Quem são as duas testemunhas de Apocalipse 11.
Professor
pastor Themmy Lima
A Escatologia por si só já é empolgante imagine quando
voltada para o livro do Apocalipse torna-se ainda mais fascinante o que não
dizer de um capítulo inteiro trazendo mistério após mistério; é o caso do
capítulo onze onde aparecem dois personagens intrigantes que ao longo dos anos
estudiosos tentam descobrir quem sejam as referidas testemunhas que pregarão o
evangelho aos judeus e as nações reunidas em Israel.
Pretendo me juntar a um número cada
dia mais incontável dos que tentam provar sem êxito, quem sejam estas
testemunhas, para tanto apresento meus argumentos favoráveis e desfavoráveis
para meu posicionamento sobre o assunto.
Na primeira parte apresentarei as formas de leitura do
livro do apocalipse em decorrência do estudo em questão estar voltado ao
referido livro.
METODOLOGIA DE ESTUDO
A metodologia do estudo é
fundamental para compreensão de qualquer livro o que não se dirá dos livros da
Bíblia que são inspirados por Deus tornando-se escritos divinos que chegaram
até nossas mãos por meio de homens, estudar, discutir e entender os registros
contidos neste livro é fundamental para uma sólida argumentação.
Não se pode, portanto, ignorar as seguintes regras: –
compreender e levar em relevância à história, a antropologia, a sociologia, a
exegese, a teologia, a doutrinação proposta, a pregação e o aspecto da
dependência junto ao autor por meio da oração, assim, uma leitura multifacetada
certamente trará bons resultados.
Um dos problemas da teologia reformada (entenda-se
reformada por protestante ortodoxa) é não aceitar ou pelo menos menosprezar a
disciplina bíblica da simbologia e tipologia muitos estudiosos acusam os protestantes
pentecostais de alegorizar muitos textos aplicando ou a simbologia ou a
tipologia ainda que sejam disciplinas bíblicas, porém tornando o texto muitas
vezes mal interpretado.
OSBORNE[1]
– vai dizer que existem seis tipos de símbolos, a saber.
1. Símbolos milagrosos externos
2. Visões
3. Símbolos materiais
4. Os números emblemáticos
5. As ações emblemáticas
6. Os rituais emblemáticos
As regras de interpretação bíblica exigem que sejam
aplicadas estas disciplinas principalmente no livro do Apocalipse como p. ex.,
a passagem de (Ap 12.1-2) em que mulher, coroa de doze estrelas, dores de parto
e etc. são claras simbologias do período da Grande Tribulação.
Este é apenas um exemplo para podermos compreender as
passagens de Apocalipse onze.
COMO LER O APOCALIPSE
Existem diferentes
interpretações e estilos hermenêuticos a respeito da leitura do livro do
Apocalipse, portanto, conhecer profundamente cada uma dessas escolas de
interpretações será de grande utilidade não só para a leitura como a definição da interpretação deste livro.
Vale lembrar que cada escola difere entre si acerca do
método de organização do conteúdo do livro principalmente do período em que as
profecias se referem: P.ex., (1) como será a segunda vinda de Cristo, (2) qual
será a condição da Igreja em relação a grande tribulação, (3) como se dará a
ressurreição dos mortos, (4) como interpretar o milênio; estes quatro pontos
são fundamentais.
Outro fator importante volta-se para os estudantes da
Escatologia, muitos estudam os três principais livros para as coisas dos
últimos dias, Daniel, Ezequiel e Apocalipse, mas não podemos deixar de analisar
que estes [2]escritores
entendiam que o que escreviam era baseado nas perspectivas que tinham da época
em que viviam.
Talvez o mais enigmático dentre os três seja o Apocalipse
que o escritor João tinha de sua época tanto que no inicio do livro como no
final ele espera estes acontecimentos para breve (Ap 1.3 – Ap 22.10), assim o
futuro de que o autor falou estava em sua mente próximo, restes a ocorrer, “a hora do cumprimento está próximo”.
ESCOLA
PRETERISTA
Das escolas de estudo do
Apocalipse a única que aparece de forma diferente a interpretação do texto
sobre as duas testemunhas é a escola mesotribulacionistas
que entende que a igreja será arrebatada no final da primeira metade dos três
anos e meio, segundo eles a Igreja aguentará a opressão da primeira metade da
tribulação por não tratar-se da ira de Deus.
Entendem que o arrebatamento
ocorrerá junto com o soar da ultima trombeta e a ascensão das duas testemunhas
do Apocalipse 11. O problema é que os mesotribulacionistas precisam negar ou enfraquecer a interpretação dispensacionalista e negar a
estrita ligação entre Israel e a Igreja
Estas informações visam tão somente esclarecer a maneira
equivocada que esta escola faz de interpretar a passagem, fazendo com que sua
exegese seja no mínimo fraca.
AS [3]DIFERANÇAS
ENTRE O LITERAL E O ALEGÓRICO
A construção do meu pensamento obedece a critérios
metodológicos onde se explica o texto por meio de outros textos com o fim de o
simbolismo sair do “significante” e
mergulhar no “significado”.
Neste sentido explico e embaso serem as duas testemunhas
Enoque e Elias; isso é importante a meu ver fazer notório que, a interpretação deste
texto é em sua grande maioria literal, por tratar-se serem duas pessoas
literais v.3, mas há versículos alegóricos como p.ex., v4.
Contudo, ocorre que a visão pré-milenista histórica
diverge das outras escolas como p. ex., os “mesotribulacionistas”,
portanto, mostrar que o livro do Apocalipse assim como o capítulo onze é rico
de simbolismos, vale a penas registrar que esta passagem deve ser interpretada
de modo “literal” tomando o cuidado de em algumas partes aceitar o alegorísmo.
O método alegórico é suscetível de especulações, o método
literal nem tanto, contudo é adequado fazer uma diferença entre o método
literal e método alegórico.
Pergunta-se por quê?
Porque no Apocalipse há relatos no texto que deve ser analisado
como forma literal, p.ex., as duas testemunhas – que de fato são duas pessoas,
mas, há outras porções do livro que não podem ser interpretadas de modo
literal, e para não dizer “alegórico” (costumo dizer – ilustrativo).
Um bom exemplo disso é a mulher vestida de sol (Ap 12.1), não
é uma mulher, mas, ilustra ou indica, ou aponta para a nação de Israel.
Os “dias” ou 42 meses tornam-se símbolos que querem dizer “anos”.
