniam para comprarem através de
financiamento a almejada TV colorida, sofria-se muito para conseguir pagar
aquele bem.
Atualmente quem não possuir em sua casa uma TV a cabo é tido como
“alienígena” a maquina financeira transformou uma novidade de época numa
fabrica de fazer dinheiro, a evolução acorreu, mas a prosperidade não.
Os campos
de futebol (Várzea) estavam por todo canto da cidade, os jovens se reunião para
bater uma bolinha tomar uma cervejinha e jogar conversa fora, não quero aqui
lançar indução para ninguém sair por ai bebendo ou deixando de ir para a Igreja
para jogar bola, meu intuito é mostrar que a prática saudável do esporte,
acabou; Em virtude da tão almejada “prosperidade”, os locais de lazer da população
foram dizimados deram lugar aos arranha-céus, as famigeradas empreiteiras
acabaram com a alegria dos finais de semana alegando que a prosperidade chegou
para a população.
Existem
muitos outros exemplos que poderiam ser citados aqui, dentre eles o telefone.
Quem
poderia na década de setenta almejar um telefone em casa! Este era um bem que
somente a classe alta e média com muita dificuldade possuía, no entanto hoje
devido à evolução dos tempos a modernidade está disponível a qualquer pessoa
por mais pobre que seja tem um celular e fala com qualquer pessoa em qualquer
local do planeta.
Se por um
lado a evolução nos proporcionou estreitar as distâncias, por outro lado, a
almejada prosperidade nos separou do relacionamento que tínhamos com nossos
visinhos; Acabaram os bate-papos de final de tarde, as trocas de amenidades.
É muito
triste saber que existem pessoas que moram uma vida inteira em determinado local
e não sabe nem o nome do seu visinho.
Muitos são
os exemplos que poderíamos dar aqui, mas a intenção é mostrar para o leitor que
a verdadeira prosperidade é completamente diferente do que a mídia nos
apresenta, somos bombardeados diuturnamente por uma avalanche de besteirol Fornecido
pelos meios de comunicação, por conseguinte, acabamos sucumbindo aos desejos
carnais.
Temos que
nos estruturar na Palavra para podermos estar firmes o dia mal.
É tão
importante e necessário nos alicerçarmos na Palavra de Deus que pessoas que no
passado sofreram decepção por não terem alcançado seus objetivos financeiros passaram
a estabelecer para Deus limites em seu operar.
Certa
igreja tida como evangélica através de seu líder deu a seguinte declaração que
reproduzirei a seguir. (a fonte esta no site a baixo)
Diz-nos assim a frase:
“Dar o dizimo
é candidatar-se a receber bênçãos sem medida, de acordo com o que diz a Bíblia,
sob os aspectos físicos, espiritual e financeiro. Quando pagamos o dizimo a
Deus, Ele fica na obrigação de cumprir a sua Palavra. Repreendendo os
espíritos devoradores que desgraçam a vida do homem, atuando nas doenças, nos
acidentes, nos vícios, na degradação social e em todos os setores de atividade
humana.”
Este líder
deve estar com a cabeça cheia de qualquer coisa menos de Bíblia, o que este
cidadão afirma é que nosso Deus Soberano está condicionado a fazer ou realizar
qualquer coisa mediante nossas ações, em outras palavras Deus esta condicionado
apenas a exercer sua soberania mediante nossas atitudes, ou seja, somos maiores
do que Deus.
Infelizmente
esta é a visão deplorável, distribuída nas igrejas pelos adeptos da Teologia da
prosperidade.
Por Themmy Lima. (esta nota faz parte do meu livro "Oque a Prosperidade me Roubou") pode ser aqirido através do site www.ledifusao.com.br
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