Então, ao fazer a distinção entre o literal e o alegórico o
argumento apresentado preenche a metodologia que testifica sem dúvida de que as
duas testemunhas são Enoque e Elias, porque eles não morreram.
Apresentação
do texto sobre as
duas testemunhas
São apresentadas as
possíveis referencias sobre o ponto de vista teológico escatológico em que
possa corroborar com a escola estudada que nesse caso é a visão futurista ou [5]historicista
[6]pré-milenista.
TEXTO BÍBLICO
1 E
foi-me dada uma cana semelhante a uma [7]vara; e
chegou o anjo e disse: Levanta-te e mede o templo de Deus, e o altar, e os que
nele adoram.
2 E
deixa [8]o
átrio que está fora do templo e não o meças; porque foi dado às nações, e
pisarão a Cidade Santa por quarenta e dois meses.
3 E
darei poder às minhas duas [9]testemunhas, e
profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.
5 E,
se alguém lhes quiser fazer [11]mal, fogo
sairá da sua boca e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer
mal, importa que assim seja morto.
6 Estas
têm poder para fechar o [12]céu,
para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para
convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas
vezes quiserem.
7 E,
quando acabarem o seu testemunho, a [13]besta
que sobe do abismo lhes fará [14]guerra,
e as vencerá, e as matará.
8 E
jazerá o seu corpo morto na praça da [15]grande
cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também
foi crucificado.
9 E
homens de [16]vários
povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por três dias e
meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja posto em sepulcros.
10 E
os que habitam na terra se regozijarão sobre [17]eles, e
se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois
profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
11 E,
depois daqueles três [18]dias e
meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e
puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
12 E
ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: [19]Subi
cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
13 E
naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da [20]cidade, e
no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito
atemorizados e deram glória ao Deus do céu.
Interpretação
textual
A seguir farei uma análise exegética
do texto para aproximar melhor meu ponto de vista quanto à possibilidade de serem
estas testemunhas Enoque e Elias.
De inicio é necessário apresentar a
etimologia dos nomes destes personagens para na sequencia entendermos o propósito
do surgimento de casa um deles na esfera testemunhal do propósito Divino.
Primeiro personagem é Enoque seguido
por Elias, ambos os personagens estão no contexto do AT deixando para o NT a responsabilidade
de reapresenta-los na história como as testemunhas do propósito Divino.
Hebraico
|
Transliterado
|
Português
|
Significado
|
חֲנוֹךְ:
|
CHANOKH
|
Enoque
|
Dedicado ou consagrado
|
אֵלִיָּהוּ
|
ELYÅHU
|
Elias
|
O Senhor é Deus ou O Senhor é meu
Deus
|
Versículo 1
V1
– “E
foi-me dada” – para entendermos o primeiro versículo do capítulo onze é
necessário remetermo-nos ao capítulo dez (10), que entre os versículos 1 a 11
falam de um livrinho que diz respeito à primeira semana de Daniel que
inicialmente é doce como mel, mas na segunda metade torna-se amarga. (Sl
19.9-10) – não é isso que diz o ultimo do capítulo 10. (vers. 11)
“uma [22]cana”
– a cana também tratada na bíblia como “junco”
servia como uma vara de medição e poderia ter sido a cana que crescia ao longo
do vale do Jordão e era conhecida como a “cana
gigante” das terras mediterrâneas. Cresce em áreas pantanosas e podem
atingir alturas de 3,60 cm a 4,50 cm ou 6,5 metros.
Foi comparada a uma “vara” fazendo alusão a regência domínio.
(não é isso que diz o texto v3)
“levanta-te
e mede” – claramente detectamos um servo, a saber, João sendo
empossando a execução de um ofício, que no versículo tem três alvos em etapas
distintas, medir: (1) o Templo (de Deus), (2) o altar, (3) os adoradores;
provavelmente este templo seja o templo que os judeus ortodoxos construirão
durante o período da Grande Tribulação, [23]Daniel
predisse sobre ele. (Dn 9.27) Isso tem tudo a ver por que o anticristo fará uma
aliança com Israel, mas romperá no meio do período de sete anos.
BROADMAN
– diz que a medição indica a ideia da reconstrução do templo em Ezequiel (Ez
40.3-42.20) e em Zacarias (Zc 1.16; 2.2-8).
A verdade é que Jerusalém havia sido
destruída pelos romanos em 70 d.C. e nunca mais foi reconstruída. Em outras
palavra havia 25 anos que ele estava em ruinas quando João escreveu este
relato.
Versículo 2
O
versículo dois tem inicio com uma advertência a João.
“não o
meças” – não medir o átrio que está fora do templo em decorrência de
haver sido dado às nações que por sua vez pisarão a Cidade Santa (Jerusalém)
este templo será levantado em Jerusalém e muitos de todas as nações virão a
ele.
“quarenta
e dois meses” – diz respeito ao período de 3 ½ em que o anticristo fará
aliança com Israel e com as nações que estarão fora do templo, ou seja, não
serão os judeus ortodoxos que estão dentro do templo.
Veja o que Lucas nos diz a este
respeito. “E cairão a fio de espada e
para todas as nações serão levados cativos; e [24]Jerusalém será pisada pelos
gentios, até que os tempos dos gentios se completem.”
(Lc 21.24).
O termo de Daniel foi usado no contexto
do reinado de Antíloco Epifânio, que, em 168 a.C., levantou uma estatua de Zeus
no templo de Jerusalém. Daniel chamou este ato de “a abominação desoladora” (Dn
11.31; 12.11; 9.27), podemos ver isso mais claramente lendo Macabeus (1Mac 1.54),
quanto à história.
Versículo 3
“darei poder às minhas duas testemunhas”
– o versículo três marca o inicio do ministério das testemunhas, mas não é só
isso, ele tem um detalhe importante a ser analisado sendo que a palavra “[25]duas”
é importante porque aponta para a veracidade de ocorrências este número na
bíblia é visto como o número da testemunha, da divisão, da separação ou da
confirmação.
3.1
– como testemunhas – (Dt 19.15 – Jo 8.1-3 – 1Tm 5.19 – Hb 10.28 – Mt 18.16 – Gn
41.32 – Lc 10.1 – 2Co 13.1 e Ap 11.3)
3.2
– como divisão, separação ou confirmação – (Gn 1.16-18 – Mt 24.40-41 – Êx 8.23
– Ex 37.21-22 – Mc 6.41).
“profetizarão
por mil duzentos e sessenta dias” – os exatos 3½ restantes após o
período de paz entre o anticristo e as nações a profecia é o elo entre Deus e
os homens o que mostra claramente o amor e a misericórdia de Deus para com a
criação, mesmo neste período muitos darão ouvidos as suas testemunhas, mas
também muitos a rejeitarão, mas o mais importante aqui é que “Porque isto é bom e agradável diante de
Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao
conhecimento da verdade.” (1Tm 2.3).
“vestidas
de pano de saco” – esta expressão faz alusão ao estado emotivo de uma
pessoa, tristeza, contrição e despojamento, mas também é a vestimenta habitual
dos profetas (2Rs 1.8; Is20.2; Zc 13.4)
Interessante que KISTEMAKER – vai nos
dizer em sua obra que “[26]ainda que o pano de saco feito
de pelos de cabritos ou camelos fosse roupa usada por homens e mulheres
igualmente, em sua angustia (2R 19.2; Jud. 9.1), seu uso ás vezes assumia
significação simbólica. Esse era o caso especialmente quando os profetas usavam
pano de saco para por em realce um pecado que desintegra a sociedade,
conclamando o povo ao arrependimento, ou para chamar-lhe a atenção para juízo e
castigo eminente”.
Neste caso a referencia a (3.1), seja a
mais adequada para estas duas testemunhas que são identificadas por quebrantamento
e oposição ao sistema religioso do anticristo imperante em Jerusalém; devido a
estas referencias é que Moises e Elias ganham força como sendo estas
testemunhas pelo fato de não adornarem seus corpos com vestimentas luxuosas,
mas vestimentas de profetas.
Versículo 4
O versículo três toma corpo exaltando
novamente o numero “[27]dois”
que longe de ser um numeral no Apocalipse é voltado para a sentença
comprobatória de atos presentes no relato; assim, como o (v.3), inicia
ressaltando as “duas testemunhas” agora tem inicio as “duas oliveiras e os dois
castiçais”.
“Estas
são as duas oliveiras” – A Bíblia trata algumas plantas como símbolos
p. ex., quando fala da videira, da Palmeira ou da figueira a seguir
reproduzirei o quadro traçado por [28]Cesar
Cezar:
Símbolo
(tipo)
|
Texto
Bíblico
|
Significado
(antítipo)
|
A
Videira
|
João 15.5
|
Jesus
Cristo
|
A
Palmeira
|
Salmos 92.12
|
O
cristão
|
A
Oliveira
|
Êxodo 27.20
|
O
Espírito Santo
|
A
Figueira
|
Lucas 13.7
|
Israel
|
“os
dois castiçais” – Estes objetos que aqui aprecem não são novos eles já
apareceram anteriormente em (Ap 1.20), em que o próprio Senhor Jesus Cristo descreveu
quem eram, a saber, a Igreja.
O sentido de a Igreja ser comparada ao
castiçal surge em virtude do brilho que exerce ao mundo que se encontra em
trevas, mas simbolizam ainda mais duas virtudes importantes por ser de Cristo
sua “[29]universalidade”
e a “perfeição”, portanto, sign., que a Igreja é universal e inerrânte enquanto
espiritual, porque está estabelecida em Cristo. (Mt 16.18).
Pela segurança que o sentido nos
oferece entendemos que estas duas pessoas comparadas aos castiçais mostram que
são a representação de Cristo na terra. (testemunhas)
“diante
do Deus da terra” – como o próprio texto assegura “da terra”, nesse período a Igreja não estará mais “na terra”, mas haverá duas testemunhas
exercendo o papel de Cristo como mensageiros das boas novas (evangelho).
Versículo 5
“se alguém lhes quiser fazer mal”
– a maldade é uma essência do anticristo, assim como no inicio de tudo com Eva,
portanto os povos e nações desta época estarão suscetíveis ao engano (Jo 8.44)
Por trás das ações maléficas no
mundo esta a figura de satanás. [30]AGOSTINHO
– vai dizer que a problemática do mal no homem se dá em virtude puramente do
homem se afastar do bem; portanto, há de se constatar que o mal ganhou espaço à
medida que o homem, com a vontade corrompida, se afastou do bem.
Este “alguém” que surge como efeito
mal certamente seja alusão ao anticristo que será afrontado no período em que
as testemunhas se colocarão a serviço de Deus, não só vão querer fazer-lhes mal
no sentido de afastá-los de seus intentos como o farão.
Temos duas ocorrências distintas uma
parte das testemunhas para o anticristo a outra parte do anticristo para as
testemunhas como apresentaremos a seguir.
“fogo
sairá da sua boca e devorará os seus inimigos” – fogo aqui fala de
juízo e justiça no Apocalipse, este fogo que sai de suas bocas e não do céu –
indica que seu poder, como o do Mestre, estava em suas palavras, portanto a
expressão “boca” – fala de palavras,
portanto palavras de juízo e justiça para os inimigos que são o anticristo e
seus seguidores.
O irmão Tiago descreveu os inimigos de
Deus desta maneira: “Adúlteros e
adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?
Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
(Tg 4.4)
“importa
que assim seja morto” – a segunda etapa da ocorrência parte do
anticristo para as testemunhas, esta é mais grave porque atinge a morte, as é
aqui neste versículo que se estabelece a maior demanda sobre quem sejam estas
testemunhas.
Na Bíblia só encontramos duas
pessoas que não morreram, a saber, Enoque e Elias; defendo que sejam estas testemunhas
estes dois personagens visto que a Bíblia não se contradiz e de forma muito
apropriada o escritor da carta aos Hebreus diz: “E, como aos homens está [31]ordenado morrerem uma vez,
vindo, depois disso, o juízo” (Hb
9.27) é impossível que estas duas pessoas sejam diferentes dos demais seres
humanos, todos teremos que passar por esta morte física, assim como Jesus casos
contrários não herdarão o Reino, por isso, que v7 confirma suas mortes.
Inúmeras são as passagens que
atestam a necessidade e veracidade da morte física em decorrência do pecado,
mas a meu ver três são as mais apropriadas que descrevo a seguir.
Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele,
também com ele viverá. (2Tm 2.11)
Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos. (Rm 6.8)
Se sofrermos, também com
ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará. (2Tm 2.12)
Sobre
esta questão abordaremos mais detalhadamente nas paginas seguinte.
Versículo 6
“poder
para fechar o céu” – esta expressão sign., não chover Deus
concederá a estas testemunhas o poder de reter a chuva sobre a terra, pois sem
a chuva a lavoura entra em colapso, o anticristo não tem poder para reverter
este processo, tornando o poder divino por meio das testemunhas mais autêntico,
mesmo que seja por meio do sofrimento as pessoas terão a oportunidade de
reconhecer o poder de Deus.
Um dos motivos pelos quais a maioria
dos teólogos e estudiosos acredita ser “Elias” uma dessas testemunhas é porque
o processo de retenção de água não é estranho ao personagem. “Então, Elias, o tisbita, dos moradores de
Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face está,
que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.”
(1Rs 17.1)
“para
que não chova nos dias da sua profecia” – a pergunta é; porque fechar o
céu?
O texto nos responde; para que não
chova nos dias da sua profecia, ou seja, durante o período de atuação das
testemunhas registrado como “os dias da
sua profecia” seja suficiente para demonstrar o poder de Deus sobre a
terra.
Apresento a seguir um breve resumo da
importância da água para os seres humanos, independente do seu estão
pecaminoso, Deus concede misericórdia a criação; tanto que o versículo seis
inicia trazendo uma referencia sobre a água existente e o domínio que as
testemunhas terão sobre ela.
Para termos uma noção apropriada sobre
a quantidade da água existente no planeta, entendendo assim o propósito
de Deus, vejamos como nosso planeta é desenhado.
Geralmente nosso planeta é desenhado como uma “majestosa
bola azul” com detalhes marrons, que seriam os continentes, sendo que a maior
parte é coberta de água podemos a princípio afirmar que a água preenche
71% da superfície da terra, enquanto que 29% são compostos por continentes e
ilhas sendo que 96,5 de toda a água da terra estão nos oceanos como água
salgada, enquanto que apenas 3,5% são lagos de água doce e água
congelada presa em geleiras ou calotas polares.
Quase toda a água doce do mundo está em forma de
gelo: 69% pra ser mais exato.
aS
possibilidades
·
Se
pudéssemos derreter todo esse gelo (e se a superfície da Terra fosse
plana), os níveis do mar subiriam a uma altitude de 2,7 km. (isso explicaria
bem o diluvio)
·
Se
pudéssemos reunir toda a água doce (líquida) da Terra em uma única gota
gigante, estima-se que essa gota iria medir cerca de 1.386 milhões de
quilômetros cúbicos (km3) em volume.
Versículo 7
“quando acabarem o seu testemunho”
– refere-se ao período em que estarão ao serviço de Deus.
“besta
que sobe do abismo” – “besta” expressão [33]Gr.
therion esta expressão é metafórica
que refere a um braço aliado de Satanás (um homem), a seu serviço.
Sobre esta “besta” três são suas
investidas que a tornará aparentemente invencível, a saber:
·
A
besta mata
·
A
besta guerreia
·
A
besta vence
Interessante que esse é o primeiro dos
34 vezes usado nos Apocalipse o título “a besta” para descrever o anticristo.
Já o termo “abismo” indica águas que
faz menção a povos ou nações (Lc 21.25), portanto, um homem que surgirá do meio
do povo. (veja Ap 13.1-2)
“lhes
fará guerra, e as vencerá, e as matará” – aqui está três ações (investidas),
do homem (anticristo), que surgirá do meio do povo para: (1) guerrear, (2)
vencer, (3) matar. – regista estes três
intentos realizados com sucesso, mas é por meio deles que Satanás pensará ter
vencido quando na verdade estará sentenciando ainda mais seu destino, tornado a
completa vitória das testemunhas ante o próprios olhos dos perseguidores.
A besta ou o anticristo terão permissão
para mata-los; estranhos que estas pessoas em nome de Deus recebem poder com
sentido de autoridade, mas agora é exposta a morte.
A nós inicialmente não faz tanto
sentido, mas na presciência de Deus o faz, o livro aos Gálatas (Veja Gl 5.21),
diz que os homicidas não herdarão o Reino dos Céus eis o motivo de o Senhor
permitir as suas mortes, até porque como já dito os únicos personagens bíblicos
que não morreram foram Elias e Enoque.
Para entender meu ponto de vista sobre
esta afirmação veja o tópico conclusão final do autor.
Versículo 8
“jazerá
o seu corpo morto na praça da grande cidade” – geralmente as
praças são locais de grande movimentação e ponto de encontro, a referência a
“grande cidade” trata-se de Jerusalém, os corpos das testemunhas serão expostos
neste local como forma de demonstração de poder e regência por parte do
anticristo.
“espiritualmente,
se chama Sodoma e Egito” duas cidades com título de [34]opressoras
mostrando que Jerusalém sob o domínio do anticristo tornar-se-á opressora das
nações e das testemunhas, mas isso, não será o pior – [35]haverá
nesse período dois tipos de judeus na cidade (1) os judeus ortodoxos tementes a
Deus que reconstroem seu templo e adoram sem fé no seu Messias, e os (2)
pecadores que rejeitam qualquer coisa espiritual, levam uma vida depravada e
são seguidores assumidos do anticristo.
Os líderes destas cidades resistiram
aos profetas de Deus, no Egito Faraó resistiu a Moisés (Êx 7.10-11 e 2Tm 3.8),
já Elias sofreu oposição dos falsos profetas de Baal e Asera (1Rs 18.19-40)
“o seu
Senhor também foi crucificado” – o livro de Hebreus diz que O Senhor
Jesus padeceu fora da porta, ou seja, fora do Templo; a crucificação fala de
vitória, ou seja, a vitória de Jesus sobre o anticristo.
Versículo 9
“três
dias e meio” – este período de dias faz alusão ao período calamidade e
sofrimento enfrentado pelos povos ímpios que se aliaram ao anticristo, é um
erro dos interpretes tomar este número por literal.
Versículo 10
“os
que habitam na terra” – “os que habitam sobre a terra” –
estas duas expressões aparentemente iguais expressam sentido bem diferentes. Na
primeira os moradores corruptos de Jerusalém expressam sua alegria pela morte e
exposição dos corpos das testemunhas (regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e
mandarão presentes uns aos outros), no segundo plano o texto explica o motivo
pelo qual este âmbito de alegria e felicidade ocorre (estes dois profetas
tinham atormentado os que habitam sobre a terra).
Versículo 11
“o
espírito de vida, vindo de Deus” – este espirito vivificador não é
novidade em atuando desde o AT p.ex., no livro do profeta Ezequiel ele apareceu
no vale de ossos secos “Assim diz o
Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.”
(Ez 37.5) – mesmo porque que ELE vem
atuando desde sempre (Gn 2.7; 6.17; 7.15,22), neste sentido não há problema
algum em reconhecê-los como ressuscitados uma vez que Cristo já ressuscitou tornando-se
as primícias dos que dormem. (1Co 15.20)
Após os [36]três
dias e meio (que já vimos serem simbólicos) ocorrerá um milagre “e puseram-se sobre os pés” isso para os
salvos em Cristo não será espanto, mas uma normalidade por ELE é vida, por
outro lado, os que são separados de Cristo terão “grande temor”, pois, mortos não entendem as razões dos vivos, assim
como os vivos não tem prazer nas coisas dos mortos o resultado não pode ser
outro quando os olhos dos mortos virem vida no que eles davam por mortos.
Versículo 12
“ouviram
uma grande voz do céu” – esta bela expressão não é surpresa ela já ocorreu
por varias vezes e em cada uma um sentido especifico a seguir inúmero cada uma
delas para analise de sentido.
Uma coisa não pode e nem deve ser
esquecida, todos nós, um dia ouviremos a voz de Deus para galardão ou
condenação.
1.
E
ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo. (2Pe
1.18)
2.
E
o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do
trono, dizendo: Está feito! (Ap 16.17)
3.
Ainda
estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se
diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino. (Dn 4.31)
4.
Pai
glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho
glorificado e outra vez o glorificarei. (Jo 12.28)
5.
E
ouvi outra
voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas
participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas. (Ap 8.4)
6.
Mas
a
voz respondeu-me do céu segunda vez: Não chames tu comum ao que Deus
purificou. (At 11.9)
7.
E
ouvi
uma voz do céu como a voz de muitas águas e como a voz de um grande
trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com a sua harpa. (Ap 14.2)
8.
e
o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se
uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho
comprazido. (Lc 3.22)
9.
E,
sendo ouvidas dos sete trovões as suas vozes, eu ia escrevê-las, mas ouvi
uma voz do céu, que dizia: Sela o que os sete trovões falaram e não o
escrevas. (Ap 10.4)
10.
E
ouvi
uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que,
desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus
trabalhos, e as suas obras os sigam. (Ap 14.13)
11.
E
ouvi uma
grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará
com eles e será o seu Deus. (Ap 21.3)
12.
E
a
voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo e disse: Vai e
toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a
terra. (Ap 10.8)
13.
Porque
o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. (1Ts
4.16)
14.
E
olhei e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! Ai!
Ai dos que habitam sobre a terra, por causa das outras vozes das trombetas dos
três anjos que hão de ainda tocar! (Ap 8.13)
15.
Dizendo com
grande voz:
Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai
aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. (Ap 14.7)
16.
E
ouvi
uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está à salvação, e a
força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador
de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e
de noite. (Ap 12.10)
17.
E
tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que
diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele
reinará para todo o sempre. (Ap 11.15)
18.
E
abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu
templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande
saraiva. (Ap 11.19)
“subiram
ao céu em uma nuvem” – ninguém adentra a casa de alguém sem ser
convidado, quando isso acontece à primeira providencia a ser tomada é tirar o
intruso (Mt 22.11-14), do meio que não lhe pertence.
Deus preparou para estas duas
testemunhas um transporte diferente, a “nuvem” é formada por partículas
minúsculas de água imperceptíveis ao olho humano, mas que no montante torna-se
visível e poderosa foi este poder que envolveu várias pessoas e guardou os transeuntes
do deserto. (Nm 9.21)
“seus
inimigos os viram” – a inimizade não faz parte do processo amoroso de
Deus, no entanto, a bíblia fala dos inimigos de Deus (Tg 4.4), estas pessoas
terão a oportunidade de reconhecer a besteira que fizeram a seguir a besta,
porém lhes será tarde.
Versículo 13
“um
grande terremoto” – em nossos dias o terremoto já é aterrorizante
imagine nestes dias, será como sem igual já houve a morte agora muda de lugar
ela será a causadora de “sete mil homens
mortos”, a diferença é que Deus agora permite esta sentença e não
ressuscita ninguém como fez com as testemunhas.
Como dito anteriormente muitos irão
dá-lhe glória, mas será tarde o juízo já começou.
“caiu
à décima parte da cidade” – a divisão que ocorrerá na cidade (Jerusalém),
não se sabe, mas sabemos que a décima parte dos habitantes da cidade morreram
em decorrência do terremoto.
Versículo 14
“o
segundo ai; eis que o terceiro ai cedo virá” – o resumo final é
descrito no versículo quatorze reproduziremos a seguir a excelente explanação
em seu comentário feito por [37]ALLEN
– “O movimento cronológico do livro é agora retomado. Este versículo como (8.13
e 9.12), é de transição. Ele completa uma seção e abre outra. Dois dos “aís”
pela águia voadora (8.13) foram descritos sob a quinta e sexta trombetas. O
intervalo ou seção parentética de (10.1-11.13), foi completado. O tempo
presente “vem” (VB) sugere que o terceiro “aí” já está a caminho. O sétimo anjo
está prestes a soar a ultima trombeta da série de sete. Devemos notar que ela
nunca é chamada de última trombeta, e compará-la com a trombeta descrita em
(1Co 15.51), é falsa exegese, e ignora o texto em cada caso. A última trombeta
de (1Co 15.51), é o chamado final na peregrinação da Igreja; a última trombeta,
aqui, é a última série de sete trombetas já mencionadas. Outras trombetas irão
siar depois desta (para exemplos, veja Mt 24.31).”.
Argumento
e apresentação de Hebreu (Hb 9.27)
O texto que utilizo como base para a
minha conclusão se dá na afirmação que o escritor aos Hebreus faz da morte e do
juízo ao qual reproduzo para uma análise sobre estes dois conceitos.
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo”.
Hb 9.27
Este mesmo texto na linguagem
portuguesa é muito mais rico.
“Está determinado que os homens morram uma só vez e que depois sejam julgados
por deus”.
Hb 9.27
O conceito de ordenação ou determinação
precisa ser analisado de forma correta, o termo “ordenado” no grego “apokeitai” sign., “pôr de lado,
reservar”, ou seja, o homem ao pecar no Éden foi posto de lado a espera do
juízo.
Apropriado esclarecer que não é Deus
que determina arbitrariamente a morte e o juízo ao homem, mas foi o homem que
por sua transgressão no Éden tornou possível à morte seguida do juízo e Deus
como agente supremo apenas cumpre a finalidade do delito com penalização,
porém, concede ao homem uma última chance de se arrepender.
Mais um detalhe importante é registrado
pelo autor da carta aos Hebreus, este, simpatiza com o termo “uma só vez”
esta expressão utilizada pelo autor aparece oito vezes ao longo da carta. (6.4;
9.7,26, 27,28; 10.2; 12.26,27)
A questão que permeia a vida humana
é:
Por que o homem deve morrer?
Aliás, porque deve morrer apenas uma vez?
Porque Cristo a fonte aniquiladora da
morte ressuscitou “uma só vez”.
A verdade é que na trajetória humana
ninguém pode fugir da morte, a mesma está associada ao julgamento a qual todos
os homens hão de comparecer no Tribunal de Cristo para prestar contas de seus
atos de pecados; uma coisa é Cristo nos ter livrado das garras do pecado eterno,
outra é nãos nos responsabilizar pelos atos que cometemos nessa vida. (Ec
12.14)
Morte
– Longe de trazermos a etimologia hebraica e grega desta palavra, vou me ater
apenas ao sentido básico da mesma – sign., “separado ou separação”, mas outra
palavra expressa o mesmo sentido, a saber, “santo”, portanto, ou estou separado
para Deus (santo) ou de Deus (morto).
Em 9.27 o sentido é “de Deus” uma
vez que é precedido da sentença juízo, FLANIGAN – “a rejeição de Cristo como Salvador é uma decisão deliberada, de levar
sobre si mesmo as consequências, e até mesmo a penalidade, dos seus próprios
pecados”.
Aquele que rejeita a Cristo é
corretamente considerado como um adversário, e ao adversário será revelada uma
indignação devoradora e abrasadora.
Juízo
– Um detalhe omitido pelo escritor é sobre o momento exato do julgamento, fato
menos importante na altura da exposição bíblica o fator de importância é que em
algum momento pré-estabelecido por Deus ele ocorrerá.
Lapso de
tempo entre a morte e o juízo
Existe um lapso de tempo entre a
morte e o juízo, que ninguém sabe ao certo como se dá, o que se sabe é que para
feito de estudo a teologia define este período como Estado Intermediário.
MORAES
– citando GEISLER diz em sua obra que: “[38]Em um polo, temos uma visão
chamada preterismo extremo, que afirma que não existe tal estado, e que a
ressurreição ocorre imediatamente depois da morte. Do outro do espectro, estão
os protestantes do “sono da alma”, que afirmam que os mortos não estão
conscientes entre a morte e a ressurreição”.
reflexão
final
Após a exegese dos versículos 1 ao 14
do capítulo onze do Apocalipse chego à conclusão tornando-se evidente que estas
testemunhas trata ser Enoque e Elias, pelos motivos que apresento a seguir.
1.
Em toda a bíblia apenas este dois personagens
(pessoas), são identificados como não tendo conhecido ou passado pela morte. – Enoque
(Gn 5.24) e Elias (2Rs 2.11).
2.
Deus não faz acepção de pessoas (Jó
32.21; Rm 2.11), por estes dois versículos é claro que o sentido de acepção
volta-se a todos os âmbitos tanto na vida quanto a morte.
3.
O salmista de forma contundente deixa
claro que não há homem que viva e não veja a morte. (Sl 89,48)
4.
O mesmo salmista também atesta que não
existe um só que se livre do Seol. (Sl 89.48)
5.
Até Jesus Cristo passou pela morte,
como é que seus inferiores não passariam. (Hb 2.9)
Poderíamos exaurir as confirmações que
comprovam que estes dois personagens necessitam morrer para alcançarem em
plenitude a vida eterna em Jesus Cristo.
Porém, como estes dois homens não viram
a morte é necessário que se cumpra (Hb 9.27) que diz:
“E, como aos homens está ordenado
morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo.”
A UNIVERSALIDADE DA PALAVRA “TODOS”
Textos como Gênesis, Eclesiastes e
Corintios nos asseguram a necessidade destes dois homens terem que morrer para
que a palavra de Deus se cumpra integralmente para todos da humanidade; um
olhar atento ao texto do Gênesis vê que o termo “és pó” de monta o estado corpóreo atual destas pessoas; pois se não
morreram não puderam retornar ao estado de pó. “Gn 3.19 – No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes a terra;
porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.”
O texto de Eclesiastes é enigmático a
universalizar o estado regresso para “toda” humanidade. Primeiramente afirma
que “todos
vão para o mesmo lugar”, ou seja, ninguém escapa do local estabelecido,
em segundo lugar afirma veementemente que “todos
são pó”, ou seja, ninguém tem outra forma corpórea que não seja o pó oriundo
da terra e por último o texto assevera que “todos ao pó tornarão”, ou
seja, este tornarão alude à condição do pecado que carregamos em decorrência da
desobediência e, portanto temos que morrer se quisermos viver no estado eterno
com Deus como assegura as seguintes passagens. (Mt 10.39; Mt 16.25; Mc 8.35; Lc
9.24; Jo 12.25) – (Ec 3.20 – Todos vão
para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão.”
Por fim, o argumento universal que o
Apóstolo Paulo referencia aos coríntios não deixa dúvidas que “todos” os seres humanos deverão
comparecer ante o Tribunal de Cristo, hora, como Enoque e Elias comparecerão
antes este tribunal se não conheceram a morte?
Por meio de seus “corpos” físicos não prestaram trabalhos de forma totalitária durante
o período da sua existência terrena, sendo antes recolhidos por Deus; é evidente
e necessário que retornem para terminar vossos trabalhos como estabelece o
Apostolo Paulo em sua carta. “Porque
todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.” (2Co 5.10)
Objeção
à proposta APRESENTADA
O
problema desta posição de (Hb 9.27) é que a bíblia não se contradiz e o
Apóstolo Paulo em sua carta aos coríntios afirma que: “que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção
herdar a incorrupção.” (1Co 15.50) – Se “carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus” surge à pergunta.
Em que tipo de corpo está Enoque e
Elias neste exato momento?
Porque além da carne e sangue, ou
seja, o estado físico do corpo dos personagens surge outro entrave – o estado
dos seus corpos que a o apostolo trata como “incorruptíveis”, ou seja, não suscetível ao pecado.
É difícil atestar com veracidade o
estado que se encontram, pois, todos que morreram serão ressuscitados e terão
seus corpos transformados, mas estes não morreram.
Como,
pois terão ou tiveram seus corpos transformados?
A Bíblia não nos assegura este estado,
mas nos assegura a condição futura da ressurreição motivo pelos quais as
testemunhas devem morrer. “Assim também a
ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em
incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em
fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo
espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.” (1Co 14.42-44)
HENDRIKSEN
– em sua obra “A VIDA FUTURA SEGUNDO A BÍBLIA” – indica algo interessante “[39]Nunca
será suficiente o bastante enfatizar que os redimidos no céu, no período
compreendido entre sua morte terrena e sua completa ressurreição, não atingiram
a glorificação final. Eles estão vivendo no que geralmente é chamado de (o estado intermediário), não, contudo, o
estado final. Embora, certamente, eles estejam serenamente felizes, a felicidade
deles não é ainda completa”.
Tentar explicar o que a bíblia não
explica é especulação, prefiro ficar com a frase dos principais teólogos; o que
a bíblia não fala com clareza não se deve tentar explicar com incertezas.
Conclusão final do autor
Após inúmeras pesquisas creio que o
estado dos corpos destas duas testemunhas, a saber, em minha opinião Enoque e
Elias, estão guardados dentro da Soberana vontade de Deus, incorruptíveis,
alegres e felizes sem ter noção parcial ou total da sua missão futura como
agentes de Deus num período caótico da terra.
Quem mais possui tamanha sabedoria para
escolher com perfeição e exatidão como Deus?
O premio destas duas pessoas
(testemunhas), será experimentar literalmente a morte por amor ao evangelho,
tornando-se como “todos” os que em Cristo confessam que Deus é o único Deus
gozarão da eternidade.
A missão deles está voltada para o
At e o Nt respectivamente – Elias para os filhos de Israel (judeus) e Enoque
para as nações.
Sobre Elias é dito claramente em
Malaquias “Eis que eu vos envio o profeta
Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; 6e converterá o
coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não
venha e fira a terra com maldição.” (Ml 4.5-6)
Sobre Enoque no At nada é
mencionado, mas nos apócrifos encontramos duas referencias “Sobre a terra, não
foi criado ninguém como Enoque” e “Enoque agradou ao Senhor e foi arrebatado,
para ser um exemplo de arrependimento ao mundo” (Ecl 49.16;44.16)
Não fecho a questão, mas creio
tratar-se de Enoque e Elias.
Professor Pastor Themmy Lima.
Estudo dirigido para defensores de
que estas duas testemunhas são alegóricas e para os que não acreditam em Deus,
portanto, ateus.
Bíbliologia
A Bíblia Como Literatura – GABEL, John B. e
WHEELER, Charles B. – Edições Loyola – Pág. 228.
A Espiral Hermenêutica uma Nova Abordagem à
Interpretação Bíblica – OSBORNE, Grant R. – VIDANOVA – Págs. 361 á 363.
A Espiral Hermenêutica uma nova abordagem à
interpretação Bíblica – OSBORNE, Grant R. – Vida Nova – Pág. 362.
A Excelência da Nova Aliança em Cristo –
WILEY, Orton H. – CENTRAL GOSPEL – Págs. 412 á 413.
A Vida Futura Segundo a Bíblia – HENDRIKSEN,
William – CULTURA CRISTÃ – Pág. 67.
Agostinho sobre o Mal. Trad. João Rezende
Costa. 2ª ed. – EVANS- Gillian R. – São Paulo: Paulus, 2006, p. 17.
AGOSTINHO. Confissões. Trad. J.
Oliveira Santos, SJ., e A. Ambrósio de Pina, SJ. (Coleção Os Pensadores, Vol.
VI). São Paulo: Editora Abril, 1973, p. 142.
Apocalipse de Jesus Cristo (Um comentário
para nossa época) Vol. 2 – MALGO, Wim – CHAMADA – Págs. 109 á 115.
Apocalipse Introdução e Comentário – LADD,
George – VIDA NOVA – Págs. 110 á 119.
Apocalipse Versículo por Versículo – SILVA,
Severino Pedro da – CPAD – Págs. 147 á 161.
Bíblia de Estudo Pentecostal – STAMPS, Donald
– CPAD – Diversas Páginas.
Bíblia de Estudo Profética Tim Lahaye –
Hagnos – pág. 1182.
Bíblia Sagrada King James Edição de Estudo
400 anos – ABBA PRESS – Diversas Páginas.
Chave Linguística do Novo Testamento Grego –
RIENECKER, Fritz e ROGERS, Cleon – Vida Nova – Pág.622.
Comentário Bíblico Broadman Volume 12 Hebreus – Apocalipse – ALLEN, Clifton J. –
JUERP – Págs. 353 a 357.
Comentário do Novo Testamento Apocalipse –
KISTEMAKER, Simon – Cultura Cristã – Pág. 420.
Comentário do Novo Testamento Hebreu –
KISTEMAKER, Simon – Cultura Cristã – Pág. 371 á 373.
Comentário Ritchie do Novo Testamento –
ALLEN, J. Traduzido por A.M. Penna e R.E. Watterson e J.E. Gebara – EDIÇÕES
CRISTÃS – Págs. 319 a 320.
Comentário Ritchie do Novo Testamento – FLANIGAN,
J. M. – Traduzido por J.E.W. Gebara –
EDIÇÕES CRISTÃS – Págs. 222 a 224.
Declaração de Fé das Assembleis de Deus –
SILVA, Ezequias Soares da – CPAD – Diversas Páginas.
Dicionário de Profecia Bíblica – ANDRADE,
Claudionor – CPAD – Pág. 56.

Dicionário de Profecia Bíblica – ANDRADE, Claudionor – CPAD – Pág. 62.
Israel Atualidades – Profecias – História –
Curiosidades – CEZAR, Cesar – AD Santos – Pág. 9.
Leia a Bíblia Como Literatura – SILVA, Cássio
Murilo Dias da – LOYOLA – Diversas Páginas.
Manual de Escatologia – uma análise detalhada
dos eventos futuros – PENTECOST, J. Dwight – VIDA – Págs.
Nomes e Números Bíblicos – DEKE, Dan –
DYNAMUS – Pág. 24-25.
O Problema do Mal no AT – SAYÃO, Luiz –
HAGNOS – Págs. 60 á 70.
Perguntas Difíceis de Responder –Volume 4 –
MORAES, Elias Soares de – BRITH SHALON – Pág. 32.
Quem são os 144.000 Selados e as Duas
Testemunhas do Apocalipse? – MALGO, Wim – CHAMADA – Págs. 115 á 139.
Santo Agostinho o Problema do Mal – SILVA,
Ivan de Oliveira – PILARES – Pág. 79.
Um Estudo do Milênio Opções Contemporâneas –
ERICKSON, Millard – VIDA NOVA – Diversas Páginas.
[1]
OSBORNE, Grant R. – A Espiral Hermenêutica uma nova abordagem à interpretação
Bíblica – Vida Nova – Pág. 362.
[2]
Reflexão excelente encontra-se no livro A Bíblia como Literatura – GABEL, John
B. e WHEELER, Charles B. – Edições Loyola – Pág. 228.
[3]
Nesta parte do estudo é oportuno registrar a cooperação do amado professor, psicólogo
pastor Antonio José de Souza Cantarelli que contribuiu de forma significativa
para a conclusão deste relato, sendo meu orientador.
[4]
A Sociedade Bíblica do Brasil trabalha para que a Bíblia esteja, efetivamente,
ao alcance de todos e seja lida por todos. A SBB é uma entidade sem fins lucrativos,
dedicada a disseminar a Bíblia e, por meio dela, promover o desenvolvimento
integral do ser humano. Você também pode ajudar a Causa da Bíblia! ARC 1995 – 2009
- Sociedade Bíblica do Brasil.
[5]
Os eventos proféticos, descritos literal ou simbolicamente, ocorrem com o
passar do tempo e são históricos, podendo ser interpretados de expressões-chave
contidas na profecia.
[6]
Creem que Jesus arrebatará a sua igreja antes dos mil anos, e após o
arrebatamento a terra passará pelo período da grande tribulação em que os
judeus vão ser duramente perseguidos junto com os remanescentes que ficarem.
Esta posição foi adotada por Agostinho, despopularizado em tempos futuros e
revitalizado com a volta dos judeus a terra da palestina.
Atualmente
esta escola se tornou sinônimo do dispensacionalismo, mas há uma discordância
entre os pré-milenaristas clássicos e os dispensacionalista.
[7] Ez 40.3; Zc 2.1; Ap 21.15; Nm 23.18
[8] Ez 40.17,20; Sl 79.1; Lc 21.24; Dn 8.10; A p 13.5
[9] Ap 20.4; 19.10; 12.6
[10] Jr 11.16; Zc 4.3,11, 14
[11] 2Rs 1.10,12; Jr 1.10; 5.14; Ez 43.3; Os 6.5; Nm 16.29
[12] 1Rs 17.1; Tg 5.16-17; Êx 7.19
[13] Lc 13.32; Ap 13.1,11; 17.8
[14] Dn 7.21; Zc 14.2
[15] Hb 13.12; Ap 14.8; 17.1; 18.10,24
[16] Ap 17.15; Sl 79.2-3
[17] Ap 12.12; 13.8; 16.10; Et 9.19,22
[18] Ap 11.9; Ez 37.5,9-10,14
[19] Is 14.13; 60.8; At 1.9; 2Rs 2.1,5,7
[20] Ap 6.12; 16.19; Js 7.19; Ap 14.7; 15.4
[21] Ap 3.3; 9.12; 15.1
[22]
Fonte extraída da Obra de RIENECKER, Fritz e ROGERS, Cleon – Chave Linguística
do Novo testamento Grego – Vida Nova – Pág.622.
[23]
Nota corroborativa extraída da Bíblia de Estudo Profética Tim Lahaye – Hagnos –
pág. 1182.
[24]
A referência à queda de Jerusalém dominada pelos ímpios. (Dn
9.27 – 12.7 – Rm 11.25)
[25]
Referencias extraída do livro de DEKE, Dan - - Nomes e Números Bíblicos –
DYNAMUS – Pág. 24-25.
[26] Extraído
da Obra se KISTEMAKER, Simon – Comentário do Novo Testamento Apocalipse –
Cultura Cristã – Pág. 420.
[27]
Nas cortes judaicas eram necessárias duas testemunhas para estabelecer uma
causa a ser julgada. (Dt 19.15; 17.6; Nm 35.30)
[28]
Israel Atualidades – Profecias – História – Curiosidades – CEZAR, Cesar – AD
Santos – Pág. 9.
[29]
Boa parte dos escritos deste tópico foi extraída do Dicionário de Profecia
Bíblica – ANDRADE, Claudionor – CPAD – Pág. 62.
[30]
AGOSTINHO. Confissões. Trad. J. Oliveira Santos, SJ., e A. Ambrósio de Pina,
SJ. (Coleção Os Pensadores, Vol. VI). São Paulo: Editora. Abril, 1973, p. 142.
No mesmo sentido: EVANS- Gillian R. Agostinho sobre o Mal. Trad. João Rezende
Costa. 2ª ed. São Paulo: Paulus, 2006, p. 17. SILVA, Ivan de Oliveira – Santo
Agostinho o Problema do Mal – PILARES – Pág. 79.
[31] Gn 3.19; Ec 3.20; 2Co 5.10
[32]
Neste tópico a reflexão apresentada é extraída do site: https://www.galeriadometeorito.com/2014/12/qual-e-porcentagem-de-agua-na-terra.html
em 01/05.2018.
[33]
Referencia extraída do Dicionário de Profecia Bíblica – ANDRADE, Claudionor –
CPAD – Pág. 56.
[34]
Severino Pedro da Silva diz que “O termo Grande Cidade, neste livro é termo
técnico para indicara cidade de “ROMA” (a Grande Babilônia), Mas a do texto em
foco, não se refere à cidade de Roma, mas, sim a cidade de Jerusalém que
espiritualmente se chama Sodoma e Egito”.
[35]
Texto extraído da Bíblia de Estudo Profética Tim La Haye – Pág. 1182.


[37]
Comentário Ritchie do Novo Testamento – ALLEN, J. Traduzido por A.M. Penna e
R.E. Watterson e J.E. Gebara – EDIÇÕES CRISTÃS – Págs. 319 a 320.
[38]
Citação feita da obra: Perguntas Difíceis de Responder Vol. 4 – MORAES, Elias
Soares de – VEIT SHALON – Pág. 32.
[39]A
Vida Futura Segundo a Bíblia – HENDRIKSEN, William – CULTURA CRISTÃ – Pág. 67.
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